As palavras de Lukan têm o efeito oposto ao que ele pretendia. Sasha, em vez de se submeter, se recusa a ir sem fazer um estardalhaço. A pontada de medo se transformando em raiva, e seus gritos ecoam ainda mais alto do que antes.— Me solta, seu bruto! — Ela grita, lutando contra o aperto firme de Lukan em seu pulso, tentando se libertar.O som de seus gritos reverbera pelas paredes, alcançando os ouvidos de Luciana e Kesha que param de preparar a caça que Lovetta trouxe, que se entreolham com olhos arregalados. Ambas correm em direção aos gritos sem pensar duas vezes. Ao chegar à cena, veem Lukan arrastando Sasha com brutalidade, sua postura fria e controlada irritante à medida que ele mantém o pulso dela firme.A indignação queima nos olhos de Luciana e Kesha. Elas se aproximam rapidamente.— Lukan! — as duas gritam em uníssono, a voz cheia de autoridade.Lukan para e as encara, uma sobrancelha arqueada em irritação. A mão dele permanece firmemente apertada no pulso de Sasha, que co
Lukan sorri de forma sombria, o brilho cruel em seus olhos deixando Kesha ainda mais inquieta.— No momento, se ela cooperar, será apenas uma conversa, se não... — ele responde, a voz suave, quase desdenhosa, seu olhar frio se volta para Sasha. — Terei que usar métodos mais... eficazes, talvez sejam um pouco dolorosos.Kesha sente seu estômago revirar ao ouvir isso. Ela olha para Sasha, que tenta manter a calma, mas é visível o nervosismo em seus olhos.Luciana balança a cabeça em negação, não importa o que tem nessa mensagem, Miguel jamais permitiria que infringem dor a ela, nem quando ele rompei a ligação ele não permitia, imagine agora que ele sentira tudo em dobro.— Você não pode machuca-la — Luciana começa, mas hesita em dizer que Sasha é a companheira de Miguel. A incerteza se pode ou não falar isso. — Não esqueça que ela é uma fêmea, e apesar de não saber qual a relação entre elas é uma fêmea humana e....— Poupe-me do seu discurso, velha — Lukan interrompe, a voz cheia de des
— Tire isso de mim... — Sasha pede, a voz embargada, os olhos marejados de lágrimas quentes. — Eu não fiz nada de errado.Lukan sorri friamente, ignorando seu pedido enquanto prende firmemente a coleira ao pescoço dela. O som do clique do último trinco ecoa pela cela sombria, como um prenúncio de algo ainda pior. Ele a observa por um momento, sem qualquer emoção aparente em seu rosto.— Onde e como conheceu Helena? — Lukan pergunta.Sasha pisca, confusa, suas sobrancelhas se franzem, Lukan a encara impaciente.— Como sabe o nome da minha mãe? — Ela pergunta, a voz mal saindo de sua garganta, sua mente ainda mais confusa.Lukan se inclina, puxando a corrente da coleira com força. O metal se aperta em torno do pescoço de Sasha, sufocando-a ligeiramente, forçando-a a levantar o rosto para ele.— Mãe? — ele repete, descrente e com desdém, antes de puxar a corrente que conecta a coleira de Sasha. — Não me faça de bobo, escrava — Lukan rosna, o tom de voz cheio de ameaça, Sasha não pisca,
Miguel sente uma pontada insuportável no peito, e sua mão instintivamente toca a área afetada, uma enorme aflição e terror se espalhando como uma onda incontrolável. Ele rosna, mas o som não é de fúria pura — é de agonia. A dor se mistura com um sentimento que ele raramente permitia emergir: medo.— O que está acontecendo? O território foi invadido? — Miguel questiona, sua respiração ficando dificultada como se mão invisíveis estivesse ao redor de seu pescoço.— Não, Miguel — Luciana responde rapidamente. — Eu liguei porquê...— Então o que caralho Sasha está fazendo? — Miguel interrompe, sua voz cheia de fúria e confusão, mas ao mesmo tempo algo mais sombrio, a dor e o desespero em seu peito só aumenta. — Eu fui claro, porra, disse que ela não podia sair e... ela... fugiu? Por isso me ligou, ela fugiu e foi pega pelos...Ele não consegue terminar a frase. Outro grunhido escapa de sua boca, quase como um choramingo. A dor que sente agora era intensa demais, se infiltra em cada fibra d
