103 O conforto de um amigo

Enquanto me entregava ao momento, ao consolo de um abraço simples, algo desconfortante se arrastou pelo meu peito.

O abraço de Charles, com sua força tranquila e familiar, não deveria ser interrompido, não deveria ser manchado por algo que eu temia ver.

Mas ali, no meio de uma risada abafada, algo fez meu corpo se congelar, meu coração acelerar.

No meio do movimento, entre um passo e outro, algo me fez parar.

Algo no ar, no ambiente, no som que me cercava, me fez virar a cabeça, como se meu corpo estivesse reagindo antes mesmo da minha mente entender o que estava acontecendo.

E lá, entre a multidão, com a rua se espalhando ao redor de mim, eu vi uma figura que, a princípio, me parecia familiar.

O olhar penetrante, aquela postura rígida que me era tão conhecida… Era Isaías.

Não podia ser.

Não poderia ser.

Mas, mesmo assim, o mundo ao meu redor parecia diminuir enquanto meus olhos fixavam naquele vulto.

A sensação foi como um soco no estômago.

Eu não sabia o que estava acontec
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