Olívia
Há semana passou como um vendaval, agora estou olhando da janela do meu quarto a chuva lá fora que faz um bom tempo que caí. Penny foi em umas de suas festas loucas, até parece que essa garota só vive disso e claro ela insistiu pra mim ir mas dessa vez não fui, porque eu não gosto muito de festas e toda vez que vou, me encontro com Adrian e sua turma.
Sei muito bem que esse garoto não vai com a minha cara e mesmo pedindo desculpas ele ainda continua sem trocar uma palavra comigo a não ser para humilhações, então por isso eu prefiro ficar no quarto lendo um livro. Sem perceber as horas se passaram rápido, sinto meu estômago roncar de fome, vou até meu armário pegar minha carteira e resolvo ir até a lanchonete que fica próximo do alojamento, mas mesmo assim é um pouco longe.
Pelo menos não tenho mais tanta dificuldade de andar no campus como era antes. Chego na lanchonete e a garçonete vem me atender pra fazer meu pedido, depois que lhe digo o que vou querer ela saí rebolando para os garotos que estão ao lado da minha mesa. Cada um tem sua preferência já eu não gosto de olhares sobre mim, porque me sinto envergonhada e sem jeito quando algo desse tipo acontece.
Espero alguns minutos e meu pedido chega, estava terminando de pagar quando a chuva resolveu aparecer novamente, mas não posso esperar passar porque está muito tarde não quero ficar andando pelo o campus sozinha uma hora dessa. Vou andando enquanto gotas de água me molham fazendo-me arrepiar com frio que estou sentindo nesse momento e quanto mas apresso meus passos a chuva começa a engrossar.
De repente meu corpo se ilumina com os faróis de um carro atrás de mim, me afasto um pouco para o canteiro para não me sujar de lama, o carro para e fica do meu lado acompanho para ver quem é. Meu coração começa se agitar no meu peito, quando vejo a pessoa que está no volante.
— Entra no carro! — Adrian diz com seu tom autoritário, mas não dei ouvidos e continuei andando. — Além de imbecil, você é surda garota? Vamos entre logo se não vai pegar uma pneumonia!
Se ao menos pedisse com educação eu até entraria no seu carro, mas não vou entrar no carro de quem me trata mal e que não tem um pingo de gentileza. De repente o cretino freia o carro bem na minha frente proibindo minha passagem, ele sai do carro fechando a porta com uma certa força.
— Que parte eu disse pra você entrar na droga do carro, não entendeu?! — Diz pegando no meu braço
— Eu não vou entrar no seu carro e se não ouviu uma resposta foi porque eu rejeitei sua carona! — Digo me arrependendo de ver sua mandíbula contraída.
— Não quero saber se rejeitou. Se não entrar agora, eu mesmo arrasto você para dentro dele. — Disse com raiva. Mas quem ele pensa que é?
— Você não teria coragem! — Ele não move nenhum músculo. Tiro o meu braço do seu agarre e saio de perto dele, pensando que ele me deixaria seguir em frente, mas pelo visto me enganei, Adrian novamente agarra meu braço me arrastando em direção a seu carro. — Está bem eu vou entrar, não precisa disso tudo!
Adrian me solta e entra novamente no carro, sem mas chances faço o mesmo. Sinto um aroma tão gostoso dentro do carro de perfume masculino. Vejo ele mexendo no banco de trás, quando volta a olhar pra frente ele me entrega uma jaqueta de couro preta.
— Tome vista. — Fico olhando para a peça em sua mão — Se não quiser ficar doente pegue logo a jaqueta. Vamos pegue!
— Você está querendo que eu tire minha blusa, para vestir sua jaqueta?
— Tem algum problema nisso? — Pergunta sem paciência.
— Sim, eu não vou me trocar aqui com você dentro do carro. — Sei que minhas bochechas estão vermelhas com a vergonha que estou sentindo agora.
— E quem disse que vou olhar você se trocando? Não perderia meu tempo com pouca coisa.
