Convite Inesperado
Começou mais um dia, Baris e Elis foram trabalhar, depois de uma noite, em que os dois ficaram a maior parte do tempo pensando um no outro. Baris decidiu que aquele seria o dia em que ele faria Elis baixar a guarda. 💭 Amiga dele, pode ser perigoso, ele pode ter outras intenções e eu vou acabar me iludindo. - Elis respirou fundo. 💭Bem, não vou mais pensar nisso, vou trabalhar, não posso ficar pensando nele, minha cabeça não pode ficar mais confusa do que já está .💭 - Elis pensou na possibilidade de ser amiga de Baris. Elis foi chamada para mais um atendimento no andar, ela entrou no elevador. No elevador, estavam algumas pessoas e Baris. Elis e Baris tentaram disfarçar, mas sempre seus olhos se encontravam. Quando as portas do elevador abriram, eles acabaram saindo no mesmo andar. - Bom dia, como você está? - Baris aproveitou para iniciar uma conversa. - Bom dia. - Elis olhou rapidamente para Baris e desviou o olhar. - Bem, e você? - Elis perguntou tentando disfarçar o nervosismo. - Tranquilo, vamos ter um feriadão neste final de semana, o que você vai fazer? - Baris fez a pergunta com o objetivo de saber algo sobre Elis. - Esse é meu final de semana de folga, mas não programei nada, porque talvez eu trabalhe no domingo para um colega. - Elis respondeu ainda desconfortável com aquela conversa no corredor do Hospital. Elis se aproximou do balcão no posto de enfermagem. Ela começou arrumar seu material para atender ao paciente. Baris permaneceu acompanhando ela, com o objetivo de continuar a conversa. - E você, o que vai fazer? - Por curiosidade ela perguntou. - Vou para casa de veraneio de Lucas, meu amigo e colega que trabalha aqui também, você deve conhecer ele. - O tom de voz de Baris era tranquilo. - Eu sei quem é. - Elis voltou a organizar seus materiais. - Então seu feriadão será ótimo. - Elis exclamou cruzando os braços na defensiva. - Não trabalhe para seu colega. - Baris ponderou por alguns segundos. - Vem comigo!? - A pergunta dele saiu mais em tom de apelo. Elis ficou surpresa com o convite, mas decidiu não criar expectativa com ele, então deu um ponto final na conversa. - Não, eu já prometi para meu colega que trabalharia para ele. - Elis tentou parecer desinteressada. - Então não vai dá, te agradeço pelo convite, eu preciso ir. - Elis ignorou o convite de Baris, ela finalizou a conversa e seguiu com seu material para fazer o exame do paciente. Baris ficou chateado com a resposta de Elis. Ele foi ao andar para fazer suas visitas aos seus pacientes internados. Então, ele se sentou na frente de um dos computadores do posto de enfermagem para fazer as prescrições de seus pacientes. Neste momento, Lucas chegou e se sentou ao lado dele e percebeu que Baris estava chateado. - Que cara é essa, aconteceu alguma coisa? - Lucas perguntou examinando a expressão do amigo. - Nada. - Baris respondeu de forma ríspida. - O que tem acontecido com você, que parece estar sempre chateado ou com raiva de alguma coisa? - Lucas perguntou colocando a mão no ombro de Baris. - Já disse que não é nada. - Baris não tinha intenção de continuar com o assunto. - Então tá. - Lucas deu de ombro e continuou. - E aí, está tudo certo para o final de semana, você vai, não é? - Lucas perguntou, ainda frustrado pelo comportamento do amigo. - Vou sim. - Baris confirmou sua presença. - Hoje você está mesmo para poucas palavras, pensei que fôssemos amigos. - Lucas comprimiu os lábios e continuou. - Você nunca me escondeu nada e nestes dias tenho a impressão que tem algo que você não quer me contar. - Lucas não se conformou de ser deixado de fora dos problemas do melhor amigo. - Olha, Lucas, ainda não tem nada para falar, quando tiver, nós conversaremos, está certo!? - Baris não conseguia colocar para fora o que sentia. - Ok, quando você quiser conversar, não esqueça que sempre fomos mais do que amigos. - Lucas se expressou de forma plausível. - Certo. - Baris concordou e