Nossos olhos se encontram, ambos estão emotivos e com os olhos brilhando com as lágrimas. Vicente segura as minhas mãos e leva até os seus lábios, iniciando uma série de beijos. — Lana, eu sinto muito por ter trazido Gabriela para minha vida sem considerar seus sentimentos. Eu entendi agora que isso gerou insegurança e desconfiança. Peço desculpas por isso. — Vicente fala sem desviar o olhar dos meus, suas palavras são firmes — Você é a mulher que eu amo, e quero fazer com que se sinta querida, respeitada e segura todos os dias. E é claro, te fazer se sentir amada. Algumas lágrimas teimosas escorrem pelo meu rosto. "Como suportar as pressões das pessoas ao redor que irão julgar o nosso relacionamento?" — questiono em pensamentos. — Você pode me perdoar? — Vicente pergunta, esperando ansioso uma resposta. "Se o Vicente permanecer em seus sentimentos por mim, sei que compensará todos os olhares tortos que receberemos." — concluo. — Eu te perdoo, Vicente. Mas prometa que nunc
..... UMA SEMANA DEPOIS — SÁBADO ..... A semana foi caótica, foram tantas situações que nada mais me pegou de surpresa. Exceto, a visita inusitada da minha mãe, Maria Helena, em minha casa. Gosto de receber familiares em casa, contudo, desde que avisem que virão. E Maria Helena nunca foi alguém de aparecer na casa de alguém sem avisar. — O que traz você aqui, mãe? — pergunto, ao nos sentarmos no sofá da sala de visitas. — Desculpe aparecer sem avisar, Lana, mas podemos conversar? — o tom da mulher é sério. — Claro, mãe. O que houve? — pergunto intrigada. Maria Helena pigarrea, tentando encontrar as melhores palavras: — Eu sei que Vicente está morando no seu apartamento. — Como você descobriu? — levanto uma sobrancelha, curiosa. — A diarista, senhora Conceição, me contou sobre você contrata-la para limpar o apartamento. Ela mencionou sobre a presença de um homem que está residindo lá, além de comentar sobre ver você lá. — minha mãe explica. Esqueci-me que a senh
..... MAIS TARDE ..... Enquanto o Vicente está com a atenção voltada para a TV, onde passa sua série favorita, repouso a cabeça em seu colo e fico a conversar por mensagem com a minha irmã, Luna. Assim que cheguei no apartamento, o Vicente percebeu o meu semblante sério e perguntou o motivo. Decidi inventar uma desculpa, pois não quis mágoa-lo com as palavras de julgamentos da minha mãe. Além disso, não é novidade alguma o preconceito da minha mãe contra o Vicente. 💬 Vou fazer um churrasco amanhã no almoço, por que o Vicente e você não se juntam a nós? — Luna faz o convite. 💬 Quem vai ir tanto? — pergunto. 💬 Estou convidando apenas vocês. — Luna responde. Deixo o celular de lado e pergunto ao Vicente: — A Luna nos convidou para um churrasco amanhã. Você topa? — Claro, amor! — Vicente responde, animado. 💬 Nós iremos. — aviso...... DIA SEGUINTE — DOMINGO — 13:50 ..... O dia está agradável na companhia da minha irmã Luna e sua família. Meu cunhado, Pedro, se
..... ALGUNS DIAS DEPOIS — SÁBADO ..... Durante a semana pensei em inúmeras formas de aproximar o Vicente da minha mãe, desta forma eles podem se conhecer melhor. Contei isso ao Vicente, o qual concordou de bom grado em tentar conquistar a minha mãe, Maria Helena. Isso foi um alívio para mim, pois após as palavras rudes da minha mãe, o Vicente não tem obrigação alguma de querer uma reaproximação. "— Se isso é importante para você, é importante para mim." — estas foram as palavras de Vicente. Concluí que a melhor maneira deles se conhecerem, é através da conversa. Por isso, viemos visitar a minha mãe, logo cedo. Ao nos receber em sua sala de estar, notei que o olhar da minha mãe é de curiosidade com a nossa visita inusitada. — Mãe, vim com Vicente, pois quero que vocês se conheçam melhor. — anuncio o meu desejo. — Ah, Vicente! Não esperava outra visita tão cedo. — ela diz ao rapaz. — Senhora Maria Helena, é um prazer revê-la. — Vicente sorri. Admito que ao chegarmos
..... UM MÊS DEPOIS — NATAL ..... Admito que nunca pensei que a minha casa de tornaria um ponto turístico para o Natal. Este é o primeiro ano que nossa festa natalina acontece em minha casa e acabei me empolgando na decoração, até perdi as contas de quanto gastei. No exterior da casa, abusei da iluminação com luzes de led coloridas e brancas para adornar a fachada. Espalhei enfeites como guirlandas de pinheiro e fitas vermelhas na entrada e projetei um presépio iluminado na varanda. No interior da casa, uma árvore de 3 metros de altura está tomando conta da minha sala de visitas, decorada com luzes, enfeites, bolas de vidro e uma estrela dourada no topo. Com a ajuda da decoradora, optei por usar luzes de velas, candelabros e lâmpadas decorativas para tornar o ambiente aconchegante. Arranjos de flores, guirlandas e fitas vermelhas estão espalhadas pela casa também. Na sala de jantar, uma imensa mesa com toalha de mesa vermelha, arranjos de flores, velas e talheres dourados d
Eu sabia que isso aconteceria, este desconforto. No entanto, prossegui com isso. Quando fiz o convite para o meu pai, Fernando, se juntar a nós na festa de Natal, ele disse que levaria sua namorada, Gisela. Sendo assim, revelei apenas para o Vicente. — Boa noite a todos. — o meu pai cumprimenta com um sorriso — Quero que conheçam a Gisela. O casal se aproxima de cada um para sermos apresentados a mulher elegante. Gisela tem uma beleza excepcional, tem trinta e dois anos e ao lado do meu pai, poderiam ser considerados pai e filha. "Me peguei pensativa muitas vezes se o meu pai não se importa de namorar uma mulher mais nova que suas próprias filhas... Concluí que não é da minha conta." — é o meu pensamento. — É um prazer conhecê -la, Lana. — Gisela sorri amplamente ao me ver — O seu pai me falou muito sobre você. — Espero que apenas as partes boas. — sorrio. Nos abraçamos. — Sim, apenas as boas. — Gisela concorda. — Boa noite, Lana. — meu pai me abraça e volta a ate
..... MAIS TARDE — 00:00 ..... — Feliz Natal! — todos exclamam, alegres. Nesta altura da noite, minhas preocupações já desaparecem e o álcool circula pelo meu corpo. A noite de Natal foi marcada por muitos acontecimentos, como: Cauê e Raíssa aprontaram travessuras, pois enquanto corriam pela casa brincando de "esconde-esconde", eles aproveitaram para trocar os cartões de identificação dos presentes. Depois, presenciamos o meu pai, Pedro e Vicente competindo nos jogos de tabuleiro. — Fernando, você é pior que um jogador de futebol! — Vicente reclama quando a partida chega ao fim e o meu pai venceu trapaceando. — Eu sou apenas competitivo. — meu pai responde. — Competitivo? Você é um trapezista! — Pedro reclama. — Vamos jogar novamente, sem trapaças. — Vicente avisa. — Eu não preciso trapacear para ganhar. — meu pai, Fernando, indaga. — Sim, sogro, você precisa. — Pedro afirma. E o auge da noite foi ver Gisela tentando nos ajudar na cozinha e derrubando os pratos.
..... DUAS SEMANAS DEPOIS ..... Passada as festas de final de ano, o Vicente e eu vamos viajar para Paris. A virada de ano novo passamos com a minha irmã Luna e a família de seu esposo, Pedro. Fiz questão de conversar com a Chef Sophia para pedir uma semana de pausa na mentoria, para que Vicente e eu pudemos fazer a tão sonhada viagem a dois. — Lana, eu nunca fiz check-in online. Como faço? — Vicente pergunta suplicando ajuda. Seguro o riso. — Deixa que eu faço. — Obrigado. — ele sorri nervoso — Lana, estou realmente ansioso. Primeira viagem de avião e vamos para Paris! — Vai ser incrível, amor. — afirmo. — É impressionante como tudo é organizado aqui. — Vicente comenta, enquanto olha atentamente o aeroporto. Caminhamos em direção ao setor de segurança para a inspeção — E essas filas? Qual é a certa? — Vicente questiona, desnorteado. — Vamos lá. — seguro o seu braço e guio até a fila do detector de metais. — Por que eu preciso tirar os sapatos? — Vicente olh