Na manhã seguinte, Estela entra em minha sala furiosa, "_Por que você não me disse? sua maluca, eu vou matar aquela sirigaita se ela tocar num fio de cabelo seu, pode ter certeza disso", me levanto e a abraço "_Tudo bem amiga, pelo jeito Vitor já falou com todo mundo né" ela acena que sim, "_Alfa Romeu mandou gente atrás dela na matilha, mas parece que ela não voltou com seus pais desde a rejeição, ninguém sabe onde ela está, o que é preocupante, mas logo logo vão achar essa maluca, e prendê-la por ameaçar alguém da nossa matilha, o pai dela nunca vai conseguir tirar ela da prisão isso eu garanto" ela diz tentando me tranquilizar, "_tá tudo muito maluco e só vou me sentir melhor mesmo depois que ela estiver presa" eu confesso, "_Tudo bem amiga" Estela diz"_Enquanto isso não acontece, vamos estar de olho em tudo, Alfa Romeu pediu para alguns seguranças ficarem aqui no arsenal" o que me deixa mais tranquila "_Mas vamos parar de falar de gente louca e aproveitar nosso dia" Estela diz e sa
Vitor Beta Flávio percebe meu desespero e me segura forte "_Calma...calma, nós precisamos de um plano, ela pode não estar sozinha lá dentro, e se entrarmos de uma vez, ela pode se apressar e matar Amanda antes que consigamos alcançá-la" ele fala me devolvendo um pouco de sanidade, "_Você está certo" eu digo me acalmando" _Como vamos fazer para entrar?" ele sinaliza para os outros verem o que está acontecendo, enquanto ouço os gritos de Amanda e meu coração explode em agonia, meu lobo tentar tomar a frente para protegê-la e a nosso filhote a qualquer custo, mas tento conter ele e o acalmar, para que não cometamos nenhum erro que ponha ela em mais perigo ainda, um dos homens retorna, e diz que aparentemente só tem ela no galpão junto com Amanda, ele diz que ela está bem machucada e amarrada pelos pulsos com correntes de prata, o que me deixa mais furioso "_Se controla Vitor, agora nós vamos agir, Vocês dois vão pelos fundos, ele aponta e vocês chequem o perímetro para ver se somos só nó
Vitor Assim que chegamos na porta, o doutor já nos espera e leva Amanda imediatamente para dentro, ficamos esperando lá ao que parece uma hora infinita para saber dela, ando de um lado a outro preocupado e logo Estela também chega, ficamos todos esperando. Estela se aproxima e me entrega um copo de café o que agradeço, já está de noite e nada de notícias de Amanda, faz horas que a levaram para dentro e nada. Algumas horas depois o doutor sai e respiro fundo me levantando "_Como ela está doutor?" eu digo apressado ele me olha sério e diz "_Ela está bem machucada, mas está estável, foi operada para reparar o estomago e o baço, mas vai ficar bem" "_E o bebê doutor?" Estela pergunta e meu coração acelera, "Eu sinto muito, ele tem sido forte até o momento, mas a placenta está solta, e todo esse estresse causado no corpo de Amanda tem diminuido as chances dele, tem vários hematomas em volta da placenta, eu lamento mas não sei se o bebê sobreviverá" suas palavras me partem ao meio como uma
Uma eternidade depois o doutor chega para fazer a ultrassom e meu coração acelera 'Não tire ele de mim, Deusa, por favor' eu penso em minha mente como uma oração.Vitor pega a minha mão e o doutor começa o exame, não querendo olhar para a tela fico olhando para Vitor com medo da resposta do médico, sem falar nada, ouço as batidas do coraçãozinho dele na tela e meu coração se enche de um misto de emoções, começo a chorar e Vitor também."_Seu bebê é um verdadeiro guerreiro! apesar de estar bem machucado também, ele está aguentando firme" as palavras do doutor me dão alivio, mas também preocupação, mas meu coração se inquieta com as palavras dele "_Doutor? o senhor disse ele, no sentido masculino? ou ele o bebê?" ele ri da minha pergunta e diz "_ELE" dando enfase ao ele, "_Seu bebê é um menino!" os olhos de Vitor se arregalam de emoção, e não consigo não rir, "_Nosso menino" eu digo para Vitor que abre um largo sorriso no rosto, "_Bom, agora você precisa descansar, estão estáveis tanto v
