— Que surpresa, não imaginava que ficaria tão empolgada com a minha companhia.
— Claro que fico! Quando Ares pediu-me para escolher o traje de hoje, lembrei logo de você e disse que ele tinha que comprar um para você também, ou eu não aceitaria!
Sabia, olha aí o veneno!
— Nossa! Que fofo da sua parte!
— Toma, experimenta. Ares que escolheu, eu teria optado por algo mais… humano… mas sabe como são os machos, né? Se não gostar, posso te emprestar um dos que usei nos anos anteriores.
Eu abri o embrulho e dele tirei uma espécie de vestido muito parecido com o que Estela estava usando, a diferença que era vermelho e não tão transparente nas partes íntimas, porém, eu jamais usaria aquilo!
No quarto, para ele, pode at&ea
“ Não se esqueça, se você for, tem que usar esse traje que eu trouxe, se decidir não ir, te entenderei, é muito difícil assistir o seu companheiro montando outras fêmeas. Pode deixar que cuido do Ares para você, amiga!”— Ela acreditou em você?Ele estava olhando pela janela para o lado de fora, onde crianças brincavam sob supervisão dos responsáveis.— Claro que sim, por que não acreditaria? Eu não menti, apenas omiti alguns detalhes importantes.— Se ela não for, Ares irá atrás dela e os seus planos não funcionarão.Estela aproximou-se, as suas mãos deslizaram pelas costas dele até a frente do seu corpo.— Direi a ele que ela virá mais tarde, para fazer uma surpresa. Depois que espalhar o óleo de Baco no seu corpo, com o meu cio exacerbado, o lobo dele não resistirá a minha loba. Porém, confesso que prefiro que ela vá.— Está muito confiante na poção que usou, Estrela, cuidado que a soberba precede a queda!— Não diga palavras negativas, a poção foi-me entregue diretamente da Elfo.
ELAO céu estava escuro e limpo, com muitas estrelas e a lua iluminava a floresta. Da janela podia ouvir as vozes ao longe, animadas pelas festividades. Olhei mais uma vez para o traje na cama, e por mais que me esforçasse, não conseguia coragem para vestir ao tão revelador.Por mais que estivesse num mundo novo, descobrindo que havia muito mais verdades no universo do que as que eu acreditava conhecer, minhas crenças, costumes e valores estavam enraizados demais para abdicar da modéstia a que fui educada.So em pensar em Ares sem mim, dormindo cm outras mulheres, causava dor real e física, não apenas emocional. o meu peito ardia, o coração estava pesado e sentia até mesmo cólicas.Esse era o mundo do qual eu fazia parte agora, onde estava vivendo e no qual teria que me adaptar. Como fazer algo assim sem deixar de ser
— Não é uma loba, mas cheira como uma Luna, o que diabos é você, fêmea?Medo e admiração dividiram o mesmo espaço no meu cérebro.Ele virou-se, feroz e ameaçador, tão rápido que não vi os seus movimentos até ele se afastar com o meu hijab estraçalhado na mão.Ele sorriu e passou a língua nos terríveis dentes caninos. Apesar da sua figura agressiva e ameaçadora, o que me impressionou mais foi o par dos mais belos e frios olhos azuis que jamais avistei.— Posso saber o seu nome, Luna?Por uns instantes, achei que me afogaria no mar gélido dos olhos daquele homem. Olha só, estava até virando uma poetiza…Falando sério, que homem lindo! Quer dizer,..— É um lobisomem?<
O alarme de invasão ecoou pelo clã no meio da madrugada. O Alfa deixou a Luna grávida assustada na tenda e correu ao encontro dos seus guerreiros. Lobos perdidos mais uma vez entraram no seu território para saquear os bens do seu povo.Alfa Hermes era um líder honrado, corajoso e muito dedicado ao clã e a sua amada companheira, Luna Edite. Ela estava grávida de seu primeiro filhote e ele ordenou que ela permanecesse na tenda e não pusesse a sua vida e a do filhote em risco, pois ele cuidaria de tudo.Infelizmente, os lobos perdidos invadiram o território no meio de uma tempestade, muito vento, chuva e neve prejudicavam o faro dos seus rastreadores, dificultando a busca pelos malfeitores.Mesmo com as dificuldades climáticas, os lobos bem treinados do Alfa Hermes capturaram os invasores sem muita demora.Pelo menos, era o que pensavam, ignorando que o líder do bando de lobos perdidos tinha um cúmplice infiltrado no clã. A batalha acontecia de um lado do território, enquanto ele próprio
