Traição e fidelidade.
Verdade ou mentira.
Katharyna ainda estava abalada com tudo o que aconteceu. Permitiu que ele a beijasse, sentisse seus lábios porque estava emocionalmente fraca demais para impedir qualquer coisa.
E assim ficou. Um dia se passou. E ela ainda refletia sobre a maior conversa que teve com o lhycan. Conversava frequentemente com sua avó que, como sempre, apoiava os lobisomens.
E com isso, mais uma de suas histórias.
Dessa vez, sobre o cortejamento.
Lhycans são seres livres que ficam agressivos aos estarem de alguma forma sendo oprimido e preso. Por tanto, evitam compromissos sérios com a
Katharyna olhou para sua avó. Entendia parcialmente aquela hierarquia. Mais cedo a senhora havia dito que Rdhā̶ɐn não devia nada a ela por motivo semelhante. Lhycans são agressivos com quem não faz parte de sua alcateia. E Katharyna sequer faz parte da mesma espécie. Existe toda uma hierarquia que coloca Rdhā̶ɐn como superior a ela em todos os sentidos possíveis. O máximo que sua neta poderia exigir da loba é o respeito de se dar o trabalho de reconhecer sua existência. Mesmo que seja o mais insignificante possível.— O Supremo não é um homem comprometido. E nem eu a conhecia. — Ihllæ acrescentou. — Só fui conhecê-la quando fui vesti-la por ordens do próprio Alpha.
Katharyna levou um tempo para entender. Então as irmãs prosseguiram contando como Sልtth sempre tentou chamar a atenção dele. Seduzi-lo e induzi-lo ao romance. Não contaram que um ser na liderança sempre tem uma predestinado. E que há uma profecia envolvendo o Supremo e aquela que será a mãe de seus filhos. Isso é algo que não cabe a elas contar. Mas Sልtth sabia e não se importou. Queria o Supremo para ela mas o Alpha não queria romance. Apenas sexo.E as mulheres são reservadas. Nunca a procurou ou fez algo para iludir. Seguiu sua vida como autoridade máxima de seu povo.— Foi quando minha irmã ficou incontrolavelmente safada. — Mor disse. E sua gêmea
— Onde ela está? — Perguntou Katharyna.— Sequestrada. — Mor respondeu com um tom mais ríspido. Mostra claramente a falta que sente daquela mulher. Havia sinais de lágrimas em seus olhos.Katharyna apressou-se em mudar de assunto.— Se não foi o Supremo e nem esse homem, com quem estava algumas horas atrás? — Ihllæ havia dito que a última relação foi algumas horas.— Com o Bhetta de Sangue, Viggø Ådamhs. — Respondeu com um claro interesse nos olhos maliciosos. Ihllæ gemeu dengosa e mo
Lua de Sangue…Está tão próximo. Tão perto. Apenasumasemana.E os lobos já mostrando cada vez mais seu desespero. Revelando as fêmeas que querem para si e tentando cortejá-las. Os homens com companheira tentam a todo custo convencê-las atraí-las.Acasalamento.O direito de procriar. De trazer
Os olhos cinza esbranquiçados estavam inchados. O vento empurrava seus cachos vermelhos e brancos como ondas. Rdhā̶ɐn estava chorando.Silenciosamente onde ninguém poderia ver. Não tinha medo da Lua de Sangue ou suas consequências. Por motivos óbvios não se importava.Mas sua paz foi cortada por uma presença masculina as suas costas. Relíquia. Ela mordeu os lábios. Recompôs a voz e sua respiração.—O que quer? —Não havia motivos para falar utilizando-se do repugnante idioma humano. Ela usou o seu próprio.—Sabe o que quero.
— Minha querida… — Kathe pegou em sua mão. — Existe um laço entre você e ele. Desse modo, você é indiretamente afetada pelo povo dele.— O que a senhora quer dizer?— Para os lobisomens, mulheres virgens sangram apenas uma vez para revelar sua maturidade sexual. Por algumas horas apenas. E assim prevalece até perderem a virgindade. — Katharyna franziu as sobrancelhas um tanto confusa. Mas apreensiva. — Elas só passam a sangrar como nós, humanas, quando vão para a cama com um homem.— Está dizendo que não sangro por ser virgem e ser companheira dele? — Estava um pouco alarmada com a revelação.
A Lua de Sangue brilha no alto. Um vermelho vivo como o sangue do cio e afeta toda a natureza a sua volta.Desde o mar que parece mais alaranjado até rios e lagoas. A floresta parece mais escura. Mesmo o vento estava mais silencioso como se tivesse medo das criaturas a solta por todo o território.E logo, as auroras boreais dançariam na cor vermelha nos céus como cio de Katharyna atraindo o pior das bestas em sua direção. Nada fica em seu caminho. Nada conseguiu afugentá-lo.Mesmo céu cheio de eletricidade conseguia representar sua energia. Os olhos estavam vermelhos como o próprio sangue. E tudo que ele fazia ao seguir o velho cheiro da última vez em que ela esteve na alcateia é
Sonhos. É onde Katharyna passou as horas seguintes. Em um sono profundo onde recuperava as energia.Ela não sentia dor. Mesmo estando quebrada e machucada, não sentia dor. Pelo ao contrário, um discreto sorriso estava marcado em seu rosto enquanto dormia.Ela não iria sentir qualquer tipo de dor por um bom tempo. Mesmo que o Supremo tenha sido o mais gentil e carinhoso que conseguiu, ele ainda é um Titã. E ela, uma humana. Uma humana ligada a ele e, por isso, não irá sentir nada. Não depois do que ouve.Os caninos e garras de um lobisomem contém toxina. Uma bem letal para enfraquecer na única mordida. Ele, o Supremo Alpha, é poderoso o suficiente para que sua mordida destabilize outro Titã. Mas com Katharyna tem o efeito inverso.&nbs