Como uma pessoa consegue ser tão arrogante dessa maneira? Sem pensar duas vezes saio do carro caminhando na chuva novamente, sinceramente não tenho que ficar ouvindo palavras que machucam sem ser merecidas. Escuto a porta do carro sendo aberta e logo depois sendo fechada, caminho, mas rápido escutando seus passos atrás de mim até ele me encosta em na parede molhada de um beco.
— Porque saiu do carro? — Esse cretino só pode está brincando comigo e ainda é cínico me fazendo essa pergunta.
— Olha eu entendo que você ficou chateado comigo do que aconteceu, mas eu já te pedi desculpas. Você não tem o direito de ficar me ofendendo cada vez que nos encontramos. Não precisa ficar me humilhando na frente das pessoas.
Ele não diz nada e fica me encarando enquanto a chuva cai sobre nós. Põe um de seus braços do lado da minha cabeça enquanto com sua outra mão, ele desliza seus dedos sobre os meus lábios.
— O que pensa que está fazendo? — Pergunto meio ofegante com seu toque na minha boca.
— Nada. — Diz afastando sua mão de mim, mesmo não querendo sinto falta. — Desculpe… não foi minha intenção lhe ofender, por favor entra no carro eu te prometo que não vou falar, mas nada.
Confirmo com a cabeça, passando por ele entrando no carro, mas uma vez. Pego sua jaqueta dessa vez fazendo como ele tinha me pedido e como prometido Adrian passa o caminho todo em silêncio. Fico olhando as gotas da chuva sobre a janela do carro. Saio dos meus pensamentos quando paramos em frente ao meu prédio.
— Chegamos! — Fala sem tirar os olhos do volante.
— Hum... obrigada pela a carona, foi muito gentil da sua parte. — Ele dá um sorriso de lado.
— Não foi nada!
— Bom... mesmo assim obrigada, tenha uma ótima noite!
Saio de dentro do carro sem esperar sua resposta, vou a caminho em direção da porta principal escutando o ruído de seu carro saindo. Quando chego no quarto noto que Penny ainda não chegou, troco de roupas percebendo que esqueci de devolver a jaqueta de Adrian.
Pego a jaqueta respirando seu perfume inebriante me deixando totalmente boba, vou para o banheiro pego o sabão lavando minhas roupas e a sua jaqueta, depois estendo no varal que tem na varanda do quarto. Depois que término tudo, visto meu baby doll me deitando na cama e capotando.
Acordo com os raios de sol iluminando o quarto, abro um sorriso com a bela visão de dois pássaros na minha janela, hoje o céu está tão bonito que vou ficar um pouco na grama do campus embaixo de uma árvore e ler um pouco uns dos meus romances preferidos.
Olho para o lado e vejo a Penny dormindo, me levantei sem fazer barulho para não acordar a dorminhoca. Vou para o banheiro fazer minhas higienes, depois de pronta vou na varanda pegando a jaqueta do Adrian. Em seguida saio do quarto e vou para a lanchonete tomar meu café da manhã, depois que faço meu pedido fico olhando pela a janela meus olhos param em um determinado lugar, Adrian, está com alguns de seus amigos, ele me olha, mas não demonstra nenhuma expressão então nem me esforço a sorrir pra ele.
Volto minha atenção para a moça que chega com o meu pedido. Trato logo de me servir pois hoje acordei com uma baita fome, assim que termino saiu do estabelecimento criando coragem pra entregar a jaqueta do Adrian. Caminho em sua direção com sua jaqueta em mãos, todos param de conversar quando chego.
— Oi, vim entregar sua jaqueta e, mais uma vez obrigada! — Esticou sua jaqueta para que Adrian possa pegá-la, mais ele não move nem um músculo.
— Eu não... quero, mas essa jaqueta pode ficar com ela. — Diz dando de ombros, fico sem saber o que dizer.
— Bom... se você pensar que está suja, fique sabendo que já lavei e está muito bem limpar! — Todos começam a rir, mas não sei o motivo da risada.
— Será que não entendeu? Eu não quero, mas essa jaqueta. — Diz, com uma cara séria.