Vinte e seis anos depois…— Acorda, preguiçosa! Mulher casada não dorme até essa hora não!“Bom dia, flor do dia!” Era a frase que a minha mãe usava para me despertar todas as manhãs antes de ir à escola.Quando foi que a minha vida mudou tanto? E para pior…— Eu, na sua idade, acordava antes do sol nascer para preparar o café da manhã dos meus sogros!“Blá, blá, blá! Quem liga para como você tratava os seus sogros, sua megera?”Pensei, ao jogar o cobertor para o lado e me levantar. Infelizmente, não tinha coragem de falar esse tipo de coisa para a minha sogra na cara dela. Não desejava outra punição do meu marido por desrespeitá-la.Tomei um banho para despertar o meu corpo para os desafios do meu sério dia de mulher casada.O meu chamado marido saiu bem cedo pela manhã para administrar a fazenda, deixando para trás o meu corpo dolorido por mais uma noite em que ele fez o possível para me engravidar.Olhei-me no espelho, para ajeitar o hijab, e saí do quarto em direção à cozinha. A m
Terminei de preparar o almoço e servi à mesa. A minha sogra chegou com a mesma cara de nojo de sempre e fez um muxoxo antes de sentar.Peguei um prato para servi-la primeiro, escolhendo a fatia de cordeiro mais bonita e gordurosa para ela, arroz com nozes, e quando estava prestes a pegar o puré de abóbora, ela deu um tapa na mesa.— Não me sirva essa coisa horrorosa que você fez, parece lavagem! E coloque outra peça de cordeiro no meu prato, não seja sovina com a mãe do seu marido!Respirei fundo e obedeci sem reclamar. Entreguei o prato a ela, que comia como se não houvesse amanhã. Servi-me do que mais gostava e sentei na cadeira de frente para ela.Ela mastigava ruidosamente e reclamou de tudo o que tinha na mesa, botando defeito em todos os pratos, embora tenha repetido quase todos. Quando estava satisfeita e com a boca cheia de gordura, tamborilou os dedos sobre a mesa me observando comer. De repente, ela levantou.— Não deve comer tanto, está ficando gorda e o meu filho não gosta
ELEAres estava no salão de artes do castelo antigo, que ficava no centro da cidade principal do seu território. Nesse salão, ficavam os quadros e bustos dos Alfas anteriores. Diante dele, a pequena estátua de Luna Edite, onde ele havia, como todos os dias, trocado as flores do vaso.Ele olhava fixamente para aquela que era a figura que representava a Luna conhecida por sua bravura e bondade.A saudosa Luna cujo vincula ainda percorria a aura de todos os membros do clã.A amada líder que dedicou a vida para cuidar do seu povo.A fêmea que ele nunca teve a oportunidade de chamar de mãe, mas que, ao nascer, causou a morte.“ Você não é meu filho, muito menos o meu herdeiro! Por sua causa, a minha companheira morreu, você é um maldito!”Ares retirou as flores do vaso e as arrumou novamente, uma a uma, até que o arranjo lhe parecesse perfeito.Pegou uma pequena vela de cera e parou diante da imagem de Hecate, a Deusa dos lobisomens, mãe de todas as Lunas.Aquele era o aniversário de morte
Senti como se estivesse fora da realidade. Aquilo não podia ser real, eu planejei tudo por meses! Era o meu momento de liberdade, apenas uma plataforma de distância do trem….E o que essa megera está fazendo abraçando a fulaninha secretaria cujo nome nem me dou o trabalho de lembrar? Se gosta tanto dela, e me odeia, bastava me deixar ir embora! Mas não, esse “Shaytan” gosta de me maltratar, aposto que os únicos orgasmos que teve em vida foram quando me maltratou.Quem sou eu para falar de orgasmos, nunca vi, só ouço falar…Esse era o grau de desprendimento da realidade que eu me encontrava, minha mente vagando por coisas sem noção para me afastar da vida real, onde, entre a minha liberdade e eu, estava um grupo de “Djins”.Amir caminhou lentamente na minha direção, com um sorriso cruel nos lábios e olhos faiscando de raiva.Ele acha mesmo que eu sou idiota de ficar parada? Pelo portão que entrei, sai correndo.Se ele me pegar, vai me castigar de qualquer jeito, mas se não conseguir me