❧Infelizmente os dias de férias naquele paraíso chegaram ao fim. Nós voltamos pela tardinha e Oliver me convenceu a dormir na casa dele. Claro que ele não teve que fazer esforço algum. Confesso que queria ficar com ele mais um pouco, ter mais da sua presença, dos seus toques, seus beijos e carinhos.Ava tinha chegado na noite anterior de viagem, ela mandou uma mensagem para Oliver avisando, mas nós estávamos ocupados demais, por isso ele só viu a tarde. Mesmo assim ela prometeu fazer um jantar delicioso pra gente.— Que saudades — ela me agarrou assim que me viu. — Senti falta de apertar suas bochechas — sim, ela apertou minhas bochechas.— Oi, Ava — falei, enquanto me recuperava da dor em meu rosto.— Chega disso — Oliver me puxou, nos afastando.— Cuidado, maninho, está chegando aqui — disse séria e fechou os olhos como se algo a incomodasse.— O quê? — Oliver franziu o cenho.— O seu ciúmes — imediatamente, após sua fala, ela correu porque sabia que o irmão iria batê-la e estava c
❧Tudo estava indo muito bem no meu trabalho. Finalmente consegui pegar o novo ritmo e consegui me organizar. A semana inteira passei colocando as coisas em ordem para dar conta de todos os livros que precisava editar. Não era tanta coisa, eu só precisava de organização, depois ficou mais fácil lidar com o meu novo cargo.Oliver me mandou mais quatro páginas para acrescentar no seu livro e claro que dei prioridade a isso, não que ela tenha algum privilégio por ser o cara pelo qual estou derretida, mas é exatamente por isso. Além do fato de eu amar tudo que ele escreve e estar extremamente curiosa para ler a continuação da história que já estava perfeita.— Oi — ele disse assim que cheguei em sua casa naquele final de semana. — Que saudade — me abraçou apertado como se não me visse há meses.— Oi — retribui o caloroso abraço. — Por que está tão carente?— Só senti sua falta, você não? — Respondeu, me puxando para sentarmos no sofá. — Já enjoou de mim?— Isso é possível? — Brinquei, mas
❧Os dias estavam sendo bem corridos. Oliver havia finalizado o primeiro livro e agora estava em processo de diagramação. O segundo estava sendo escrito, ele decidiu fazer a continuação em um outro livro, o que achei muito bom já que a história estava cada vez melhor.Nós nos víamos sempre que dava, principalmente nos finais de semana. Agora eu precisava conciliar as visitas a ele e aos meus pais. Por falar neles, eles estavam desconfiados que eu estava com alguém, mas ainda não lhes contei sobre o escritor. Ainda era cedo, nós nem havíamos oficializado nada, nem nomeamos o tipo de relação que tínhamos, só estamos deixando acontecer.— Oi, Jane — Tasha disse ao entrar em minha sala. — Quero te fazer um convite.— Para quê?— O que acha de sairmos todos juntos no sábado? — Sentou-se na cadeira.— Com "todos" você quer dizer...? — Deixei a frase no ar porque já sabia o que ela estava insinuando.— Sim — afirmou. — Você e o escritor, Yara e o Heitor e claro, Daniel e eu.— Não sei se é u
❧Oliver e eu estávamos muito bem, depois que ele me contou mais sobre sua vida passou a ser ainda mais grudado a mim. E eu não estou reclamando, estou amando todas as mensagens e ligações diárias, sem falar nos encontros no meio da semana também. É maravilhoso sair da empresa e encontrá-lo em meu apartamento ou ir direto para sua casa. Vê-lo ou falar com ele no final do dia renova as minhas forças.E quando o tão falado final de semana chegou, eu estava quase arrancando os cabelos. Queria descobrir qual seria a reação do Sr. Kim quando soubesse sobre nós, espero que ele não se importe com isso. Talvez eu não devesse ficar tão tensa, como a Tasha mesmo disse, ele também fica com alguém da empresa, mesmo que não sejam casos iguais, acredito que ele não vai achar antiético, mas mesmo assim, minha ansiedade me deixa apreensiva.Oliver ficou de passar aqui em casa para me buscar, disse que era melhor irmos em um único carro porque de lá nós iríamos para sua casa. Quem sou eu para discorda
