- Zulmira, pense bem antes de falar. Alguém te manipulou? Foi Gisele que te comprou para você encenar tudo isso? Como uma criança tão bondosa como você poderia fazer tal coisa? - Dizendo isso, Nanda ainda tocou seu próprio peito levemente, fingindo estar com o coração partido, e não deixou de arrastar Gisele para o assunto.Os punhos de Zulmira se fecharam lentamente, assim como seus olhos. Sabia o que Gisele significava para Felipe e não se deixaria enganar novamente, apenas disse:- Fui eu que fiz, sozinha, para me vingar por Estella.Claro, ninguém acreditaria na explicação de Zulmira. Francisco mostrou um rosto incrédulo, enquanto Felipe estava com a face fria, sem dizer uma palavra.Em seguida, Ana disse:- Srta. Zulmira, isso é realmente muito decepcionante para a Sra. Lopes! A Sra. Lopes é uma pessoa tão bondosa, ela não suporta ver essas coisas! Como você pode fazer algo assim? O que a Sra. Lopes deveria fazer agora? A Sra. Lopes, sempre benevolente, sentiu pena de você e te tr
Quando Francisco parou suas ações, os dois seguranças finalmente retornaram às suas posições originais, continuando de pé.Enquanto isso, Ana já estava caída no chão, seu rosto horrendamente desfigurado, sem um pedaço de pele intacto, uma visão insuportável.Ao ver Ana nesse estado, Nanda ficou aterrorizada, arregalou os olhos e esqueceu até de respirar, incapaz de dizer uma palavra sequer.- Francisco, ajude a Sra. Lopes a se levantar. - A voz maligna de Felipe soou, carregada de maldade e frieza.- Sim.Francisco, segurando a faca ensanguentada, caminhou em direção a Nanda.Vendo isso, Nanda ficou aterrorizada, como poderia querer a ajuda de Francisco?Ela se levantou do chão de maneira desajeitada, dizendo rapidamente:- Não, não precisa me ajudar! Não chegue perto de mim!Francisco parou, sorrindo, e disse:- Sra. Lopes, não precisa ter tanto medo assim!Essas palavras, ao invés de acalmar, só fizeram Nanda ficar mais assustada.Ela imediatamente estendeu a mão para impedir Francis
A ponta do seu sapato torceu.Após um som de ossos estalando, o pulso de Ana quebrou!Ana soltou outro gemido, já extremamente fraca, agora parecia ainda mais debilitada.- Por insultar ela, você merece ainda mais a morte!O canto da boca de Felipe tremeu levemente algumas vezes, aumentando ainda mais a força!Ana não conseguia mais gritar, caída no chão, coberta de sangue.- Você pensou que eu tinha esquecido?Neste momento, o rosto de Ana estava pálido como o de um cadáver.Vendo isso, Nanda imediatamente falou em defesa de Ana.- Felipe, este é a Antiga Mansão da família Lopes! Agir assim em casa é bastante desrespeitoso. Você realmente vai deixar alguém morrer antes de parar? Me faça esse favor, poupe Ana, ela já sabe que errou! Por favor, perdoe ela!Ouvindo o apelo de Nanda, Felipe arqueou uma sobrancelha.- Perdoar ela? - Ele não ficou zangado, mas sim, sorriu.Nanda acenou com a cabeça incessantemente.- Sim, sim!Suas palavras irônicas ecoaram lentamente:- Você parece entende
No momento em que saíram da Mansão da família Lopes, Francisco rapidamente seguiu ele.- Sr. Felipe, já instalei as máquinas de ouvinte. Cada movimento da Sra. Lopes estará sob nosso controle a partir de agora.- Bom. - Felipe respondeu, parando abruptamente.Levantou a cabeça e olhou para a varanda do terceiro andar de onde Gisele havia caído uma vez. Seus olhos perigosos se estreitaram momentaneamente, revelando uma profundidade terrível.Um dia, o aborto dela seria provado com evidências concretas.Ele, pessoalmente, levaria sua mãe à prisão.De repente, o celular de Felipe tocou.Ao ver a identificação da chamada, era Henrique.- Avô?Após atender, ele disse.A voz de Henrique chegou imediatamente:- Felipe, onde você está? Gisele chegou! Você me disse que assim que Gisele chegasse, você seria o primeiro a ser notificado. Venha rápido!- Ela está no Hotel Oriental?Ela se moveu tão rapidamente?Sua mulher era realmente bondosa, sabendo retribuir a bondade dos outros com gratidão.-