Lovetta se aproxima da cela onde Sasha está presa, o cheiro pungente de pele queimada preenche o ar, fazendo seu estômago se revirar. O som dos gritos de dor de Sasha corta o silêncio opressivo, e um calafrio gélido sobe pela espinha de Lovetta fazendo seus pelos eriçarem. Ele está realmente queimando uma humana? O pensamento a atinge com força, e o horror cresce em seu peito. Embora nunca tenha confiado plenamente em Lukan, ela não imaginava que ele seria capaz de ir tão longe em um ato tão cruel. A apenas alguns passos da cela, Lovetta para. Respira fundo, mas a decisão de fazê-lo prova-se um erro, pois o cheiro da carne queimada invade suas narinas, causando lhe causando náusea. — O que está fazendo aqui? — A voz de Lukan ecoa de dentro da cela, áspera e irritada. Lovetta rapidamente coloca sua máscara de indiferença, caminhando com passos firmes até a entrada da cela. Ela evita olhar diretamente para Sasha, não querendo que qualquer traço de preocupação ou compaixão em seu ro
Ajoelhado no chão frio da cela, Pedro se concentra com toda sua força na fechadura à sua frente. Seus dedos trêmulos trabalham rapidamente, tentando manipular o arame que ele havia conseguido improvisar a partir dos cadernos que vieram junto com os livros. Cada tentativa falha apenas aumenta sua frustração, mas ele não tem outra escolha. O tempo é limitado, e ele sabe que precisa agir antes que seja tarde demais. — Nos filmes essa merda parece mais fácil... — murmura baixinho para si mesmo, um suspiro cansado escapando de seus lábios. Ele respira fundo, tentando ignorar a sensação crescente de desespero. A cada batida do relógio de parede, o peso da urgência aumenta, como se a própria cela estivesse se fechando ainda mais ao seu redor. O suor escorre por sua testa, e suas mãos suadas tornam difícil segurar o arame. Tente de novo. Ela precisa de você. Você prometeu que a protegeria, seu lixo! Incentivado por seus pensamentos, Pedro se obriga a pegar o arame mais uma vez, e tenta m
— Precisamos tirar isso dela, não posso deixar que minha filha morra.Mariana hesita, sua mente procurando uma solução diferente. Ela sabia o que Pedro estava sugerindo, mas havia algo que a incomodava.— E se Sasha for a companheira destinada de Miguel? — Ela tenta sugerir uma saída alternativa. — Ela passaria pelo ritual e então...— Sasha é uma Luna Cimex — a interrompe. — Não tem como ela ser a companheira destinada de um Genuíno Alfa! — Pedro retruca, a voz carregada de desesperança.— Vamos sair daqui, antes que esses lycans acordem — Mariana pega a mão de Pedro e começam a andar para fora.Enquanto andam pelos corredores escuros, Pedro sente um peso ainda maior em seus ombros. Ele sabia que estava arrastando Mariana para algo ainda mais perigoso, e isso o atormentava.— Sinto muito por envolvê-la nisso mais uma vez, Mariana — ele diz, a culpa evidente em sua voz. — Você pode ser vista como uma traidora pelas bruxas por ter me ajudado a sair daqui, e se descobrirem o que fez por
— Sem ela para atrapalhar, você finalmente poderá se tornar a Genuína Lunam! — Lukan rosna, seu olhar frio e calculista, enquanto observa Sasha se contorcer no chão. Sasha solta um rosnado profundo, sua voz entrecortada pela dor excruciante. Suas costas se arqueiam de forma involuntária, enquanto a prata continua a queimar sua pele, o cheiro de carne queimada tornando o ar pesado e sufocante. Ela mal consegue respirar, sua visão turva de dor, o corpo frágil lutando para suportar o tormento. Lovetta, observando a cena, sente a fúria se acender em seu peito. A ideia de se livrar de Sasha para finalmente ocupar a posição de Genuína Lunam deveria ser tentadora, já que ela mesma planejou e desejou tanto que Sasha saísse de seu caminho. Mas agora, seu pensamento é outro. Depois de ter visto as marcas da rejeição no pescoço dela, ter visto a maneira como ela se comporta, de como se importa, de mesmo xingando e batendo boca com quem tinha mais força e poder que ela, ela é única a estender