Não…
Pavor… é o que percorria seu corpo. Medo do desconhecida. Medo da morte.
Está sem fôlego…
Mas contínua!
Precisa continuar. Mas suas malditas pernas estão falhando. Seus nervos mais e mais sensíveis.
Corre desesperadamente pela densa floresta escura. Os galhos das árvores cortam e rasgam suas vestimentas. Seus músculos doem. Mas não para. Está cansada e ofegante. Escuta rugidos atrás de si, mas não atreve-se a olhar.
Olhar significaria morte…
Mas a dor persiste. Aquele lugar é familiar. A sensação.
Não importa o fôlego, só
Peixe.Katharyna não sabia que amava tanto peixe quando o teve em sua frente. Um enorme peixe de um metro seria sua refeição. A carne assada, o cheiro atraente. Sua boca salivou.E ela atacou o animal. Não pensou muito em manter os restos de bons modos ao saborear a carne. E pareceu esquecer que o Supremo estava em sua presença observando tudo.Em uma forma de recuperar o volume natural dos cabelos, eles foram inteiramente trançados e posto para trás da orelha por uma faixa branca. As tranças tinham a largura do dedo mindinho de uma criança e traçava suas curvas magrelas na ceda igualmente branca.Mas todo o glamour da beleza da humana se
Poderoso. Perfeito.Katharyna estava fascinada com a destreza daqueles homens em combate. A selvageria parecia nobre. A forma como combinavam punhos e músculos com garras e lâminas.Katharyna estava com Mor e sua irmã gêmea quando os machos começaram a rosnar. Relíquia, o Bhetta de Fenrir estava no meio. Ele e outros cinco homens que deixaram o clima tenso.As gêmeas rapidamente afastaram-se com Katharyna que notou uma mulher entre os lobos.Negra, com cachos magníficos e vermelhos ondulando por seu corpo escultural. Entre eles, mechas esbranquiçadas. E ao olhar para os olhos cinza esbranquiçados Katharyna teve inveja da beleza daquela beldade.
Por um momento, Katharyna perdeu o foco. Lá estava ela. Apesar do muito pouco tecido, estava impecável e sedutora a frente do Supremo. Katharyna hesitou.A pele negra da mulher realça a beleza. Um marrom escuro com a pele listrada com tinta branca a altura do abdômen. Como uma tigresa. O tecido da mesma cor continuava a nuca e descia o suficiente para tapar os apenas o centro dos seios medios e firmes. O tecido prendia-se a um cinto de ouro abaixo do peito.Os cachos vermelhos cobrem suas costas. Eram tão grandes que quase chegavam ao seu segundo cinto de ouro abaixo do umbigo. Dele, uma enorme saia que começava na cor de sangue escuro e terminava branca contornava suas curvas. Nas laterais do corpo, uma enorme fenda fazia-de presente e revelava as coxas grossas e perfeitas.&nbs
Querido.Katharyna nunca havia chamado o Supremo de "querido".Querido…Nem um reles apelido carinhoso. Nunca. Jamais.Ele encarou o humano. Um homem visivelmente mais velho. Um escravo extraído da própria aldeia onde Katharyna viveu."Querido"!A Lua de Sangue está próxima. Cada dia, cada hora e cada segundo mais próxima. Tudo que pode desencadear a ira dos machos lhycantropicos é um rival.Seus instintos mais primitivos chamam violência para provar seu valor a sua escolhida. E se conseguir, farão qualquer coisa para manter. Matariam pelo direit
Raiva. Ódio. Decepção. Tristeza. Um misto de sentimentos abalava seu coração e sua mente. A sensação de ser traídaKatharyna não teve mais estrutura para ficar naquele lugar e correu. Estava humilhada, desprezada e traída. Correu para seu refúgio. Sua querida avó.E lá chorou. Disse o que ouve no jantar.Contou como Rdhā̶ɐn a tratava com inferioridade. Como um inseto a ser pisado enquanto tudo que ela fazia era admirar a beleza que ela possuía. Contou como foi a discussão. Como o Supremo permitiu que fosse exposta a humilhações e como foi a pior angústia que já sentiu em sua vida; descobrir que ele tem noventa e duas amantes.— Como está seu coração, minha princesa? — Destruído. Foi a resposta.
E também é uma boa maneira de chegar a pergunta principal.— Não. — Objetivo e claro. A resposta fez seu coração saltar. Ela hesitou em continuar.— Quando foi a… a última vez?— Outono. Minutos antes de encontrá-la pela primeira vez. — Katharyna poderia não acreditar, mas mentir não é algo que lhycans costumam fazer. E aquela é uma verdade. A última vez que tocou em uma fêmea foi antes de encontrar sua predestinada.E o motivo é simples; fidelidade absoluta. Há quem diga que poucas coisas no mundo se compara a fidelidade de um lhycan por sua companheira. Mas quando um homem encontra sua predestinada, inevitavelmente a curiosidade em relação a fêmea supera qualquer necessidade sexual.E quando eles fizerem sua decisão sobre querer a companheira
Traição e fidelidade.Verdade ou mentira.Katharyna ainda estava abalada com tudo o que aconteceu. Permitiu que ele a beijasse, sentisse seus lábios porque estava emocionalmente fraca demais para impedir qualquer coisa.E assim ficou. Um dia se passou. E ela ainda refletia sobre a maior conversa que teve com o lhycan. Conversava frequentemente com sua avó que, como sempre, apoiava os lobisomens.E com isso, mais uma de suas histórias.Dessa vez, sobre o cortejamento.Lhycans são seres livres que ficam agressivos aos estarem de alguma forma sendo oprimido e preso. Por tanto, evitam compromissos sérios com a
Katharyna olhou para sua avó. Entendia parcialmente aquela hierarquia. Mais cedo a senhora havia dito que Rdhā̶ɐn não devia nada a ela por motivo semelhante. Lhycans são agressivos com quem não faz parte de sua alcateia. E Katharyna sequer faz parte da mesma espécie. Existe toda uma hierarquia que coloca Rdhā̶ɐn como superior a ela em todos os sentidos possíveis. O máximo que sua neta poderia exigir da loba é o respeito de se dar o trabalho de reconhecer sua existência. Mesmo que seja o mais insignificante possível.— O Supremo não é um homem comprometido. E nem eu a conhecia. — Ihllæ acrescentou. — Só fui conhecê-la quando fui vesti-la por ordens do próprio Alpha.
Último capítulo