Beatrice
Nem andar de uma lado para o outro estava fazendo efeito, eu estava afobada e arrependida e para piorar, meu salto da Walter Steiger de 600 dólares, quebrou, meu cabelo parecia um ninho de gato todo frisado, e eu estava a ponto de roer minhas unhas. Poise! A que ponto eu cheguei. Eu estava na cozinha pensando como iria fazer para consertar a minha bagunça.
— Trice? — chamou Julie com o cenho franzido — você está bem?
Demonstrar preocupação pela primeira vez em muito tempo, ativou os instintos protetores de Julie e isso me deixava mais irritada por mais uma vez, a Beatrice insegura ter aparecido, mas aqui estava eu perambulando pela cozinha tentando prever as próximas ações da minha
BeatriceEla nunca falta a uma competição, não é possível que ela falte. Olhei para o relógio quase jogando ele na parede para quebrar.Depois daquela confusão no meu aniversário, já se passaram três dias. Hoje era a bendita competição das líderes de torcida. Desde que começaram a aulas Genevieve nem aparecia, em casa não a via vagando pelos corredores, ela não saia nem para comer, as empregadas levavam a sua refeição, minha mãe me proibiu de falar com ela, eu respeitei porque talvez fosse melhor assim, tipo assim, fui eu que causei o seu mau-humor a tempo inteiro, ela com certeza não queria nem me ver pintada de ouro e olha que a minha irmã adorava algo brilhante, mas agora, eu estava assim, olhando no relógio de minuto em minuto. Se Genevieve não aparecesse na competição, a coisa
BeatriceMais um dia de aulas havia passado e eu esperava ansiosamente pela tarde, pensei que talvez agora Parker viria me dar suas aulas, ele estaria relaxado com a sua expressão calma de sempre. A campainha tocou e eu sai correndo para abrir a porta. Quando abri a mesma, não pude deixar de desmanchar meu sorriso.— Oi, eu sou o seu novo tutor — um nerd qualquer me cumprimentou.Torci o nariz de desgosto e fechei a porta na cara dele. Sai correndo para o meu quarto. Parker já não queria falar comigo, não sei nem porque pensei que ele viria, ele nem me avisou que não viria nesses três dias. Um completo irresponsável. Peguei os livros e comecei a estudar por mim mesma, não preciso de ninguém para passar de ano, posso fazer isso sozinha.[...]Fitei meu pai comendo seus Waffles, ele nem olhava na cara.— Pai, você pode me passar o leit
Genevieve— Aí eu disse, "Eca, sai para lá" — todos riram da minha história.A cantina estava bem calma a essa hora. Eu como sempre estava sentada na mesa dos populares contando histórias para minhas amigas. Mas sabe quando temos um pressentimento? Algum tipo de conexão bizarra, era isso que eu estava sentindo nesse exato momento.— Genevieve — chamou Brianna, a cachorrinha da minha irmã.Eu sempre achei ela uma popular que não valia a pena, nem sei porque Beatrice ainda andava com ela, essa garota era tão desocupada que fica procurando furo de reportagem, meu palpite é que a profissão dos sonhos para essa garota seria escrev
Zack/Anos AtrásEnfim cheguei ao parque feliz da vida por mais um dia na escolinha ter acabado. Ao chegar lá, vi a maioria das crianças da minha escola naquele parque.Todos se divertiam em diferentes brinquedos do parque, mas a única que não brincava era Beatrice, eu não falava com ela, mas eu a admirava. Sua preocupação pelos animais me encantava.Fitei a criança de cabelos castanhos com os olhos preocupados. Um passarinho tinha caído da árvore e ela estava o observando. Logo depois chamou seu pai para que ele fizesse alguma coisa.Como eu previa, Beatrice e o pai vieram com uma casinha de madeira para colocar no alto da árvore. O pa
BeatriceDiário de relação da fuga: Vai completar quase 24 horas e pela primeira vez soube o que é ficar sem comer porque não tem dinheiro. Quero dizer, dinheiro tem, mas só no cartão. Tenho a certeza que meu pai deve estar checando sobre tudo até do meu banco. Conclusão: sem dinheiro.Abri a pequena geladeira do lugar imundo que estava. Pelo menos me protegia do dilúvio que caia lá fora, mas quanto mais ouvia minha barriga roncar mais eu pensava na escolha de merda que fiz em fugir de casa. Tenho dezoito anos, quero mesmo virar uma garota que nem mesmo terminou o ensino médio?Me forcei a pensar que era só um momento para pensar, foi o que tinha em mente, mas vendo agora, pensar de barriga vazia não dá muito certo. Disquei um número de telefone torcendo que atendesse.— Oi, Ayla não tem nada nessa geladeira.
BeatriceUma semana de cama, foi isso que me aconteceu. Eu estava gripada, então acho que nem papai conseguiu pensar num castigo pra minha fuga, então de certa forma, a gripe não caiu de todo mal. Desci do carro com um sorriso no rosto, ao ver o nome da minha escola no mural com letras bem grandes. Hoje eu volto às aulas. Da pra acreditar que eu to feliz por voltar às aulas?! Eu sei, é um pouco estranho. Entrei na minha escola e todos olhavam pra mim, uns tinham repulsa outros ódios, olhares que eu já devia ter acostumado de receber.[...]Como de costume, as aulas da manhã foram um tédio e agora era a hora do almoço.— Acreditam que eu não entrei para o time de líderes de torcida? — reclamou Brianna — é a prova que Genevieve me odeia... Até a Chloe entrou pro time!! A Chloe!! — apontou para a mesma mostrando o
BeatriceSentada na grama observando tudo ao meu redor, era um calmante para a minha cabeça que rodava cheia de perguntas das quais ainda eram confusas, pelo menos para mim, ainda era difícil de responder.Ontem Chad elogiou meu cabelo, e eu me senti diferente, como se gostasse de ter esse novo visual, mostrando umnovo ser, eu sei!! É meio estranho, mas nunca prometi ser normal também!Me senti um pouco solitária. Por mais que estivesse fazendo coisas novas, como deixar outros me verem menos como um monstro e mais como uma humana, ainda havia coisas que eu realmente ainda queria experimentar, como shopping com as amigas, festa do pijama, coisas que garotas normais e honestas fariam, não pra humilhar outros, mas a
BeatriceOs nossos lábios se uniram, se tornaram um só, nossas línguas dançavam calmamente como se tivesses todo o tempo do mundo, e realmente naquele momento parecia que tempo havia parado para aproveitarmos aquele beijo quente.As portas da cabine se abriram e pela primeira vez EU fiquei envergonhada, não porque tenha me arrependido, mas, porque simplesmente aconteceu.Saímos da cabine e logo depois reparei, ainda estávamos de mão de dada, mas aquilo não incomodava, é claro que eu sabia que, no fundo ia dar merda, mas sinceramente, eu não queria pensar nisso, queria aproveitar e talvez depois no momento das lágrimas eu me arrependesse, então até lá eu tinha que aproveitar pra pelo menos as lágrimas vale