Reginaldo havia reservado todo o restaurante.Originalmente, ele planejou enviar um carro para buscar Nádia, mas ela recusou, e Reginaldo não insistiu, pois ver Nádia já era suficiente. Ele chegou cedo ao restaurante e esperou pacientemente até ver Nádia e Jaqueline aparecerem em sua linha de visão. Imediatamente, ele se levantou e acenou:— Estou aqui.Nádia o observou por um momento, parando em seus passos, com um vislumbre de emoção complexa em seus olhos, como se estivesse ligeiramente atordoada. No entanto, rapidamente se recompôs e, com seus saltos altos, caminhou firmemente em sua direção. Jaqueline seguiu atrás, um pouco nervosa. Nádia e Reginaldo ficaram frente a frente, ambos exalando uma presença imponente, e a tensão entre eles parecia elevar a temperatura do ambiente. Nádia estava fria como gelo, e Jaqueline parecia uma pequena ovelha atrás dela.Reginaldo olhou para Nádia, com um sorriso superficial nos olhos, mas carregado de significado profundo.— Nádia, é um pra
Reginaldo sorriu educadamente e disse:— Na verdade, não tenho muitos pensamentos, meu principal interesse é conhecê-la, o resto não importa muito. Não pense tão mal de mim, nem tudo tem um propósito.— Usar seu próprio filho biológico para ameaçar minha nora e depois dizer que não tem nenhum propósito. Presidente Reginaldo, nós não somos crianças, muito menos idiotas. Então, pare de jogar esse jogo de falar abobrinhas de olhos abertos.Nádia estava com tudo, cada frase sua estava carregada de ataques, sem dar a menor trégua para Reginaldo.Jaqueline também não esperava que Nádia fosse tão direta.— Jaqueline. — Nádia se virou e disse. — Vá escolher alguns frutos do mar, pegue os mais frescos.— Certo. — Jaqueline se levantou. — Então vocês continuem a conversa."Parece que eles têm mais coisas a dizer."— Por aqui, por favor. — O garçom levou Jaqueline à área dos frutos do mar.Os frutos do mar eram todos vivos, escolhidos e preparados na hora.Depois que Jaqueline se foi, Reginaldo d
Jaqueline escolheu os frutos do mar. Quando voltou, avistou de longe Reginaldo e Nádia, que ainda conversavam. Ela não sabia sobre o que falavam. Pensou que se aproximar naquele momento poderia ser incômodo, então decidiu se sentar um pouco distante e esperar. De repente, se lembrou de que havia prometido a George, na noite anterior, que ligaria para ele assim que se sentisse emocionalmente melhor. Aproveitando o momento livre, discou o número de George. George atendeu imediatamente: — Alô, Jaqueline.— George, sou eu. Desculpa por ter ido embora cedo ontem à noite. — Não tem problema, foi uma situação de emergência, você não teve culpa. Está se sentindo melhor agora? — Perguntou George. Jaqueline respondeu: — Estou melhor, sim. E ontem à noite, como foi com a Srta. Valéria depois que eu saí? Você conseguiu se entender bem com ela? — Percebendo o silêncio de George, Jaqueline insistiu. — O que houve? Vocês não conversaram direito? George, como você vai conquistar uma g
"Ela está tão ansiosa para se livrar do relacionamento que parece que realmente não há nada entre Jaqueline e o filho de Reginaldo."Embora Nádia fosse uma pessoa objetiva e justa, ela não favorecia parentes irracionalmente. Contudo, Roberto era seu filho e, no fundo, ela tendia a protegê-lo. — Entendi. — Disse Reginaldo, acenando com a cabeça. — Agora posso ficar tranquilo para deixar George se casar. — O quê? — Perguntou Jaqueline, confusa. — George vai se casar? Reginaldo confirmou: — Sim, ele já não é mais tão jovem. Está na hora de pensar em casamento, em ter um filho ou uma filha em breve. Eu já escolhi uma noiva para ele. Jaqueline franziu a testa ligeiramente: — Com quem ele vai se casar? — Com a filha de um amigo, alguém que vi crescer. Gosto muito dela, e o mais importante é que tenho um bom relacionamento com o pai dela e também temos algumas transações comerciais. Ao ouvir isso, Jaqueline percebeu que era um casamento claramente arranjado por interesses come