— Se você não quer... muito menos eu vou querê-la.
Digo jogando a jaqueta nos seus pés, saio antes que possa dizer qualquer coisa para me humilhar, pois sei que não sairá nada de bom da sua boca, ainda mais depois que fiz na frente dos seus amigos. Óbvio que não ficaria com algo que não seja meu.
OlíviaCaminho às pressas para não corre o risco do Adrian vim atrás, chego em um jardim que ficar afastado do campus. O lugar é tranquilo tem algumas árvores como se fosse um tipo de bosque, me sento atrás de uma grande pedra rochosa e fico olhando os pássaros nos seus ninhos no topo das árvores, fico imaginando como seria se eu fosse um pássaro voando sem rumo ao destino sendo livre para ir pra qualquer lugar.Fecho meus olhos sentindo a brisa do vento sobre meu corpo ao mesmo tempo, ouço os galhos se balançando. Abro os meus olhos e levo um grande susto, quando vejo o Adrian me olhando com uma cara boa, ele resolve sentar do meu lado e não falo nada.— Me desculpe… fui idiota, mas uma vez, mas é que… na verdade não queria que me devolvesse a jaqueta. — depois de um tempo Adrian diz.— Porque… porque sempre me trata mal? E porque não queria que lhe devolvesse a jaqueta? — Pergunto sem entender.— Po
Olívia Acordei com grandes olheiras horríveis, tento passar corretivo para diminuir o máximo. Quando termino saio com a presença da Penny ao meu lado, já que hoje teremos aula juntas.Chegando na sala me acomodo na quinta fileira enquanto a Penny vai sentar ao lado do seu amado. No mesmo instante Adrian entra na sala de aula com seu grupinho ao seu lado, também não posso deixar de reparar na garota que está agarrada no seu pescoço, ele me olha mas eu rapidamente abaixo minha cabeça. Minutos depois o professor chega para dar a sua aula.— Turma preciso da a atenção de todos, prometo que serei breve. — Quando estamos ajeitando nossas coisas o professor começar a falar. — Como todos já devem saber, semana que vem são as provas, então eu preciso que formem duplas para os estudos. No quadro de recados tem nomes dos parceiros de cada um, não adianta reclamar porque as duplas são formadas com base de notas.Assi
Olívia Porque sempre tem que ter algo para dar errado? — Desculpe, não queria atrapalhar. — Nem para entender o que realmente estava acontecendo Adrian ficou, apenas se virou e saiu.Fecho a porta me revirando, vejo que Bryan tem um sorrisinho nos lábios, e não entendo o porque dele. — Posso saber o motivo da graça?! — Só estou achando engraçado o modo que Adrian interpretou às coisas. E essa sua carinha de quem acha que deve explicações para o namorado. — Diz. — Ei...Olívia não se preocupe com isso, que eu saiba você é livre e o Adrian também. — Vou até a cama, me sento ao seu lado. — É… você tem razão, mas é que… sei lá, às vezes o Adrian me deixa confusa sabe. — Vem aqui. — Me puxa para seus braços. Deito minha cabeça no seu peito nu. — Tudo vai ficar bem, quando você descobrir o porquê ele lhe deixa assim. — Bryan está sendo um grande amigo. Já faz um t
“Sonhos são doces até você acordar e viver o pesadelo da vida.”Olívia Depois da noite maravilhosa que tive ao lado de Adrian, me sinto nas nuvens agora. Não pude dormir no seu alojamento, não queria que a Penny ficasse sabendo do que tinha acontecido, bom não por enquanto. Ainda não sei o que está rolando entre Adrian e eu, por isso prefiro não dizer nada. Tudo que sei até agora é que estou apaixonada feito uma boba, igual as garotas nos livros que costumo ler. Fecho meus olhos e fico lembrando de minutos antes, hoje vou dormir feito anjo. Acordo com um lindo pôr do sol me dizendo "Bom dia" os raios do sol entram pela a janela. Um grande sorriso brota nos meus lábios, quando me lembro mais uma vez a noite de ontem.— Hum... que sorriso é esse, hein? Está parece que alguém teve uma ótima noite. — Olho para Penélope que já está todo arrumada. — Aliás… onde a senhorita estava ontem? Quando cheguei percebi q