voltou sua atenção para o computador. O final de semana chegou, Baris e os amigos se organizaram para a viagem. "Diga Verônica". - Baris atendeu à ligação de Verônica. "Oi, Baris, eu vou com você no seu carro." - Verônica ligou para Baris se oferecendo para viajar com ele. " Não, é melhor você ir no seu mesmo. "- Baris dispensou Verônica. " Como assim!? Sempre viajamos juntos. O que houve? " - Verônica perguntou cautelosamente. " Eu tenho algumas coisas para fazer e não sei a que horas vou pegar a estrada." - Baris deu uma desculpa para se livrar de Verônica. "Certo, então nos encontramos lá. "- Verônica concordou frustrada. " Ok. " - Baris se despediu e desligou o celular. Quinta à noite, todos chegaram à casa de veraneio de Lucas, menos Baris. Os amigos estranharam, visto que ele sempre foi um dos primeiros a chegar. Antes de pegar a estrada, Baris passou na casa dos pais. Sr Kemal, pai de Baris, estranhou, porque geralmente o filho nunca foi lá antes de viajar. Baris ligava, avisando que viajaria para os pais não se preocuparem. - Baris, pensei que você já estava na estrada, o que houve? - Sr Kemal perguntou surpreso em ver o filho. - Nada pai, só não estou muito afim de ir desta vez. - As palavras de Baris mostravam sua relutância. - Filho se você não está com vontade, é melhor não ir. - Ao falar, Sra Tereza segura no braço de Baris. - Fica aqui e passa o final de semana com a gente, já faz um tempo que você não fica com seus pais. - Sra Tereza a mãe de Baris fica apreensiva e pede para o filho não ir. - Não mãe, Lucas está à minha espera, eu já havia prometido passar o feriadão na casa dele. - Baris se justifica. - Certo filho, mas dirija com cuidado e assim que chegar me avise. - Sra Tereza beijou o rosto de Baris e continuou. - Está bem? - Sra Tereza aconselhou o filho com o coração apertado. - Ok mãe, já vou indo. - Baris se despediu e foi em direção a porta. Sr Kemal fez sinal para que a esposa continuasse onde estava e acompanhou o filho até o carro. - Baris, me diz o que está acontecendo, filho? - Sr Kemal insistiu. - Não é nada demais pai. - Baris tenta fugir da pergunta do pai. - Existe algo que você não quer falar, é no Hospital? - Baris nega balançando a cabeça a pergunta do pai. - É uma garota? - Baris não respondeu, só baixou a cabeça e respirou fundo. - Entendi é uma garota, e pelo visto não é Verônica. - Sr Kemal matou a charada, pois ele conhecia bem o filho. - Eu não sei exatamente o que sinto, mas eu tentei me aproximar, e ela fica sempre na defensiva. - Baris se desabafa. - Então, filho, a surpreenda. - Sr Kemal sugeriu e arqueou as sobrancelhas. - Eu vou pensar no que fazer. - Baris deu de ombro. - Já vou pai, não quero pegar a estrada muito tarde. - Baris se despediu e foi em direção ao carro. - Ok filho. - Sr Kemal ficou observando o filho entrar no carro. Baris seguiu viagem e por todo o caminho, ele pensava no que o pai falou " à surpreenda". - Como vou fazer isso? - Baris se perguntava em pensamento. Baris chegou e seus amigos já estavam todos em volta da piscina bebendo. Baris respirou fundo e saiu do carro, Verônica foi recepcionar ele. - Como você demorou!! - Verônica falou animada ao vê Baris. - Passei antes na casa de meus pais. - Baris responde desanimado. - E como está tia Tereza e tio Kemal? - Verônica perguntou e passou os braços em volta da cintura de Baris. - Estão bem, eu estou cansado, vou dormir. - Baris respondeu e afastou os braços de Verônica. - Não acredito que você veio para dormir? - Verônica perguntou incrédula. - Amanhã eu acompanho vocês, fala com o pessoal, não vou até lá porque não estou no clima hoje. - Baris respondeu indo em direção aos quartos. - Quer companhia? - Verônica perguntou toda oferecida. - Não, eu quero ficar só. - Baris não tem interesse nenhum em ficar com ela. Ele á dispensou sem dar chance de outro argumento da parte dela. Baris seguiu em direção ao quarto que costumava dormir, todas as vezes