No momento em que saíram da Mansão da família Lopes, Francisco rapidamente seguiu ele.- Sr. Felipe, já instalei as máquinas de ouvinte. Cada movimento da Sra. Lopes estará sob nosso controle a partir de agora.- Bom. - Felipe respondeu, parando abruptamente.Levantou a cabeça e olhou para a varanda do terceiro andar de onde Gisele havia caído uma vez. Seus olhos perigosos se estreitaram momentaneamente, revelando uma profundidade terrível.Um dia, o aborto dela seria provado com evidências concretas.Ele, pessoalmente, levaria sua mãe à prisão.De repente, o celular de Felipe tocou.Ao ver a identificação da chamada, era Henrique.- Avô?Após atender, ele disse.A voz de Henrique chegou imediatamente:- Felipe, onde você está? Gisele chegou! Você me disse que assim que Gisele chegasse, você seria o primeiro a ser notificado. Venha rápido!- Ela está no Hotel Oriental?Ela se moveu tão rapidamente?Sua mulher era realmente bondosa, sabendo retribuir a bondade dos outros com gratidão.-
Ivo balançou a cabeça, sem jeito.- É assim com o Henrique. Combinamos que só poderia comer sobremesa uma vez por semana, mas várias vezes o peguei pegando doces escondido na cozinha. Falei com ele e não adianta, eu disse que ia ligar para o Sr. Felipe para contar e ele diz que estou pegando no pé dele, fica dias sem falar comigo, não adianta tentar convencer... - Disse Ivo, visivelmente desapontado.- O avô desobedecer não está certo. Ivo, você não fez nada de errado. Já que ele diz que você está pegando no pé dele e não fala com você, então você também não deveria falar com o avô.Gisele elevou propositalmente o tom de voz, para que Henrique, do lado de fora, ouvisse.Ao ouvir isso, Henrique rapidamente se aproximou silenciosamente da porta da cozinha, escutando atentamente.Conhecendo o temperamento de Henrique, Gisele falou novamente:- Agora o avô também está chateado e não quer falar comigo. Então, se é para não falar, não falamos. Sem bolo e sem os outros doces que trouxe de cas
- Tão apressada assim? E se você caísse?Esse cara realmente sabia como se fazer de desentendido.Ela estava tão apressada, mas não era por causa dele?Gisele mordeu o lábio inferior, procurando uma desculpa.- Tem algumas coisas na empresa que eu preciso resolver.Felipe sorriu, contra-atacando:- É por minha causa ou por causa da empresa?Gisele ficou surpresa, ele tinha adivinhado seus pensamentos.Ela franziu a testa, claramente não iria admitir que estava com pressa para evitar ele!- Sr. Felipe, você também não acha que se valoriza demais? - Ela disse sem rodeios.Nesse momento, Henrique, se apoiando em sua bengala, se aproximou e disse imediatamente:- Já que não é por causa do Felipe, então, Gisele, fique aqui e jante conosco! A comida do Hotel Oriental é realmente boa, e depois do jantar, você ainda pode fazer uma sobremesa para mim, só de pensar já é maravilhoso!- Henrique, você já comeu muitas sobremesas.Ivo era muito responsável com Henrique, mas mesmo com todo esse esfor
- Gisele, fica para o jantar, vai. - Disse Ivo. - O Henrique viu que você veio e pediu para eu avisar na cozinha para adicionar mais sete ou oito pratos. Se você for agora, vai ser um desperdício. - Ivo sempre foi muito econômico e odiava desperdícios.- Se a Gisele não jantar comigo, eu vou começar uma greve de fome amanhã! - Henrique disse isso enquanto caminhava em direção à sala de estar, se apoiando em sua bengala, com uma silhueta sombria.- Melhor ainda se o avô não comer sobremesa!Ao ouvir isso de Gisele, Henrique ficou petrificado, parado no lugar.- Criança sem coração... Sem coração... - Ele murmurou. - Se não quer comer, então não coma. De qualquer forma, já estou cheio de ar por causa dessa criança sem coração. Gisele sem coração, não tem amor pelo avô, não tem piedade...Gisele apertou os lábios ao ouvir os resmungos cheios de mágoa de Henrique, se sentindo muito mal.Afinal, era um idoso que ansiava muito pela sua presença e até pediu para adicionar mais pratos...Felip