ALGUNS MESES DEPOIS Acordo agoniada com dores nas costas, Vitor percebe e se levanta junto comigo, sigo para o banheiro, mas logo sou interrompida com água escorrendo pelas pernas, me viro devagar para Vitor e digo "_Amor está na hora" ele arregala os olhos e se levanta devagar "_Está na hora?" ele questiona, mas olha minha roupa toda molhada e o chão também "_Ah caramba, está na hora!" ele diz quando finalmente a ficha caiu, rimos e ele me ajuda a ir me trocar para seguirmos para o hospital. Algumas horas depois vemos o rostinho do nosso bebê pela primeira vez, ele é tão lindo, choramos os dois segurando nosso primeiro filhote nos braços, Vitor nos abraça e beija minha testa suada, ficamos admirando nosso filhote com seu primeiro chorinho ecoando pelo quarto, tudo perfeito, "_Você foi maravilhosa amor, nosso filhote é lindo" ele diz me beijando mais uma vez e acariciando o topo da cabeça do nosso bebê. Horas mais tarde os pais de Vitor aparecem para conhecer o neto, que dorme tran
Oiii, Obrigada por escolher essa aventura! Tudo foi escrito com muito carinho para você! Curta e comente e o que você acha de cada capítulo, sua opinião é muito importante para mim. Um grande abraço! Amanda Depois de um longo dia fazendo entregas, estou voltando pra casa pela única estrada que corta todo o território da matilha lua de prata onde vivo, moro com meus pais, Vanessa e Sérgio Backer que passam a maior parte do dia chapados, eles são alcoolatras, mas quando precisam sair de casa pra resolver algo, sempre conseguem fingir estar bem pra que ninguém saiba seu segredo, tento de todas as formas ajudá-los, mas é bem difícil, as brigas e violência que presencio em casa são constantes, quase sempre preciso interferir pra que um não mate o outro. Nossa fazenda é de gado de corte, também fabricamos queijo e vendemos o leite na cidade para as merceárias, e entregamos na casa da matilha toda semana, então sempre estou indo fazer essas entregas, pra manter a única renda da família
Os dias lentamente passam, e todas as vezes que entro nesse galpão para preparar os queijos, lembro do meu avô Antônio, foi ele quem me ensinou tudo, sempre carinhoso e gentil, ele morreu quando eu tinha 12 anos, essa fazenda está á gerações na família do meu pai, e não seria eu a deixar a única herança de meu avô morrer assim, então faço tudo o que posso para manter a fazenda assim, sei que sua memória está sendo mantida. Essa noite vou para meu encontro com Ricardo na cidade, coloco um vestido florido e sandálias uma maquiagem leve e saio de casa, ele me leva até uma lanchonete e a noite está sendo muito agradável, ele tem sido cavalheiro e educado, o que é raro nos homens hoje em dia, começo a pensar que tirei a sorte grande com ele, mas não vou me deixar levar assim tão fácil logo no primeiro encontro. Volto para casa ainda lembrando dessa noite incrível que eu tive, parece até sonho, logo durmo, pois amanhã começa tudo de novo. Após todos os meus afazeres, abasteço o carro com
Na manhã seguinte, acordo com os olhos todos inchados de tanto chorar, não acredito que fui feita de idiota por aqueles moleques, apostaram que ele não ia conseguir sair comigo, e eu cai direitinho na lábia daquele cafajeste.Tento reprimir esses pensamentos e focar nos meus afazeres, segui minha rotina, fui para o curral, depois segui para o galpão, voltei para casa, separei mais uma briga, fiz comida, limpei tudo, tomei banho e capotei. No dia seguinte, decido ir fazer a matrícula pra finalmente realizar meu sonho de trabalhar na fabricação das balas e armamentos da matilha, sai de lá feliz, finalmente iria começar meu curso, depois da noite passada que prefiro esquecer, tenho que focar mais em mim e conseguir seguir meus sonhos. Magda me liga perguntando como foi a noite do festival, e acabo desabafando tudo com ela, ela fica horrorizada com tudo o que digo e disse que ia quebrar a cara dele quando o visse por ter feito eu passar por isso, mas a tranquilizo que não vale a pena, só