que vai à casa de Lucas. Ao entrar, Baris percebeu que a bagagem de Verônica também estava lá. Então, ele foi dormir em outro quarto que estava desocupado.A Surpresa O final de semana segue, os amigos de Baris se divertiam, mas ele sempre mantém distância de Verônica. No sábado à tarde, Baris resolveu ir embora, os amigos ficaram sem entender, mas não insistiram para ele ficar. Todos já tinham percebido que ele não estava no clima. No domingo, Elis estava trabalhando, o plantão estava tranquilo. Por volta das onze e quarenta e cinco da manhã, ela já estava se preparando para almoçar. Neste momento, alguém bateu na porta, quando ela abriu, não acreditou no que estava vendo. Para a surpresa de Elis, Baris estava na porta do laboratório com uma sacola na mão.- Oi, trouxe comida. - Ao falar, Baris levantou a mão para mostrar a sacola e continuou. - Você já almoçou? - Perguntou Baris um pouco sem jeito.- Oi, não... - Elis ficou olhando para Baris sem esconder sua surpresa. - Mas por que você está aqui? - Elis perguntou confusa.- Pensei em almoçar com você. - Baris respirou fundo e continuou. - Por favor,
Amigos Elis folgou segunda e terça devido as trocas de plantão, eles não se viam há quatro dias. Na sexta-feira, Elis seguiu para o elevador para seu primeiro atendimento do dia. O elevador chegou e quando as portas se abriram, lá estavam três pessoas e Baris no fundo do elevador.- Bom dia. - Elis entrou e cumprimentou todos.- Bom dia. - Baris e as outras três pessoas responderam. 💭 O que aconteceu dessa vez? Por que ela está tão séria? 💭 - Baris á encara com um sorriso, mas Elis continuou séria e Baris se perguntou em pensamento. 💭" Cuidado, ele pode querer com você uma amizade colorida! " 💭 - Elis lembrou do que Kelly falou na sorveteria. 💭 Isso não vai acontecer.💭 - Elis pensou olhando séria para Baris.As três pessoas saíram do elevador, ficou só eles dois, Baris aproveitou para falar com ela.- Como você está? - Baris perguntou com um sorriso discreto. - A última vez que nos vimos, foi no domingo. - Baris concluiu.- Bem. - Elis r
Incomunicável Nos corredores do Hospital, sempre que Baris e Elis se viam, era muito rápido, mas Baris não perdia a oportunidade de sorrir e piscar o olho para Elis. Em uma dessas vezes, Verônica vinha atrás de Elis que andava na direção de Baris. Neste momento, Verônica viu quando ele sorriu e piscou para Elis. 💭 Então é isso, vocês estão de flerte, me aguardem. 💭 - Pensou Verônica cheia de ódio. Chegou mais um final de semana, Elis trabalhou no sábado e no domingo foi à praia com as amigas, ela contou tudo o que aconteceu durante a semana com Baris.- Bem, aparentemente é só amizade. - Diz Mara ainda um pouco desconfiada.- Se ele tentar algo, você cai fora, fica bem longe dele. - Antes de continuar, Kelly deu uma risadinha maliciosa. - Apesar de quê, um homem daquele, seria até um favor da parte dele, namorar uma de nós. - Kelly deu mais uma risadinha e continuou. - Ele é muito gostoso. - Diz Kelly suspirando.- Kelly! - Elis exclamou com as s
A Carona Então ela foi à busca de um material biológico para análise. Quando ela estava aguardando, saiu do conforto dos médicos, Baris vestido de roupa privativa e touca na cabeça. Eles se encaram, mas Baris ainda estava de mau humor, ele passou e não falou com ela, 💭 O que será que aconteceu? Ele parece estar zangado. 💭 - Elis pensou por um momento por não entender o comportamento dele. Elis seguiu sua rotina e chegou ao final do plantão. Quando ela saiu do laboratório, Baris estava sentado em uma das cadeiras que fica de frente a porta do laboratório.- Precisamos conversar. - Falou Baris levantando e indo até ela. - Por que não atendeu minhas ligações? - Baris perguntou furioso.- Quem você pensa que é, para falar comigo desse jeito? - Perguntou Elis furiosa pelo comportamento dele.- Elis, eu te liguei várias vezes. - Baris falou tentando manter a calma.-Eu não tenho o seu número e também esqueci de tirar meu celular do modo avião, só percebi quando cheguei de viagem. -