O velho que tanto a amava, que a tratava como sua própria neta, ela estava com o coração partido...- Não tem cura? - Seus olhos ligeiramente vermelhos, ela perguntou novamente.- Sim, às vezes ele nem se lembra de quem é.Nem se lembrava de quem era?No segundo seguinte, Gisele rapidamente se adiantou e segurou Henrique.- Vovô, que tal se eu fizer alguns biscoitinhos para você? Não são doces, mas são saborosos e tenho certeza de que você vai gostar.- Sério? Vai ter biscoitinho? - Henrique sorriu tanto que mal podia fechar a boca.Gisele assentiu.- Claro que sim, fornecimento contínuo!- Ah, isso não pode. - Henrique balançou a cabeça rapidamente. - Como assim fornecimento contínuo? Você e Felipe não vão ter filhos? Com uma criança, você ficará muito cansada, como vai conseguir fazer biscoitos para mim?Ao ouvir isso de Henrique, Gisele ficou ainda mais certa do que Felipe tinha dito antes, que a memória do avô realmente tinha seus bons e maus momentos.Gisele de repente não sabia o
- Cale a boca! - Henrique olhava para Ivo com descontentamento. - Como eu não saberia da minha própria condição física? Mesmo que eu não soubesse, com você falando no meu ouvido todo dia, eu acabaria sabendo!- Sim. - Ivo, resignado e conhecendo bem o temperamento infantil de Henrique, não disse mais nada.- Avô, o Ivo só quer o seu bem... - Gisele imediatamente defendeu Ivo.Henrique costumava dar ouvidos a Gisele, então, olhando para Ivo, disse:- Tudo bem, tudo bem, sei que você se preocupa comigo.Ivo sorriu, saber que Henrique disse isso já era um grande avanço...Em seguida, Henrique rapidamente colocou alguns legumes no prato de Felipe.- Toma, Felipe, coma mais disso, é bom para os rins! - Henrique disse, todo sorridente. Assim que terminou de falar, ele pegou mais alguns legumes diferentes.- E isso aqui também, tem que comer bastante, garante mais energia! Isso aqui, isso aqui também é uma coisa boa! Para reforçar o corpo!Felipe olhou para a comida em seu prato, franzindo le
O que ele estava falando agora mesmo?Ele sabia o que estava dizendo?Gisele estava cheia de interrogações na cabeça!Após sentir o olhar mortal de Gisele, Felipe lhe lançou um sorriso indulgente e, na frente de Henrique, estendeu a mão para afagar seus cabelos, demonstrando imenso carinho.- Não seja tímida, o avô também passou por isso.Isso deixou Gisele completamente atônita, e ela o xingou milhões de vezes em sua mente!Esse canalha!Ele estava tentando tirar vantagem dela?Canalha era canalha! Isso era demais!Gisele tomou alguns goles de suco, tentando manter a calma.Quando conseguiu controlar a raiva que subia, ela sorriu doce para Henrique e disse:- Avô, não precisa se incomodar, não estamos tão longe de casa. Ficar aqui implica em incomodar Ivo e os outros empregados para arrumar e limpar.Henrique imediatamente respondeu:- Não é incômodo algum, Ivo e os outros não se importam. - Então, olhou para Ivo. - Ivo, você acha um incômodo?O olhar de Henrique era como se estivesse
Após o jantar, Gisele começou a se ocupar na cozinha, assando biscoitos.Ao anoitecer, as luzes do Hotel Oriental se acendiam, iluminando o rio paisagístico. A arquitetura ganhava um ar ainda mais clássico sob essa iluminação.Henrique tinha uma paixão por arquitetura clássica, razão pela qual o Hotel Oriental foi projetado seguindo esse estilo.Com a chegada da noite, as músicas clássicas favoritas de Henrique ecoavam pelo hotel, adicionando um charme especial ao ambiente.Henrique, saboreando os biscoitos recém-assados por Gisele, ouvia a música com prazer, cantarolando junto de vez em quando.Felipe, por outro lado, não demonstrava interesse por isso. Seus dedos longilíneos deslizavam sobre o tablet, revisando os e-mails mais recentes filtrados.Sua atenção só foi capturada ao se deparar com um e-mail enviado por Francisco.“Sr. Felipe, a Srta. Gisele está adquirindo a empresa de entretenimento TL. De acordo com nossos informantes, um grupo formado temporariamente por membros da div