O sino da porta da padaria tilinta suavemente quando Mariana sai com um saco de papel na mão, ela se distrai enquanto abre o embrulho do doce que comprou junto as tortas para a viagem, o cheiro de pão fresco e doces recém-assados ainda pairando no ar, ela desce os degraus lentamente, absorta na tarefa de abrir o pacote.Mas então, quando finalmente levanta os olhos, algo — ou melhor, alguém — a faz parar imediatamente. Seu olhar se prende a uma figura conhecida do outro lado da rua, e seu corpo congela no mesmo instante no lugar.Melody.Mariana sente um choque percorrer seu corpo, suas mãos tremem involuntariamente. A sacola escorrega de seus dedos e cai no chão, espalhando as tortas pela calçada.— Me-Melody... — ela sussurra, a voz saindo quase inaudível, como se estivesse temendo quebrar o momento frágil. Seus olhos se arregalam, pega totalmente de surpresa, jamais imaginou encontrar a sua irmã ali, bem na sua frente, quase como uma miragem.A figura de Melody é inconfundível: o m
— Eu sei o que eu vi — repete, baixinho. — Era ela, sim. Não venha me dizer que estou alucinando, era a Melody. O silêncio entre eles se torna pesado. Pedro a observa por um momento, tentando escolher as palavras certas, mas antes que possa dizer algo, ele decide agir. Com passos lentos, ele se aproxima de Mariana e coloca as mãos em seus ombros, tentando oferecer algum conforto.— Não precisa ficar assim, Mari — a voz dele é suave. — Eu acredito em você — Mariana segura a vontade de revirar os olhos e dizer que ele não precisa acreditar, ela sabe o que viu e pronto. — Assim que resgatamos Sasha, eu te ajudarei a encontrar Melody, não deixaremos pedra sobre pedra, não descansarei até a encontramos, prometo.Mariana olha para ele com uma expressão cética, as palavras de Pedro não consegue amenizar a fúeria que a consome, apenas parecem alimentar.— E o que você poderia fazer para me ajudar, Pedro? — Ela retruca, tom dela é ríspido e amargo cortando o ar. — O que um mero humano pode fa
Ele se move lentamente, deslizando para dentro e para fora de Sasha, cada movimento profundo e intencional, os corpos deles perfeitamente sincronizados. Seus olhos não deixam os dela nem por um segundo, a intensidade do olhar criando uma conexão que vai além do físico, algo mais profundo, visceral. Ele a penetra com uma gentileza carregada de possessão, como se cada investida fosse uma reafirmação de seu vínculo, de que ela pertence a ele tanto quanto ele a ela.Sasha passa os braços pelo pescoço de Miguel.— Mais rápido — ela diz. — Quero que vá com mais força, companheiro.Miguel acata, seu quadril ganhando um novo ritmo, Sasha sente o calor dele preenchendo-a por completo, seu corpo se curvando involuntariamente ao encontro das investida de Miguel, a pressão dentro dela aumenta a cada penetração, cada vez mais fundo, ela sente a cabeça do pau de Miguel bater contra seu colo do útero, o prazer se acumulando cada vez mais dentro dela.Os dedos dela cravam-se nos ombros dele, e Sasha
— Me dê seu nó! — Sasha exige entre gemidos, todo seu corpo quente e necessitado, cada fibra implorando pela possessão completa de Miguel, sua loba gruindo de satisfação a intenção de Sasha se ficar presa ao macho que a come gostoso.Um sorriso predatório e possessivo se forma nos lábios de Miguel, sua respiração pesada, mas controlada. Ele a daria o nó, como ela queria, exatamente como ele pretendia fazer sem que ela precisasse exigir, pois assim como ela, ele também ansiava por isso.Ele quer sentir novamente a sensação de estar preso a sua fêmea, de preenchê-la completamente, sem a interferência da névoa de seus instintos lupinos, mas com a clareza consciente de seu desejo por ela.— Você vai tê-lo, minha cachorra deliciosa — ele grunhe, as palavras saindo em um tom baixo e rouco, quase um rosnado e então ele dá outro tapa estalado na anca de Sasha.Ele acelera o ritmo, empurrando ainda mais fundo, seu quadril batendo contra ela com força e urgência, o som de suas carnes se chocand
O som da porta se fechando ecoa pelo apartamento, Mara adentra carregando muitas sacolas enormes, o rosto levemente exausto, mas ainda com um brilho de satisfação por suas tão fartas compras.Ah, como era gratificante para ela ir as compras ao invés de ficar no território esperando seus alfas voltarem com o que acreditavam ser o que ela precisava, ou, duelar com uma irmã por algo que ambas gostaram.Mara deixa as sacolas caírem no centro da sala com um suspiro exagerado, seus olhos imediatamente se voltam para Melody, sentada no sofá à sua frente com uma expressão azeda no rosto.— Vix, tava chupando limão foi? — Mara indaga, após um mês convivendo com os humanos, ela começou a pegar o jeito deles de falar. — A cara tá azeda desse jeito por quê?Melody revira os olhos, a irritação estampada em seu rosto, seus braços cruzados e o pé batendo impaciente contra o chão. Ela permanece em silêncio.A lycan bufa e começa a vasculhar uma das sacolas, tirando de dentro uma pequena sacola preta.
