Capítulo 11

Alicia Andrade

Fico a perguntar-me o que fez o meu irmão surta e ir embora. Não consigo entender, nem veio ver-me e o pior praticamente terminou com a Louise. Ela tenta disfarçar, porém, sei que está triste por conta do que aconteceu, ouvi ela conversando com o Paul e o Ricardo dizendo que sempre amou o Allan e não sabe como será de agora em diante, pois já enfrentou muito e escondeu o que sentia de todos.

— Lu— chamo sua atenção— me perdoa por te colocar em uma situação complicada com meu irmão.

— Não se preocupe, se ele não me perdoar é por que nunca mereceu ficar do meu lado.

— Deixa eu conversar com ele e explicar como tudo aconteceu.

— Não — fala me interrompendo — Ele não quis me escutar então não vou ficar me rastejando atrás de ninguém, estou pensando em ficar aqui para terminar a faculdade, amiga infelizmente não vou acompanhar a minha sobrinha crescer.

—Só me promete que vai me visitar sempre que poder? — falo aflita, pois está vai ser a primeira vez que vamos ficar separadas.

— Claro, vamos nos falar todos os dias, e aqui tenho o Paul e o Ricardo para me ajudar no que eu precisar.

— Te entendo amiga, só não sei como vai ser voltar e enfrentar meu passado rescente de frente. Será que vou encontra-lo? E a mulher o que dirá quando souber que ele tem uma filha? São tantas perguntas, nem sei se vou obter as respostas.

— Vai sim amiga, não se preocupe pois nem tudo está perdido, talvez você seja feliz no final.

********

A enfermeira entra com minha medicação e fala que apesar da Sunny nascer antes da data prevista é muito saudável e está ganhando peso, e amanhã estaremos de auta.

***********

Acordo no dia seguinte com uma ansiedade sem tamanho, hoje eu e meu raio de sol, minha filha, iremos para casa, não sei como vão receber a notícia pegarei todos de surpresa, meu pai com certeza vai surtar comigo.

Ao pegar, a Sunny sempre tenho lembranças daquele homem, estas memorias, vem como avalanche em meus pensamentos, como pode ser tão parecida com ele? Seus olhos, sua boca, nariz, cabelo é como se eu não tivesse participado em nada, pois ela é a cara dele, tentei por tudo esquecer-lo, entretanto, ao olhar para minha filha não posso.

Me perco em pensamentos enquanto amamento aquele pequeno milagre, o presente de Deus em minha vida, enfrentarei um exército para lutar por você filha.

— Não precisarei do seu pai. — falei em voz alta enquanto passava a mão em seu rostinho. — se ele estiver com outra pessoa que seja feliz, pois seremos apenas nós duas e mais ninguém.

Neste momento sou supreendida com a porta do quarto sendo aberta de repente.

*********

Olho para a porta e meus olhos não acreditam no que veem, é ele, minha perdição, está aqui diante dos meus olhos por mais que desejasse este encontro jamais imaginei que fosse assim.

— Posso entar? — pergunta ele, interrompendo nosso silêncio constrangedor.

— Sim. — falo quase sem voz, não conseguia raciocinar vendo ele em minha frente.

É ele mesmo, não consigo acreditar depois de oito meses encontro com minha perdição, com nossa filha em meus braços, não consigo mensurar o tamanho da minha felicidade.

— Posso conhecer minha filha? — pergunta ele.

— Claro— digo e o vejo se aproximar da minha cama, me dá um beijo no alto de minha cabeça e faz menção de pegar nossa filha.

Entrego minha filha para que ele possa pegar, sinto uma lágrima escorrer no meu rosto. Por um momento, senti que podia ser real, poderíamos ser uma família, mas tudo se esvaiu quando aquela mulher entrou no quarto quebrado toda magia daquele momento.

— Vi, que linda é sua filha, posso pegar.

Quando ele fez menção de entregar minha filha para aquela mulher o empedi.

— Não, não pode ela vai mamar agora, preciso ficar sozinha para dar comida a minha filha.

Sem questionar eles saíram, e pude então soltar o ar que mem mesmo sabia que estava pendendo. Fico a me perguntar, porque ele foi tão carinhoso se a trouxe, O que ele pretende? Ficar com as duas, porque ela aceita este tipo de relação?

Me perco em pensamentos e pela primeira vez me dou ao luxo de chorar pelo pai da minha filha. O homem que mudou toda minha vida em apenas uma noite. Fico a me perguntar o porquê dele trazer-la e como ele me encontrou aqui, fico perdida em pensamentos até que a Louise e o Paul chegaram e me vem chorando.

— Princesa o que houve? —pergunta o Paul.

— Nada — falo ainda chorosa. Então a porta se abre e ela entra, aquela mulher não irá me deixar em paz, a Lu me olha já entendendo tudo.

— Pode nos da licença, aqui é um momento de família, não vê? — Fala a Louise.

— Desculpa só queria ter o direito de conhecer minha sobrinha, o Victor me falou que você é o grande amor da vida dele, afinal vocês duas. Posso saber o nome da minha sobrinha o seu é Alicia não é?

Estou totalmente envergonhada, como fui imaginar que a irmã da minha perdição, que se atende por "Vi", era algo como amante, mulher ou namorada dele?

Engulo minha vergonha e peço para que ela se aproxime.

— Venha, está é a Sunny Andrade, sua sobrinha.

Ela se aproxima e diz:

— Não, está é Sunny Soutto, filha do Victor e minha sobrinha.

Então o nome dele é Victor, meu Victor, espera aí.

— Samantha não é? O Victor é o sócio do Allan? — pergunto

— Sim é ele mesmo e sim meu nome é Samantha sua cunhada muito prazer, você não sabe quanto o Victor te procurou e você tão perto. Por que você não falou naquele dia que foi ao nosso apartamento?

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