Ivo balançou a cabeça, sem jeito.- É assim com o Henrique. Combinamos que só poderia comer sobremesa uma vez por semana, mas várias vezes o peguei pegando doces escondido na cozinha. Falei com ele e não adianta, eu disse que ia ligar para o Sr. Felipe para contar e ele diz que estou pegando no pé dele, fica dias sem falar comigo, não adianta tentar convencer... - Disse Ivo, visivelmente desapontado.- O avô desobedecer não está certo. Ivo, você não fez nada de errado. Já que ele diz que você está pegando no pé dele e não fala com você, então você também não deveria falar com o avô.Gisele elevou propositalmente o tom de voz, para que Henrique, do lado de fora, ouvisse.Ao ouvir isso, Henrique rapidamente se aproximou silenciosamente da porta da cozinha, escutando atentamente.Conhecendo o temperamento de Henrique, Gisele falou novamente:- Agora o avô também está chateado e não quer falar comigo. Então, se é para não falar, não falamos. Sem bolo e sem os outros doces que trouxe de cas
- Tão apressada assim? E se você caísse?Esse cara realmente sabia como se fazer de desentendido.Ela estava tão apressada, mas não era por causa dele?Gisele mordeu o lábio inferior, procurando uma desculpa.- Tem algumas coisas na empresa que eu preciso resolver.Felipe sorriu, contra-atacando:- É por minha causa ou por causa da empresa?Gisele ficou surpresa, ele tinha adivinhado seus pensamentos.Ela franziu a testa, claramente não iria admitir que estava com pressa para evitar ele!- Sr. Felipe, você também não acha que se valoriza demais? - Ela disse sem rodeios.Nesse momento, Henrique, se apoiando em sua bengala, se aproximou e disse imediatamente:- Já que não é por causa do Felipe, então, Gisele, fique aqui e jante conosco! A comida do Hotel Oriental é realmente boa, e depois do jantar, você ainda pode fazer uma sobremesa para mim, só de pensar já é maravilhoso!- Henrique, você já comeu muitas sobremesas.Ivo era muito responsável com Henrique, mas mesmo com todo esse esfor
- Gisele, fica para o jantar, vai. - Disse Ivo. - O Henrique viu que você veio e pediu para eu avisar na cozinha para adicionar mais sete ou oito pratos. Se você for agora, vai ser um desperdício. - Ivo sempre foi muito econômico e odiava desperdícios.- Se a Gisele não jantar comigo, eu vou começar uma greve de fome amanhã! - Henrique disse isso enquanto caminhava em direção à sala de estar, se apoiando em sua bengala, com uma silhueta sombria.- Melhor ainda se o avô não comer sobremesa!Ao ouvir isso de Gisele, Henrique ficou petrificado, parado no lugar.- Criança sem coração... Sem coração... - Ele murmurou. - Se não quer comer, então não coma. De qualquer forma, já estou cheio de ar por causa dessa criança sem coração. Gisele sem coração, não tem amor pelo avô, não tem piedade...Gisele apertou os lábios ao ouvir os resmungos cheios de mágoa de Henrique, se sentindo muito mal.Afinal, era um idoso que ansiava muito pela sua presença e até pediu para adicionar mais pratos...Felip
O velho que tanto a amava, que a tratava como sua própria neta, ela estava com o coração partido...- Não tem cura? - Seus olhos ligeiramente vermelhos, ela perguntou novamente.- Sim, às vezes ele nem se lembra de quem é.Nem se lembrava de quem era?No segundo seguinte, Gisele rapidamente se adiantou e segurou Henrique.- Vovô, que tal se eu fizer alguns biscoitinhos para você? Não são doces, mas são saborosos e tenho certeza de que você vai gostar.- Sério? Vai ter biscoitinho? - Henrique sorriu tanto que mal podia fechar a boca.Gisele assentiu.- Claro que sim, fornecimento contínuo!- Ah, isso não pode. - Henrique balançou a cabeça rapidamente. - Como assim fornecimento contínuo? Você e Felipe não vão ter filhos? Com uma criança, você ficará muito cansada, como vai conseguir fazer biscoitos para mim?Ao ouvir isso de Henrique, Gisele ficou ainda mais certa do que Felipe tinha dito antes, que a memória do avô realmente tinha seus bons e maus momentos.Gisele de repente não sabia o