Capítulo 8

Victor Soutto

Faz oito meses que não durmo direito, tenho sonhos com meu anjo todas as noites, nos sonhos ela aparece como da primeira vez, e do nada e me diz que nossa noite deixou marcas, a qual ela jamais irá esquecer.

Em outras noites ela me acusa de ter me aproveitado da sua fragilidade, estou ficando louco nestes meses só quero saber de trabalhar, o Allan tenta me animar, porém a culpa me consome, não consigo esquecer que me aproveitei dela.

Durante estes meses me aproximei muito da família do Allan que acolheram a mim e a Sam como se fossemos da família, d. Agatha é uma maezona e cuida da Sam enquanto estou no trabalho, já Sr. Álvaro tem sido um grande conselheiro contei a minha história, tanto da minha mãe forçando me casar, como da garota que fiquei no dia que cheguei.

*****

Estou no escritório e o Allan chega todo animado falando:

— Amanhã vou ter que viajar, buscar minha maninha, ela vi ter o bebê aqui.

— Tudo bem com sua irmã, marido e filho?— pergunto com curiosidade.— Não sei porque, toda vez que toca no assunto de sua irmã me sinto diferente, nunca fui curioso porém quando se trata dela tudo muda.

— Eles meio que brigaram. Ela está voltando para ter o bebê aqui.

— O tio babão está ansioso com a chegada do bebê?

— Sim cara não vejo a hora de chegar o momento de pegar o bebê ruivo, mas lindo que existe no mundo.

— Este bebê pode nascer parecido com o pai né?

— Sim existe esta possibilidade, infelizmente, já imaginou ela nascer com a cara do Paul, minha irmã teria que olhar para a menina e lembrar dele para o resto da vida.

— Eles terminaram?,— não sei porque fiquei feliz em saber.

— Sim, aparentemente ele não gostou que minha irmã venha ter a neném aqui. Ele por se dizer médico queria dar toda assistência, não entendi direito sei que ela vem para ficar. E vou logo avisando dei a ela o cargo de sua assistente, nada de tentar ficar com ela viu, parto sua cara se a ver sofrendo novamente, já basta o Patrick e o Paul.

— Vardade meu amigo, no que depender de mim pode ficar tranquilo pois depois do meu anjo não consigo ficar com mas ninguém.

— Te entendo não vejo a hora de encontrar a Lu novamente.

— Mudando de assunto, vamos comer que hoje a Sam fez lasanha.

— Vou sim estou com saudades da comida dessa pirralha.

— Eii nao sou pirralha estou com 17 anos. E o Victor entrou em processo para ficar responsável por mim até ter a maior idade , não quero voltar a morar com mamãe e a Hellen.

— Nem me fala, fico imaginando o dia que tiver de ir buscar o restante das coisas que ficaram lá em casa. Não vou consegui conter minha raiva e vou partir em cima delas. Comigo tudo bem, mas a Sam que mal ela faz cara, deixar a garota sem comer é de mais.

— Ei, cara já deu não vai ficar se martirizado por culpa delas você proteje a Samantha do jeito que pode não se culpe pelo que aconteceu, ela está aqui com você é o que importa.

— Fico feliz, pois só a lasanha da Sam para te animar né quero ver comer tudo viu.— Começamos a rir, pois o Allan sabia o motivo da minha falta de apetite, por mais que tentasse não conseguia deixar de me sentir culpado por aquela moça, aquele anjo como gosto de chamar.

Após jantarmos fomos para sala e a Sam estava olhando um álbum de fotografias antigo nem lembrava que existia, o Allan logo se empolgou para rir da minha cara, foi quando a Sam mostrou uma foto minha quando bebê, o Allan pegou a foto e disse:

— Cara, como você era feio. Que sinal é este? tem formato de uma meia lua, interessante.

— Todos da família do meu pai tem, por isso ele desconfiou da Sam, mais eu sei que ela tem só que fica na parte interna do braço e ele nunca viu por isso tenho certeza que ela é filha do meu pai.

— Bom vamos mudar de assunto, não faz diferença amo meu pai do mesmo jeito e todos os dias oro por ele.

— Não vamos, falar de coisa triste, me fala Sam como era a Louise que veio aqui? — pergunta o Allan.

— Muito bonita, pele clara, por um instante pensei em ser o Anjo do meu irmão, daí lembrei que ela é ruiva.

— Já chega de falarem de mim né? — falo Mudando de assunto, pois me dói imaginar que estamos com tantos desencontros.

Se realmente ela veio até aqui por que não me esperou? Queria tanto entender o porquê? Se tudo que eu mais quero é tê-la em meus braços, vou acabar enlouquecendo por está mulher.

— Bom, meninos vou arrumar a cozinha e deixar vocês conversarem a vontade. — fala a Sam saindo da sala e levando os álbuns para guardar.

Assim que a Sam sai, falo para o Allan minhas intenções quando encontrar meu anjo ruivo. Vou até o escritório e pego o anel que comprei hoje assim que tomei esta decisão.

— Victor eu aceito — disse o puto do Allan, tirando onda comigo, quando me viu com a caixinha nas minhas mãos.

— Não é para você — entrei na brincadeira.

— Falando sério cara, tem certeza disso? — pergunta o Allan — Tem noção do quanto a dona Estella vai pirar né? Sem dizer que vai fazer da vida dessa moça um verdadeiro inferno.

— Meu amigo,  nunca tive tanta certeza neste mundo,  quanto a dona Estella,  nunca me meti na vida dela, então ela não encostara perto do meu anjo nem Sam,  para mim basta que a Samantha e meu anjo  se deem bem isso basta.

— É meu amigo, fico feliz por você, não esqueça que eu junto com a Louise seremos padrinho deste casamento.

— Jamais escolheria outra pessoa.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo