Quando chegaram à sala de descanso, Lucas fez Rita se sentar à beira da cama, se ajoelhou e levantou o pé dela, retirando seus sapatos de salto alto, concedendo um grande conforto a Rita.Lucas franziu a testa e disse:- Se soubesse, teria sido melhor você usar sapatos baixos. Afinal, com o vestido de noiva tão comprido, ninguém veria.- Não daria certo. Se eu não usasse saltos altos, ficaria muito baixa ao seu lado, e as pessoas diriam que não somos um casal compatível. - Rita resmungou.Lucas se levantou pegou um kit de primeiros socorros e disse:- Eu acho que seríamos compatíveis de qualquer maneira.Rita, se apoiando na cama, olhou para ele e perguntou:- Falando nisso, depois do almoço de casamento, devemos voltar para casa ou ficar no hotel?- Nós e os convidados ficaremos no hotel. À tarde, Fernanda e Amélia irão com você para a suíte presidencial, onde os convidados virão pegar doces de casamento. Mas você não precisa se preocupar com isso, Fernanda, Amélia e Ursula vão ajudá-
À tarde, Rita estava sentada em seu quarto, recebendo ondas de convidados, e seu rosto estava quase congelado de tanto sorrir. Finalmente, após um dia cansativo, ela esperava ansiosamente que o dia terminasse logo e pudesse voltar para casa com Lucas para descansar. A festa de casamento à noite aconteceu no gramado ao ar livre da Vila dos Sonhos, seguindo o estilo ocidental, parecendo muito romântica. No entanto, havia um grande problema ao ar livre: no verão, havia muitos mosquitos no gramado, e Rita sentiu que tinha várias picadas nos braços.Durante a noite, o mestre de cerimônias e os convidados brincaram com os noivos até quase às dez da noite, quando finalmente a festa de casamento terminou de verdade. A caminho da casa da família Souza, Lucas deixou as duas crianças irem em um carro separado com Abelardo e Ursula, enquanto no carro de casamento, além do motorista, apenas Lucas e Rita estavam no banco de trás.Finalmente, o mundo ficou em silêncio. Algo raro no dia do casamento,
Na tarde do segundo dia de casamento, Lucas, Rita, Amanda e Abílio foram para Curitiba.No caminho, Amanda estava extremamente animada, falando incessantemente e batendo palmas, dizendo:- Isso é maravilhoso, vou ver meu tio de novo! Meu tio disse que, quando Amanda fosse a Curitiba, ele a levaria para comer o melhor sorvete!- Amanda, durante o tempo em que você estiver em Curitiba, certamente vai ganhar peso. Sua avó e seu tio devem ter preparado muitas comidas deliciosas para você. - Rita apertou as bochechas da pequena com carinho.- De jeito nenhum, eu só como um pouquinho de cada coisa! – Amanda disse. No caminho, Lucas ouvia a conversa de sua esposa e filha, e seu humor estava excelente. Ao chegarem em Curitiba, foram recebidos por pessoas de Jerónimo assim que saíram do aeroporto.Cerqueira abriu a porta do carro, sorrindo:- Senhorita, senhor, senhora, entrem no carro. O jovem mestre está um pouco ocupado com o trabalho agora, então ele me pediu para levá-los para casa prime
Rita deu voltas e mais voltas pela escola. Seu corpo estava encharcado de tanto suor e uma sensação alternada de frio e calor emanava das suas costas. Respirando pesadamente, ela olhava desorientada para a multidão que se movia ao seu redor, seus olhos pareciam não focar em nada.- Amanda, pare de brincar de esconde-esconde! Onde você está, Amanda? - Lágrimas escorriam por todo o seu rosto prejudicando a sua visão. Desesperada, ela tirou o celular do bolso e, com dedos trêmulos, ligou para Lucas. O telefone tocou por um tempo, parecendo uma eternidade até ser atendido.- Lucas, a Amanda sumiu. O que eu faço? Procurei por toda a escola e a Fernanda até fez um anúncio, mas ninguém trouxe nossa Amanda de volta. – Rita falava com a voz tremula e suor escorrendo de sua testa. Assim que terminou a frase, Rita não conseguiu mais segurar o choro e desabou. Nenhuma mulher conseguiria manter a racionalidade e a calma após perder um filho. A mente de Rita estava como um campo de batalha depois d