"Ele deveria agradecer a si mesmo por ser capaz de ameaçar os outros."Reginaldo observou a reação um tanto indiferente de Jaqueline e pareceu compreender algo:— Eu sei que você não tem uma boa impressão de mim, mas tudo o que fiz foi por razões lógicas. Como pai, naturalmente me preocupo com a felicidade do meu filho. No entanto, como ele não tem uma namorada no momento, mesmo que eu quisesse ajudar, não teria como. Compreendo os sentimentos do meu filho e, quem sabe, talvez ele se case em breve. A moça que encontrei para ele é excelente, acredito que, se passarem um tempo juntos, serão muito compatíveis.— Presidente Reginaldo, você acha que apenas por passarem um tempo juntos eles serão compatíveis, mas e se George não pensar assim? O que acontecerá se ele recusar?Ela queria saber quais seriam as consequências para George.— Então, é melhor ele não recusar. — A voz de Reginaldo se tornou mais fria. — Jaqueline, você também pode aconselhá-lo a aceitar os arranjos da família.— Eu a
"Eu casei com Roberto por amor, sem nenhum interesse, mas mesmo assim acabamos nos divorciando. Então, o que realmente sustenta um casamento? Nem por amor nem por interesse parece funcionar. Não é de admirar que mais e mais pessoas escolham não se casar, preferindo viver sozinhas e desfrutar de sua liberdade."Jaqueline respirou fundo, tentando controlar suas emoções antes de falar:— George é seu filho biológico, você não se importa com a felicidade dele?— O que você está sugerindo, que você pode torná-lo feliz? Então me diga, como você acha que ele pode ser feliz?— Deixando que ele escolha. — Disse Jaqueline. — Ele tem o direito de escolher a mulher que deseja. O casamento dele deve ser decidido por ele mesmo, independente do resultado, deve ser a escolha dele, e não algo imposto por outros.Reginaldo ajustou calmamente os punhos da camisa:— Então você realmente se importa com ele, que pena... — Ele suspirou levemente.— Que pena o quê? — Perguntou Jaqueline.Antes que Reginaldo p
— George, não precisa se preocupar, seu pai não veio me ver hoje, ele veio para ver minha sogra, a presidente do Banco Estrela Azul. Eu apenas a acompanhei, não foi nada demais.— É mesmo?— Sim, se eu tivesse algum problema, você acha que ainda estaria conversando com você? Não se preocupe tanto.George respirou aliviado:— Que bom, Jaqueline, da próxima vez que você for encontrar meu pai, me avise com antecedência, hoje eu não sabia de nada.— Não tem problema, George, seu pai não vai me devorar. Aliás, você sabia que seu pai...— O que tem meu pai? — Perguntou George.Jaqueline de repente se lembrou de que Nádia estava ao lado, então disse: — George, vou deixar para falar na próxima vez que nos encontrarmos, não se preocupe, não é nada sério, estou bem e me preparando para ir para casa.— Tudo bem, então me ligue quando chegar em casa para eu saber que está tudo bem.— Está certo, eu ligo. Tchau. — Jaqueline desligou o telefone.Ela se virou e viu Nádia olhando para ela com um olha
Quando Jaqueline chegou em casa, já se passava da uma e meia.Ela tinha prometido que ia ligar para George a fim de informá-lo de que estava bem, mas, naquele momento, preferiu não falar e optou por enviar a ele uma mensagem.[George, já estou em casa, não se preocupe.]George respondeu prontamente: [Tudo bem, fico aliviado que tenha chegado em casa.]Jaqueline se sentou no sofá, empenhada em pesquisar informações sobre aluguel de imóveis na Cidade dos Sonhos, esse era o nome da cidade que ela escolheu para morar. Ela partiria em dois dias.Aquela noite seria dedicada a acompanhar Nádia a um encontro com Roberto. O dia seguinte estava reservado para passar tempo com Catarina, antes de sua partida.Em silêncio, Jaqueline planejava suas atividades ao chegar ao novo destino.Pretendia adquirir uma vasta quantidade de livros para ler durante a gestação e, após o nascimento do bebê, tinha planos de iniciar um mestrado.Apesar do divórcio recente, se considerava afortunada. Afinal, não tinha