❧Como eu tinha sugerido, depois de comermos Oliver e eu voltamos para a cama. Ele tinha chorado bastante e seus olhos estavam inchados, segundo ele, ardiam bastante também. Por isso, passamos o resto do dia na cama. À noite ele já estava melhor, eu ia embora, mas decidi dormir com ele para não deixá-lo sozinho.No dia seguinte acordei cedo e passei em casa antes de ir à editora para buscar minhas coisas e trocar de roupa. Oliver disse que eu deveria deixar roupas em sua casa para quando algo do tipo voltasse a acontecer, coisa que ele disse que iria se repetir muito se dependesse dele, claro que eu propus o mesmo, afinal ele dorme lá em casa às vezes também. — As vendas do livro do escritor Oliver são um sucesso — o Sr. Kim disse animado. — As pessoas estão adorando esse estilo de livro, a profundidade da história é magnífica.— É, ele teve motivos muito fortes para escrever sobre isso — falei.— Eu imagino que sim — sorriu. — Soube que ele tem uma entrevista hoje.— Sim, ele tem —
❧Cheguei na delegacia e fui colocada em uma sala para ser interrogada em seguida. Eu ainda não sabia o que estava fazendo lá, mas me mandaram esperar que logo alguém viria falar comigo. Minutos depois um policial apareceu na sala e sentou-se de frente para mim.— Jane Becker, certo? — Perguntou, eu assenti. — Sabe o porquê de estar aqui?— Não, senhor — respondi. — Eu sequer tive contato com um policial em anos, nem me envolvi em nenhuma confusão. Não entendo o que estou fazendo aqui.— Você conhece o tenente Henry Evans? — Perguntou.O sobrenome Evans é muito conhecido por mim, mas esse nome, não sei a quem pertence. Logo parei para raciocinar, o sobrenome de Oliver, assim como o avô sendo do exército, só pode ser ele.— Não tenho certeza — falei a verdade.— Como assim?— O sobrenome não me é estranho, mas o nome, nunca ouvi falar.— O tenente Evans está lhe acusando de desacato a autoridade, disse que você o desacatou e o agrediu verbalmente.— Como é? — Arregalei os olhos. — Eu n
❧ Eu caí em um sono gostoso naquela tarde. Minha cabeça estava barulhenta nos últimos dias e horas, e conseguir descansar bem foi maravilhoso, eu estava cansada. Não sei se dormi muito, mas quando acordei Oliver já não estava ao meu lado, olhei as horas e vi que já havia passado das 19h, o que significa que dormi por umas quatro horas. Levantei ainda cheia de preguiça e fui procurar pelo meu namorado que ainda não deixou essa mania de me abandonar na cama e sumir. Parece que tinha formigas no colchão pra ele não conseguir ficar lá acordado. Eu mal abri a porta do quarto quando Oliver surgiu na minha frente. — Oi, anjo — disse afobado. — Que bom que acordou — passou os braços por minha cintura e me beijou rapidamente nos lábios. — Você precisa parar de me deixar sozinha na cama — resmunguei, mas me aconcheguei a ele para cheirar seu pescoço. — Desculpe. Sei que não gosta quando faço isso, mas hoje foi por uma boa causa — respondeu risonho. — O que você aprontou? — Já vai saber —
❧Nós entramos na barraca e Oliver a fechou por dentro. Devido a altura, ficamos de joelhos de frente um para o outro.— Obrigada por tudo isso — levei minha mão à sua nuca. — Eu quero aproveitar cada segundo desta noite com você.— Eu também quero — respondeu com a voz falha.Sorri e levei os meus lábios de encontro aos seus. Depois distribui selinhos por todo o seu rosto, com isso ele abriu um sorriso bobo e eu não resisti em beijá-lo novamente nos lábios. Eu não resisto ao sorriso dele.Sem cessar o beijo, Oliver levou suas mãos a minha cintura e me puxou para o seu colo, eu fui com facilidade e me sentei sobre as suas coxas apoiando um joelho de cada lado do seu corpo. Ele desceu suas mãos para o meu quadril e fez nossos corpos se chocarem, meu corpo inteiro reagiu a esse ato e se arrepiou completamente.Aqui, no colo dele, entre seus braços, eu sinto que fomos feitos para estar juntos. Nossos corpos ficam tão bem colados um no outro, é insana a forma como o corpo maior dele se en
