Não é agradável. Cãibras assim todo seu corpo. As estrias aumentam e engrossam. As varizes engordam e deixa sua perna quase completamente deformada. E a coceira é surreal.
Seu desespero e dor acordou o bebê e para não deixá-lo sozinho, o Alpha o levou junto em direção a floresta. O filhote também ajudava-lhe a acalmar.
— J-Jayson… — Gemeu com dor.
— Perdão, princesa. — Disse o Alpha. Katharyna o encarou. Ele pegou em seu braço e o acariciou. — Isso vai doer. E muito.
Ele quebrou seu braço. Katharyna berrou tão alto que seu filhote fez menção de chorar.
E então o Alpha a deixa sozinha, exposta
Sem gritos…Sem dor…Tudo está em absoluto silêncio. Katharyna havia parado de deixar os animais da floresta surdos…Mas, em algum lugar daquela vegetação densa… lá está ela.Jæysøn̶ sente. Como Alpha… ele sabe que há uma intrusa naquelas terras.Então o feroz lobo ergue a cabeça, levanta o focinho e uiva. Uiva alto, chamando-a… enganando-a para vir em sua armadilha.Para as garras do macho Alpha!E sabe que ela escutou. Mesmo não tendo uma compreensível resposta — mesmo deixando o Alpha… o Alpha sem resposta — Jæysøn̶ sabe que ela ouviu.&n
O bebê suga todo o peito de Katharyna. Agarra aquela circunferência e mama o mamilo com vigor até uma gota branca de leite cair na lateral de sua mandíbula.Jæysøn̶ está atrás dela. Katharyna sente suas costas encostar os músculos de seu peito musculoso. Ele penteia delicadamente seu cabelo enquanto alimenta o bebê.— Tudo está tão diferente… — Disse a humana. Mesmo falar parece diferente. Sai… fácil de mais. Alto de mais.O quarto está completamente escuro com a exceção de uma vela para não assustá-la inteiramente. Ainda sim, Katharyna vê cada mínimo detalhe do lugar em luz, cor e intensidade que jamais pensou em existir.Muito mais do que isso… a brisa na janela trás cores da aurora boreal. Ela encara seu bebê e vê além da sombra produzida pelo manto e
Para o pesadelo das irmãs Demarttel, os três dias passaram extremamente rápido.— Mas… é muito fino. — Katherine para seu companheira, Viggø. Correntes extremamente finas de prata formam o sinto. Calça negra, braceletes de ouro e facas escondidas. — Você está praticamente pelado.— Preocupada? — Ele a encara. — Está nesse covil a meses e não notou?A lhycan levanta uma sobrancelha em forma de desentendimento. Ela busca uma resposta.— Somos lobisomens. — Katherine sorri sem humor.— Mas não são imortais. — Diz.— Somos homens que transformam-se em grandes lobos. Tantos nomes mais apropriados; lhycans, homens-lobos, lobos. Então por que lobisomens? — Ele segura seu queixo. — Tem uma lógica.Ela sabe. "Lobisomens" é mais comum
Katharyna estava no quarto com o bebê em seus braços. Sereno… Calmo… Tranquilo… Parece um anjo em meio ao manto negro. Ela não consegue imaginá-lo como uma besta apocalíptica.Parece tão inocente…Mesmo seu cheiro é de vulnerabilidade.E ao observar o filhote… Katharyna lembra-se de Jæysøn̶. O bebê lembra ele apesar da drástica diferença de idade. Mesmo cheiro lembra o pai… mesmo atualmente sendo delicado em comparação ao odor selvagem, dominante e másculo.Katharyna encara a floresta através da abertura da ampla varanda. Faz um tempo que o Supremo partiu… para a guerra.Ela confia nele. O Alpha é esperto, ardiloso e traiçoeiro. Planejou esse ataque nos mínimos detalhes, re