O Primeiro Passeio Lucas e Baris, têm uma amizade a ponto de um ficar incomodado se o outro estiver sofrendo ou passando por algum problema. Lucas se sentou ao lado de Baris e examinou o semblante dele.- Irmão, quando é que você vai se abrir? - Perguntou Lucas preocupado com o amigo.- Sei lá cara. - Baris suspirou cobrindo o rosto com as mãos. - Acho que estou em conflito com os meus sentimentos. - Depois de responder a pergunta de Lucas, Baris pegou o copo e ficou rolando na mesa.- Tem algo a ver com Verônica? - Lucas perguntou achando que o amigo nutria sentimento por Verônica, mas não queria aceitar.- Não tem nada a ver com Verônica, eu... - Baris hesitou por não encontrar as palavras certas.- Cara, você está gostando de alguém? - Perguntou Lucas incrédulo.- Não sei exatamente o que sinto. - Baris voltou a cobrir o rosto com as mãos. - Mas na realidade somos só amigos, é complicado. - Baris tentou se justificar, mas nem ele entendia o que estava aco
A Casa do Futuro Sogro Elis percebeu que Baris estava constrangido com as perguntas, então ela falou antes que Baris respondesse.- Venâncio, você pode parar com o interrogatório!? - Elis tentou encerrar a conversa.- Qual é o problema? Ele não pode dizer qual é a profissão dele? Você é maqueiro ou porteiro que tem vergonha do que faz? - Venâncio fez as perguntas com insistência.- Venâncio por favor, chega! - Elis exclamou, arrependida de ter ido com Baris a casa do pai.- Eu sou médico. - Respondeu Baris, tentando não parecer arrogante.- Médico!! - Sr Cleiton exclamou intercalando seu olhar entre Baris e Elis. - Então, você não é colega de trabalho, mas sim o chefe dela! - Retrucou Sr Cleiton achando muito estranho a amizade da filha.- Vamos almoçar. - O convite de Elis deu fim ao assunto.- Vamos. - Concordou Sr Cleiton. Todos almoçaram, falaram de diversos assuntos e o clima ficou agradável. João passou a falar sobre as travessuras de Elis quando criança
A Primeira Viajem Os dias se passaram e Elis conseguiu fazer as trocas dos plantões para viajar com Baris. Elis ainda estava um pouco apreensiva. Ela se reuniu com suas amigas em seu apartamento para conversar sobre a viagem.- Elis, você tem certeza que quer ir? - Mara perguntou preocupada.- Eu quero, mas tenho medo de ser discriminada pelos outros amigos dele. - Ela deu de ombro e sorriu triste. - Lucas e Patrícia me tratam bem. - Elis comentou dando de ombro. - Mas e os outros que não conheço? - Elis questiona insegura.- Você acha isso possível? - Mara perguntou achando a possibilidade absurda.- Talvez. - Elis revirou os olhos e continuou. - Eu tenho a impressão que Verônica não gosta de mim. - Elis comentou frustrada.- É a médica, que você acha que tem um rolo com ele? - Mara perguntou, certa da resposta.- Ela mesma, eu sinto o olhar dela me fuzilando todas as vezes que vamos almoçar juntos. - O tom de voz de Elis era baixo e ela parecia muito des
Crise de Ciúmes Elis entrou no quarto, organizou suas coisas, tomou um banho. Quando deitou, apesar do cansaço demorou para dormir. 💭 Então eles já dormiram juntos, só não entendo o que realmente existe entre eles. - Elis fechou os olhos por alguns segundos para organizar seus pensamentos. - Será que ela é uma ficante, uma ex-namorada? Ainda rola alguma coisa entre eles ou é só amizade colorida? É melhor eu não saber e é melhor ainda, eu ficar longe deste rolo. 💭 - Elis fez vários questionamentos em pensamento, lembrando das palavras de Verônica. Baris tomou banho, pensou em enviar uma mensagem para Elis, só para saber se ela estava confortável. 💭 É melhor não, ela pode estar dormindo, amanhã eu falo com ela.💭 - Pensou Baris não querendo incomodar Elis. No dia seguinte, logo cedo pela manhã, chegaram mais oito amigos de Baris. Todos foram devidamente apresentados. Os empregados da casa, ajudaram os novos convidados a se acomodarem, depois todos s