— A vovó ainda dizia que você será um bom pai, haha, Roberto, você não será um bom pai! Ainda bem que eu não engravidei de você, senão seria uma tragédia!Jaqueline foi atingida pelas palavras, se emocionando intensamente, com os olhos vermelhos e lágrimas caindo sem parar.Ela sentiu a mão do homem se soltar gradualmente de seu ombro, até que finalmente ele recuou dois passos, sem força.Jaqueline enxugou as lágrimas do rosto e disse friamente com um sorriso:— Já que você e Ângela se amam tanto, deveria ter me dito desde o início! Ah, agora entendo, você achou que não adiantaria falar comigo, então planejou tudo desde o começo, e eu fui enganada como uma tola o tempo todo.Roberto estava anormalmente silencioso, como se nunca tivesse sido tão silencioso antes.Ele não encontrou nenhum motivo para rebater as acusações da mulher diante dele.Com o coração doendo, Jaqueline continuou:— Traga o acordo de divórcio logo, eu não quero nada, nem casa, nem propriedades, não quero mais viver
Roberto olhou para ela em silêncio, incapaz de falar por um momento. Ele estava claramente furioso, mas não encontrava uma maneira de desabafar. "Foi eu mesmo quem disse que não daria a ela um filho, então não é melhor que ela não queira meu filho? Mas por que estou me sentindo tão angustiado?"Jaqueline enxugou as lágrimas do rosto e se virou para abrir a porta. — Para onde você vai? — Roberto perguntou e agarrou o pulso dela. Jaqueline sacudiu a mão dele com força. — Você não acha que eu ainda vou dormir com você, né? Eu vou dormir no quarto ao lado, é claro. A conversa de que ainda eram casados, enquanto não se divorciassem, já não tinha mais efeito. O relacionamento deles era apenas nominal, não havia razão para se iludirem. Cada minuto e cada segundo ao lado dele era doloroso, até respirar doía. Jaqueline abriu a porta do quarto e saiu. Depois de retornar ao quarto de hóspedes, se deitou na cama e enterrou a cabeça no travesseiro, chorando amargamente. "Por que s
Jaqueline foi levada a sala de emergência, parecendo estar em um estado de semi-consciência, como se pudesse ouvir alguém falando ao seu lado, mas suas pálpebras estavam muito pesadas. Duas horas depois, Jaqueline acordou subitamente de um pesadelo, assustada com a ideia de ter perdido seu filho. Sua primeira reação foi tocar sua barriga. — Meu filho, meu filho! — Jaque, o bebê está bem. — Hebe segurou sua mão. Jaqueline se virou e viu sua amiga ao lado da cama. Ao ouvir que seu filho estava bem, sentiu um alívio profundo. — Desculpe, meu filho, desculpe, ainda bem que você está bem. Mamãe reconhece o erro, nunca mais falarei bobagens! Hebe enxugou as lágrimas dela e disse: — Não chore. Você apresentou sinais de um possível aborto. Agora, não pode mais ficar emocionalmente instável. Nos próximos meses, é preciso cuidar bem da gestação, descansar bastante, manter uma alimentação equilibrada, não sair correndo por aí e evitar qualquer exercício intenso. Jaqueline assentiu
Roberto estava deitado na cama, se revirando sem conseguir dormir. Pensando nas palavras que Jaque havia dito antes de sair, ele se contorcia, sentindo como se um grande buraco tivesse sido rasgado em seu peito, algo que nada poderia preencher, misturado a uma enxurrada de emoções turbulentas. Ele jogou os cobertores para o lado e desceu da cama, indo até a porta do quarto de Jaqueline. Após hesitar por um longo tempo, bateu suavemente:— Jaque, você já está dormindo?O silêncio reinava. Já era muito tarde, ela provavelmente já estava dormindo. Ele se virou para ir embora, mas, preocupado, voltou e bateu novamente:— Jaque, preciso falar com você, posso entrar?O silêncio persistia. Ele suspirou:— Sei que você não quer me ver agora, mas eu preciso dizer que sinto muito, não deveria ter falado com você daquela maneira hoje. Eu só fiz e disse coisas erradas o dia todo, machuquei você, sei que não sou um bom homem, sinto muito mesmo. Se eu pudesse ter outra chance, teria sido honest