A era dos dragões havia acabado… Eles estavam extintos. Antes dos dragões serem extintos pelo lendário Titã Supremo Alpha Åærøn Ådamhs, acreditava-se que era as criaturas mais poderosas do mundo. Tinham o sopro do sol e o poder da lua. Enormes e colossais, eram devastadores. São fonte de magia e poder abençoados e amaldiçoados pelos próprios deuses. Acreditava-se que nada poderia causar sua extinção. Até o Titã Åærøn Ådamhs. Único lobisomem a encarar frente a frente um dragão que sair vivo. E a fera morta. O mundo aprendeu a teme-lo após a morte de Tarak, o Dragão Negro. E conforme a guerra passou, dragão por dragão caiu aos seus pés. Até se tornarem extintos. Sumiram do mundo… Assim, cinco mil anos se passou. E o mundo ainda sofria com a guerra e a perda das criaturas mais poderosas da terra. Dos dragões. Eles forneciam equilíbrio. Sua presença é lembrar o que realmente é poder. O mundo sofreu como se um reino perdesse seu rei. Pois entre
O bebê Apocalíptico… eles já o tem em suas mãos. Ele e a mãe. Então por que não o matam enquanto ele ainda é pequeno? Katharyna se perguntava a todo instante enquanto era aprisionada no quarto de Jæysøn̶ apenas para garantir a sobrevivência do bebê. Por quê? Por que querem ele vivo? Ela foi isolada de qualquer comunicação ou informação possível. Mhyhæther é a única que entra no quarto, mas mantém um certo respeito pelo ambiente ao permanecer apenas na porta. O bebê estranharia ela entrar mais no local. E o cheiro levemente parecido com o pai o deixa levemente calmo na presença da mulher. Belíssima! Extremamente parecido com sua mãe, Nhycall. Mhyhæther tinha olhos como os de Jæysøn̶. Completamente esbranquiçados não importa a tonalidade. São características do clã Ådamhs assim como, nas mulheres, há mechas mais claras do que seu tom natural de cabelo. E sobre as ondas negras e cacheadas da lhycans, h
— Katharyna? Ela havia se esquecido do som da voz dele. E após tanto tempo sem ouvi-lo, parecia diferente sim como sua aparência física. Fedia ainda fedia como um humano, parece humano e é um macho humano. O árduo trabalho escravo o deixou mais robusto e também mais musculoso. Nada equivalente a um lobisomem, mas Lúcius ficou mais intimidante próximo a ela. E pela primeira vez, Katharyna sentiu-se incomodada com sua presença e também com seu olhar. Pois em seus braços, enrolado em mantas negras e bem confortável está seu doce filhote.— Lúcios… — Sussurrou ela. Também fazia um bom tempo que o humano não ouvia a voz de Katharyna Demarttel. E agora que ouviu sua voz, parece a de um anjo de tão serena e calma que é. Ela está mais bela do que nunca. Suas curvas aumentaram, seu corpo ficou mais sedutor e ele percebe mesmo por baixo daquela capa vermelha que ela usa. Mas seus olhos não deixam de reparar no embrulho
A Lua de Sangue chegou. Ela não demorou. Os lobos machos foram todos trancafiados pelo instinto feroz de acasalamento. Katharyna sentiu o sangramento enquanto ouvia a voz de Kalyna ecoando por sua mente. "Dentre o inverno tenebroso, onde o sangue da escravidão cai, eis que ressurge a primeira humana fêmea de um Supremo." Ela lembra-se de seus olhos quando estava presa no calabouço. E mesmo que não a tenha visto, algo que ela nunca disse lhe é tramitado no lhycan perfeito. "Na luz da Lua Vermelha, o sangue cai e a fera acorda. Regado com medos, noite e dia com lágrimas de angústia e rejeição. Iluminada com sorrisos, com suaves e dolorosas malícias. E então, sobre a força de seu pai e a dor de sua mãe, ele nasce…" É quase impossível não arregalar os olhos quando a bruxa sem magia vai ao seu encontro. Ela encara seu rosto com uma face levemente triste. E afirma:— Está na hora. Os deuses da noite estão mais pr