❧ Após aqueles dias incríveis com Oliver, eu retornei ao trabalho e lá também recebi o apoio e carinho de todos. E me surpreendi ao ver o avô do Oliver na tela que fica na sala principal da editora. Era uma reportagem, ele estava se desculpando por ter feito uma acusação sem fundamento e disse que só achou que eu fosse perigosa, mas ao conversar comigo viu que eu era uma mulher de respeito, por isso voltou atrás como um verdadeiro homem de caráter faria. Ele fez o que Oliver pediu, mas não deixou de se promover com isso. — Que bom que voltou, Jane — Tasha disse ao me ver. — Ainda bem que esse velhote se retratou, você não merece o que ele te fez passar — Yara disse. — Só quero esquecer esse episódio infeliz — falei. — Obrigada por terem ficado ao meu lado e por terem mandado o Oliver até lá. Foi ele que resolveu tudo. — Eu virei fã do escritor Evans — Tasha disse. — Pra quem antes vivia querendo matá-lo — Yara debochou. — Pois é, Jane que o diga — rebateu. — Não me coloque n
❧ Estranhei muito a atitude e os olhares entre Oliver e o seu fã, mas imaginei que ele tivesse percebido que aquele era o leitor P por causa das flores, e o fã deve apenas estar emocionado ao vê-lo pessoalmente. Vendo que o senhor Jones estava paralisado na porta, eu me levantei e fui até ele para encorajá-lo a se juntar a nós. — Senhor Jones, por favor, sente-se conosco — falei, ao me aproximar. Seus olhos finalmente desviaram do escritor para mim. — Senhorita Becker, tem certeza que o escritor Evans me quer aqui? — Perguntou em voz baixa. Que tipo de pergunta é essa? — É claro, ele... — parei de falar quando me virei para olhar para Oliver e não encontrá-lo em seu lugar. — Ele deve ter ido ao banheiro — completei confusa. Adam passou a mão pelos cabelos jogando-os para trás, como Oliver costuma fazer. Não sei porque fiz essa comparação, mas esse ato me lembrou do meu namorado. — Acho que isso não foi uma boa ideia — disse visivelmente nervoso. Aqueles dois estavam estranh
❧ Esse foi um ano em que muitas mudanças ocorreram em nossas vidas. Nos últimos meses aconteceram algumas reviravoltas, aconteceram coisas que sequer imaginamos que um dia aconteceria. Minhas amigas e eu nunca pensamos que pudéssemos estar onde estamos, com quem estamos. Para começar, Yara estava noiva do Heitor. Eu quase não acreditei até ver a aliança brilhando em seu dedo e o próprio Heitor me dizer. Achei que fosse um sonho, mas era real, eles estavam noivos e iriam se casar em seis meses. Claro que a Tasha e eu não perdemos tempo e zoamos nossa amiga até cansarmos. Mas apesar de tudo, eu fiquei extremamente feliz por ela ter se permitido amar e ser amada, ela merece toda felicidade do mundo e eu tenho certeza que Heitor está disposto a proporcionar isso para Yara. E a Tasha estava namorando firme com o nosso chefe. Minha diversão do dia era ver os olhares e sorrisos bobos que os dois trocavam sempre que estavam no mesmo ambiente. Eles se tornaram aquele tipo de casal que transp
❧ No dia seguinte, acordamos por volta das nove horas, tomamos café no hotel mesmo e depois seguimos para outra cidade chamada Ilha Bela. Nas minhas pesquisas vi o quanto lá é maravilhoso, as praias são divinas e, junto com Oliver, decidi ficar por lá nos últimos dias da semana. Levamos algumas horas de carro para chegar, depois precisamos pegar uma balsa para conseguir chegar até a ilha, era o único meio de chegarmos lá, a não ser pelos ares, mas como dessa vez Oliver não tinha vindo de jatinho, nós fomos da forma tradicional. E nem foi demorado, foi até gostoso navegar sentindo o vento no rosto enquanto tinha o meu corpo envolto pelos braços de Oliver. Aquilo me fez lembrar do dia em que eu pilotei seu barco pela primeira vez e não pude deixar de sorrir. O nosso dia foi incrível, o piquenique, a conversa, tudo, naquele dia, foi perfeito, então eu adorei relembrar cada minuto que passamos juntos. Quando chegamos na cidade, não demoramos muito para achar o resort que escolhemos par