- Papai, Ritinha, venham me salvar! Rápido! - Dentro da siderúrgica, o rosto de Amanda, encharcado de lágrimas, se destacava na escuridão. - Se você continuar chorando, vou cortar sua língua! – Leitão repreendeu a menina.O corpo frágil de Amanda estremeceu. Ela imediatamente fechou a boca, soltando alguns soluços contidos. Parecia desolada.- Você é a única neta de Eugênia. Tenho certeza de que ela te ama muito. Se eu arranhar essa carinha inocente, Eugênia vai me odiar, não é mesmo? - Leitão ria friamente, levantando a faca que estava em sua mão e dando um tapinha no rosto delicado de Amanda. - Papai, tem pessoas ruins aqui! Eles são muito maus, venha salvar a Amanda! - Ela chorava copiosamente.- Não se preocupe. Seu pai e seu tio estarão aqui em breve. Eles só têm uma hora. – Leitão disse. ...Lucas e Jerónimo chegaram nos últimos cinco minutos. Eles chutaram a porta e entraram rapidamente. Jerónimo olhou fixamente para Amanda, e então, seus olhos escuros se desviaram emanando f
Em segundos a situação que até então parecia estar sob controle, tomou outro rumo. Lucas confiscou a faca de Leitão e rapidamente pegou Amanda que estava no banco de trás. No mesmo momento Jerónimo freou o carro bruscamente atirando Leitão violentamente contra o banco da frente!Quando Leitão se recuperou ele tentou abrir a porta para fugir, porém, Jerónimo foi mais rápido, saiu do carro e o imobilizou no chão.Lucas retirou a venda preta dos olhos de Amanda. Assim que a pequena viu Lucas, imediatamente começou a chorar, segurando firmemente o pescoço de Lucas com suas mãozinhas.- Papai, Amanda está com medo!Lucas sabia que Amanda havia levado um grande susto. Ele e George a tinham protegido muito desde que ela era pequena. Era compreensível que Amanda estivesse assustada e perdida, especialmente sendo ainda tão jovem.- Não se preocupe, está tudo bem agora. Papai está aqui. - Lucas abraçou Amanda com força, beijou sua testa e fez o seu melhor para acalmá-la.- Papai, Amanda está mui
Ao ler a mensagem, os dedos de Jerónimo paralisaram por alguns segundos, hesitando em responder imediatamente. Ela havia perguntado o porquê da doação de uma biblioteca para a Universidade de Comunicação de Curitiba. Antes que Jerónimo pudesse pensar na resposta, Fernanda enviou outra mensagem. “Só estou curiosa, se você não quiser falar, tudo bem.”As palavras dela pareciam esconder alguma insegurança emocional. Contudo, Jerónimo a amava mais do que imaginava. Mesmo sendo o orgulhoso Jerónimo, ele nunca havia economizado em expressar seus sentimentos por ela. ‘’“Se você realmente quer saber”. – Jerónimo apertou o botão para enviar a mensagem e prontamente Fernanda respondeu, perdendo o interesse. “Deixa pra lá. Vou dormir agora.”Jerónimo pensou e decidiu responder com apenas duas palavras. “Boa noite.”Do outro lado do telefone, Fernanda observava a tela do chat franzindo a testa levemente. "Maldição, eu disse que não queria saber e ele realmente não disse!"Jerónimo, dentro do quar
Na madrugada do dia seguinte, às quatro horas, Lucas acordou Rita para que ela se vestisse.Ainda sonolenta, Rita esfregou os olhos e murmurou:- Estou tão cansada. Podemos pular o nascer do sol hoje? Acho que ver o nascer do sol aqui no hotel já é bem romântico. Afinal, o hotel em que estavam hospedados oferecia uma vista panorâmica de 360 graus. Do terraço para além das janelas do chão ao teto, podiam ver as mais belas paisagens e o nascer do sol no Hawaii.- Quem disse que vamos ver o nascer do sol? – Lucas respondeu enquanto ajudava ela a se vestir. - Então, o que vamos ver? O que pode ser mais belo do que o nascer do sol? - Rita pensou por um momento, mas não chegou a nenhuma conclusão. Lucas, claro, não disse nada.Depois de se prepararem e saírem do hotel, havia um motorhome estacionado na entrada. Rita não pensou que fosse deles e, segurando o braço de Lucas, estava prestes a alugar um carro. Foi quando ele a puxou de volta e apontou com o queixo para o motorhome à frente.-