Parece tão inocente…
Mesmo seu cheiro é de vulnerabilidade.
E ao observar o filhote… Katharyna lembra-se de Jæysøn̶. O bebê lembra ele apesar da drástica diferença de idade. Mesmo cheiro lembra o pai… mesmo atualmente sendo delicado em comparação ao odor selvagem, dominante e másculo.
Katharyna encara a floresta através da abertura da ampla varanda. Faz um tempo que o Supremo partiu… para a guerra.
Ela confia nele. O Alpha é esperto, ardiloso e traiçoeiro. Planejou esse ataque nos mínimos detalhes, re
A era dos dragões havia acabado… Eles estavam extintos. Antes dos dragões serem extintos pelo lendário Titã Supremo Alpha Åærøn Ådamhs, acreditava-se que era as criaturas mais poderosas do mundo. Tinham o sopro do sol e o poder da lua. Enormes e colossais, eram devastadores. São fonte de magia e poder abençoados e amaldiçoados pelos próprios deuses. Acreditava-se que nada poderia causar sua extinção. Até o Titã Åærøn Ådamhs. Único lobisomem a encarar frente a frente um dragão que sair vivo. E a fera morta. O mundo aprendeu a teme-lo após a morte de Tarak, o Dragão Negro. E conforme a guerra passou, dragão por dragão caiu aos seus pés. Até se tornarem extintos. Sumiram do mundo… Assim, cinco mil anos se passou. E o mundo ainda sofria com a guerra e a perda das criaturas mais poderosas da terra. Dos dragões. Eles forneciam equilíbrio. Sua presença é lembrar o que realmente é poder. O mundo sofreu como se um reino perdesse seu rei. Pois entre
O bebê Apocalíptico… eles já o tem em suas mãos. Ele e a mãe. Então por que não o matam enquanto ele ainda é pequeno? Katharyna se perguntava a todo instante enquanto era aprisionada no quarto de Jæysøn̶ apenas para garantir a sobrevivência do bebê. Por quê? Por que querem ele vivo? Ela foi isolada de qualquer comunicação ou informação possível. Mhyhæther é a única que entra no quarto, mas mantém um certo respeito pelo ambiente ao permanecer apenas na porta. O bebê estranharia ela entrar mais no local. E o cheiro levemente parecido com o pai o deixa levemente calmo na presença da mulher. Belíssima! Extremamente parecido com sua mãe, Nhycall. Mhyhæther tinha olhos como os de Jæysøn̶. Completamente esbranquiçados não importa a tonalidade. São características do clã Ådamhs assim como, nas mulheres, há mechas mais claras do que seu tom natural de cabelo. E sobre as ondas negras e cacheadas da lhycans, h
— Katharyna? Ela havia se esquecido do som da voz dele. E após tanto tempo sem ouvi-lo, parecia diferente sim como sua aparência física. Fedia ainda fedia como um humano, parece humano e é um macho humano. O árduo trabalho escravo o deixou mais robusto e também mais musculoso. Nada equivalente a um lobisomem, mas Lúcius ficou mais intimidante próximo a ela. E pela primeira vez, Katharyna sentiu-se incomodada com sua presença e também com seu olhar. Pois em seus braços, enrolado em mantas negras e bem confortável está seu doce filhote.— Lúcios… — Sussurrou ela. Também fazia um bom tempo que o humano não ouvia a voz de Katharyna Demarttel. E agora que ouviu sua voz, parece a de um anjo de tão serena e calma que é. Ela está mais bela do que nunca. Suas curvas aumentaram, seu corpo ficou mais sedutor e ele percebe mesmo por baixo daquela capa vermelha que ela usa. Mas seus olhos não deixam de reparar no embrulho
A Lua de Sangue chegou. Ela não demorou. Os lobos machos foram todos trancafiados pelo instinto feroz de acasalamento. Katharyna sentiu o sangramento enquanto ouvia a voz de Kalyna ecoando por sua mente. "Dentre o inverno tenebroso, onde o sangue da escravidão cai, eis que ressurge a primeira humana fêmea de um Supremo." Ela lembra-se de seus olhos quando estava presa no calabouço. E mesmo que não a tenha visto, algo que ela nunca disse lhe é tramitado no lhycan perfeito. "Na luz da Lua Vermelha, o sangue cai e a fera acorda. Regado com medos, noite e dia com lágrimas de angústia e rejeição. Iluminada com sorrisos, com suaves e dolorosas malícias. E então, sobre a força de seu pai e a dor de sua mãe, ele nasce…" É quase impossível não arregalar os olhos quando a bruxa sem magia vai ao seu encontro. Ela encara seu rosto com uma face levemente triste. E afirma:— Está na hora. Os deuses da noite estão mais pr