"Você foi tudo, tudo que eu quisNós tentamos ser, imaginamos serMas perdemosE todas as nossas lembranças, tão perto de mimSe dissiparamTodo esse tempo você esteve fingindoFoi muito para o meu final feliz"OlíviaUm tormento era isso que estava passando, ele quebrou o meu coração em pedaços e não sei se seriam capazes de voltar como era. Antes de esbarrar em Adrian e me apaixonar completamente por ele, um cara ao qual não está dando a mínima para ninguém. Que tudo o que ele quer, é uma foda, e quem se apaixonar por ele, que se exploda.Eu ouvi aquela velha frase “Eu te disse. ” Quando tomei coragem de contar o que havia acontecido para a Penny, e ela me disse a famosa frase. Mas, não a culpo, Penny foi uma grande amiga quando me disse para se afastar de Adrian, como fui tola de pensar que poderia ser diferente, que poderia ter uma chance com o cara mais popular da escola. Como fui bo
Olívia Acordo sem ânimo para nada, mesmo estando acostumada sem amigos, estou sentindo bastante falta de Penélope. Assim que acabar o primeiro semestre vou passar uns dias com minha família, também sinto muita saudade de mamãe e do meu irmão. Depois que faço minhas higienes vou para a lanchonete de sempre e logo chega meu pedido, enquanto faço minha refeição penso na noite de ontem dos beijos de Bryan que fez o Adrian sentir ciúmes, mas também devo admitir que me diverti muito com Bryan, ele sabe ser carinhoso e gentil.Volto para o dormitório pensando em fazer uma faxina no quarto, pois está uma bagunça. Pego tudo que vou precisar para a limpeza, ligo minha caixinha de som no volume baixo para não chamar muita atenção e não vierem reclamar. Troco as colchas das camas, limpo os móveis, lavo o banheiro e por último passo o pano no piso de madeira. Agora vou para o guarda-roupa para fazer um limpar, quando estou dobrando
Olívia Olho no relógio que marca exato 2:30hr. Me levanto indo até o bebedouro tomando um gole de água, quando estou prestes a me deitar novamente na cama, ouço alguém bater na porta. Relutante abro vendo Adrian com seu rosto inchado e o curativo se desfazendo, antes que o convide para entrar ele o faz. — Mal-educado... o que faz aqui uma hora dessa? Aliás como você entrou aqui sem que ninguém o veja? — Ahhh... Eu sou o mal-educado? Se você não percebeu, meu nariz está parecendo um tomate porra! - Não me seguro e soltou uma gargalhada, sem me preocupar com quem estaria dormindo. - Está rindo do quê?! — Do palhaço em minha frente, agora saía do meu quarto por favor, preciso dormir amanhã tenho provas... aliás nós. — Você só pode está de brincadeira se acha que vou amanhã para aula assim, né?! — Você quer outro? Talvez assim fique bem melhor! - Digo zombando, ele fecha os olhos com as mãos
Olívia Caminho pelos os corredores vazios e escuros, provavelmente todos estão dormindo. Gostaria de ter viajado com Bryan, porém ainda está cedo para esse tipo de coisa, além do mais ele foi resolver assuntos importantes e não para passear. Entro no meu quarto e não me lembro de ter deixado há luz apagada, destranco a porta para em seguida acender a luz. Me assusto quando vejo Adrian deitado na minha cama. — O que você está faz aqui? Quase me mata de susto, idiota. — Adrian me encarar com seu sorriso de canto. Meus olhos desviam de seus lábios para a janela do lado de minha cama. — Vou me lembrar de tranca-la da próxima vez! — Não posso fazer uma visitinha? Ou seu namoradinho de merda não deixa? — Como você pode falar assim do seu próprio amigo? — Pergunto incrédula, do modo ao qual se referir ao amigo. — Não seja tão boba! — Se levantar chegando próximo do meu rosto,