— Shiu! — Melody fez um sinal para Mariana enquanto passavam pelo buraco escondido no muro do castelo. O som das folhas farfalhando sob os pés delas parecia alto demais no silêncio da madrugada, e cada passo era uma promessa de punição se fossem descobertas. — Irão nos deixar de castigo se nos pegarem, Mari. Tenha cuidado.— Eu não vi a pedra, Melo... — Mariana respondeu, com os olhos marejados de lágrimas. O joelho dela estava ralado pela pedra que não viu no caminho, o sangue fresco manchando a pele jovem.Melody sentiu um aperto no peito ao ver a dor nos olhos da irmã mais nova. Apesar do risco que corriam, ela não hesitou em se abaixar e examinar o machucado.— Não precisa chorar, vou cuidar disso, maninha — Melody disse, a voz suave e cheia de carinho.Ela pegou algumas folhas de uma planta próxima, o olhar concentrado enquanto as posicionava delicadamente sobre o machucado de Mariana. Fechando os olhos, Melody colocou as mãos sobre as folhas, sua respiração ficando mais lenta e
Miguel lança um olhar para a cama, observando a loba branca adormecida sobre os lençóis emaranhados, que ela mesma transformou em um ninho improvisado após sua loba assumir o controle dos instintos.A respiração de Sasha é calma e serena, seus flancos subindo e descendo suavemente, enquanto o calor do corpo dela ainda emana na escuridão da toca. Ele sente um aperto no peito ao contemplá-la; vê-la em sua forma lupina, tranquila e segura e vulnerável, desperta algo profundo em seu interior, um desejo de proteção ainda mais feroz, o que o faz não querer sair de perto dela, mas o deve o chama, e ele não pode deixar para depois.Miguel volta à sua forma humana, seus músculos se ajustando ao corpo menor, movendo-se em silêncio pelo quarto. Ele veste uma calça de forma apressada em completo silencio, para que sua fêmea continue descansando, e com um último olhar para ela, como se precisasse gravar aquela imagem em sua mente só por mais um segundo, ele caminha até a saída da toca.Pela janela
— Deixa isso aí, cara. Depois do almoço você termina — sugeriu o colega de Pedro, ajeitando a roupa enquanto se levantava da mesa.Pedro manteve os olhos fixos na tela, os dedos digitando freneticamente.— Falta pouco, só mais duas páginas e eu termino o relatório — insistiu, determinado, seus olhos fixos na tela de seu computador.Uma colega de trabalho, que passava pelo corredor, viu que ainda tinha gente em uma das salas e se aproximou.— Pedro, você tem só vinte e um anos e já está nessa correria. Vai acabar morrendo antes do chefe! Está a semana toda sem almoçar, resolvendo problemas que nem são do seu setor — disse ela, balançando a cabeça em reprovação.⸺ Esses documentos são importantes, não podem ser atrasados ⸺ Pedro se defendeu sem parar de digitar.— Abriu uma