No hospital.George estava sentado ao lado da cama de Jaqueline, descascando uma maçã para ela.— Sr. George, sinto muito por você ter que vir de tão longe.— Não há motivo para desculpas, eu vim porque quis, não foi você quem me pediu para vir, então por que se preocupar?Jaqueline sorriu educadamente e, pensando em algo, se mostrou novamente culpada: — Quando desliguei seu telefone, meu tom não foi dos melhores. Você ficou chateado?— Veja só o que está dizendo, eu estaria aqui se estivesse chateado? — Após terminar de descascar a maçã, ele cortou um pedaço e colocou em um pote, espetou um garfo e levou à boca dela. — Coma um pouco de maçã.Jaqueline tentou se levantar da cama.— Eu posso fazer isso...— Não se mova sem necessidade, esqueceu do perigo que enfrentou? — O tom de George era um pouco severo, mas continha um aviso caloroso.Jaqueline sorriu de forma embaraçada e disse: — Sr. George, você não precisa ser tão bom comigo, não estou acostumada com isso.— Por que não se aco
Naquele momento, ela viu Hebe espiar pela porta e piscar para ela.Jaqueline entendeu imediatamente que Hebe devia ter resolvido o problema, impedindo que Roberto descobrisse que ela quase sofreu um aborto.Felizmente, Hebe estava lá, caso contrário, seria problemático.— Vai falar ou não? Tem força para comer a maçã que ele te deu, mas não tem força para responder à minha pergunta? — Roberto, com o punho cerrado, estava furioso.O que o incomodava não era apenas o fato de ela ter ido ao hospital sozinha sem lhe dizer, mas também George alimentá-la com a maçã.Era como se estivessem esfaqueando seus olhos.George se levantou da cadeira, colocou a maçã que segurava de lado, e disse com uma expressão fria:— Sr. Roberto, ela é sua esposa, não sua inimiga. Pode falar menos agressivamente?— Então você sabe que ela é minha esposa. — Roberto respondeu severamente. — Então, o que você está fazendo aqui?— Eu e a Sra. Santana somos amigos, não é normal que eu esteja aqui?"Amigos?"Ao ouvir e
Roberto tinha fogo nos olhos e uma hostilidade explícita dirigida a George, que respondeu com um olhar igualmente carregado, temperado por um vislumbre de desprezo.Percebendo a tensão entre os dois homens, Jaqueline interveio rapidamente:— Roberto, por que você veio aqui?Roberto se virou para Jaqueline e explicou:— Eu fui ao seu quarto e você não estava lá. O empregado disse que você tinha saído de carro, e você continuava desligando minhas ligações. Uma amiga sua mentiu dizendo que você estava na casa dela. Por que você fez isso?Ele estava realmente desesperado, temendo que algo ruim tivesse acontecido a ela.— Então, como você soube que eu estava aqui?— Eu ouvi algo sobre uma transfusão no fundo da ligação, então deduzi que você estaria no hospital. Você disse que costuma vir ao Hospital do Céu, então pensei que você poderia estar aqui. Mesmo que você não queira me ver, não deveria brincar com sua própria vida. E se algo tivesse acontecido na estrada?Jaqueline podia ver claram
Ela havia prometido não se exaltar, mas diante de tal situação, foi impossível se controlar. Ao ver o punho trêmulo de Jaqueline, Roberto sentiu como se um balde de água fria fosse jogado sobre ele, percebendo que ela ainda estava doente. Rapidamente, segurou sua mão e disse:— Desculpe, não vou mais falar, não fique irritada.A súbita desculpa do homem deixou Jaqueline atônita, mas de fato serviu para acalmar um pouco seus ânimos. O punho que agarrava o cobertor foi gradualmente se soltando.Jaqueline viu Hebe hesitante na porta e então disse:— Hebe, venha aqui.Hebe entrou. Na verdade, ela sentia um certo receio de Roberto. Este homem exalava uma aura mortal por onde passava, como se fosse a própria morte.Sendo uma pessoa comum, naturalmente se sentia completamente dominada por esse homem poderoso e influente. No entanto, pensando em como sua boa amiga estava sendo maltratada por ele, Hebe se encheu de coragem e enfrentou Roberto sem mostrar qualquer simpatia.Hebe se aproximou de