E-Ele está vivo… I-Impossível… D̶ዪyan Thrꪖyllør presenciou o momento em que o dragão o queimou. Ele viu seu corpo canonizado e pessoalmente arrancou sua cabeça! Como ele pode ter sobrevivido?! Mas entre a neblina, ele aparece. Vivo. Nem ao menos um arranhão ou cicatriz. Ele está completamente intacto. Sua roupa é diferente da que usava em batalha. Mas ainda usa a prata de suas vestes adequadas para uma transformação, brilham e refletem a luz da Lua de Sangue. E, nesse momento, ele a olha. Enquanto ele ganha o olhar de todos, ela é ganha o olhar dele. Seu olhar é calmo, sereno, sério, mas intenso e impactante. Não é para menos, ela é sua fêmea companheira. Katharyna Demarttel chamou sua atenção total. A lhycan sorri, alegre. Sua felicidade contagia mesmo o bebê que começa a gargalhar e estender o braço para que a mãe — mesmo amarrada — o pegue. Canalizando a energia do calor, D̶ዪy
É a vez de Trhøny atacar os que estão próximos de sua fêmea. Mas dessa vez, um outro bruxo tenta interferir e logo é atacado por um lobo rajado. Ambos os lobos estraçalham os bruxos, deixando os lhycans mais agitados e confiantes enquanto os inimigos cada vez mais amedrontam-se. Eles sabem que estão encurralados. Os lhycans querem o sangue daqueles que apavoraram suas fêmeas e não irão parar sem realizar um massacre. Um novo ataque é realizado ao fundo. Três lobos estraçalhando uma das feiticeiras por aproximar-se de mais. Eles atacarão qualquer ser de outra espécie que aproximar-se de mais, com exceção de Trhøny e Viggø. Por suas fêmeas estarem presentes, eles têm maior possibilidade de atacar qualquer lobo que aproximar e demonstrar interesse nelas. Mas ao que aparenta, o interesse de todos são os bruxos e feiticeiros. Rosnados próximos chamam a atenção de Jæysøn̶. É sua irmã sendo cercada por cinco lobos que rosnam em direção a el
— Não irá comprimentar seu irmão, Katharyna? O tom esnobe do vampiro arrepia a espinha da fêmea. Por puro instinto ela rosna em ameaça esconder-se atrás do macho junto do filhote. A floresta escura não inibe o alcance de sua visão. Ela o vê, sente seu cheiro. Irrita-se e incomoda-se. Mesmo sendo seu irmão, ela não está mais presa. Seu instinto é atacá-lo. Uma espécie banida para a noite para ser caçada. O instinto domina a fêmea naquela Lua de Sangue. Mais pelo bebê em seus braços. E contagia seu macho, deixando-o hostil a Kalleu. Matará apenas pelo fato dela estar incomodada. Um novo berro. Um novo osso quebrado. Uma nova dor. O filhote deve ser deixado sozinho para que a transformação seja concluída. Mas com tantos inimigos presentes, torna-se perigoso deixá-lo só.— Para trás da cachoeira. — O vampiro revira os olhos. Não entendeu nada do idioma proferido pelo Alpha. Mas Katharyna… entre uma careta e
Foi da água… Ele saltou da água e saiu correndo pela floresta, arrastando o seu quadril de foca numa velocidade impressionante. O animal latiu para o vampiro que não deixava ele dormir. E as criaturas arregalaram os olhos para o adolescente de cão d'água antes de fugirem das presas afiadas e o olhar enraivecido. O animal apegado a Katharyna vive separado de sua antiga casa. Sendo uma criatura tanto de água doce quanto de água salgada, não diferencia os rios do mar. Passa por leves e estreitas fendas até o grande lago onde costuma esperar pela Peeira. Até que toda barulheira começou… E o acordou. E o animal não está feliz. E mostra isso quando abocanha o traseiro de um vampiro e o arrasta para dentro da floresta. As garras e presas do adolescente rapidamente fazem seu trabalho. E logo, ele torna a correr em direção ao calcanhar do próximo vampiro que o despertou… latindo raivoso. Jæysø