❧Os dias estavam passando rapidamente e o primeiro livro do Oliver já estava pronto. Eu fui uma das primeiras a ver, claro, e eu estava apaixonada pela capa, pelo designer, pela escrita, por tudo. Talvez eu seja suspeita de falar, mas aquele livro estava incrível, eu fiz questão que a parte que cabia a mim, e a editora, ficasse impecável e fiquei extremamente satisfeita com o resultado.— Eu adorei, bebê — Oliver disse quando lhe mostrei o livro.Eu tinha chamado ele ao meu apartamento para lhe mostrar o livro e fiz um jantar especial para nós dois.— Vocês fizeram um excelente trabalho — disse sorridente. — Eu não esperaria menos de você.Se levantou do lugar, deixou o livro sobre a mesinha de centro, sentou-se ao meu lado e me puxou para o seu colo. Passei as mãos pelo seu pescoço e deixei um joelho de cada lado das suas coxas.— Obrigado por tanta dedicação ao meu livro, anjo — me beijou. — Eu amei cada detalhe.— Eu disse que faríamos o melhor — falei. — Já que você aprovou, pode
❧Como eu tinha sugerido, depois de comermos Oliver e eu voltamos para a cama. Ele tinha chorado bastante e seus olhos estavam inchados, segundo ele, ardiam bastante também. Por isso, passamos o resto do dia na cama. À noite ele já estava melhor, eu ia embora, mas decidi dormir com ele para não deixá-lo sozinho.No dia seguinte acordei cedo e passei em casa antes de ir à editora para buscar minhas coisas e trocar de roupa. Oliver disse que eu deveria deixar roupas em sua casa para quando algo do tipo voltasse a acontecer, coisa que ele disse que iria se repetir muito se dependesse dele, claro que eu propus o mesmo, afinal ele dorme lá em casa às vezes também. — As vendas do livro do escritor Oliver são um sucesso — o Sr. Kim disse animado. — As pessoas estão adorando esse estilo de livro, a profundidade da história é magnífica.— É, ele teve motivos muito fortes para escrever sobre isso — falei.— Eu imagino que sim — sorriu. — Soube que ele tem uma entrevista hoje.— Sim, ele tem —
❧Cheguei na delegacia e fui colocada em uma sala para ser interrogada em seguida. Eu ainda não sabia o que estava fazendo lá, mas me mandaram esperar que logo alguém viria falar comigo. Minutos depois um policial apareceu na sala e sentou-se de frente para mim.— Jane Becker, certo? — Perguntou, eu assenti. — Sabe o porquê de estar aqui?— Não, senhor — respondi. — Eu sequer tive contato com um policial em anos, nem me envolvi em nenhuma confusão. Não entendo o que estou fazendo aqui.— Você conhece o tenente Henry Evans? — Perguntou.O sobrenome Evans é muito conhecido por mim, mas esse nome, não sei a quem pertence. Logo parei para raciocinar, o sobrenome de Oliver, assim como o avô sendo do exército, só pode ser ele.— Não tenho certeza — falei a verdade.— Como assim?— O sobrenome não me é estranho, mas o nome, nunca ouvi falar.— O tenente Evans está lhe acusando de desacato a autoridade, disse que você o desacatou e o agrediu verbalmente.— Como é? — Arregalei os olhos. — Eu n
❧ Eu caí em um sono gostoso naquela tarde. Minha cabeça estava barulhenta nos últimos dias e horas, e conseguir descansar bem foi maravilhoso, eu estava cansada. Não sei se dormi muito, mas quando acordei Oliver já não estava ao meu lado, olhei as horas e vi que já havia passado das 19h, o que significa que dormi por umas quatro horas. Levantei ainda cheia de preguiça e fui procurar pelo meu namorado que ainda não deixou essa mania de me abandonar na cama e sumir. Parece que tinha formigas no colchão pra ele não conseguir ficar lá acordado. Eu mal abri a porta do quarto quando Oliver surgiu na minha frente. — Oi, anjo — disse afobado. — Que bom que acordou — passou os braços por minha cintura e me beijou rapidamente nos lábios. — Você precisa parar de me deixar sozinha na cama — resmunguei, mas me aconcheguei a ele para cheirar seu pescoço. — Desculpe. Sei que não gosta quando faço isso, mas hoje foi por uma boa causa — respondeu risonho. — O que você aprontou? — Já vai saber —