Empacotei mais uma caixa e a juntei com as outras, olhei ao redor vendo que faltava pelo menos mais três caixas e suspirei cansada, hora de empacotar as coisas da Hana. Caminhei até a lavanderia e comecei a jogar todos os seus brinquedos que ficavam num grande baú para uma caixa, a tal ONG que a Beatrice participava poderia querer todos eles.
Depois de guardar, dobrei os cobertores da Hana, sua coleira que tinha seu nome em prata, tudo que não era fotografia, eu iria doar, no final eu estaria ajudando outros animais... além do mais, não pretendo ter mais cães, não que eu tivesse pegado trauma, mas Hana era insubstituível e se eu trouxesse outro animal, seria como se eu tivesse a substituído.
— Julie, Eu vou indo, hoje é a minha vez de fazer o Eliot dormir
Apesar de toda a dor, acho que estava descobrindo um novo recomeço, isso era bom, eu não queria viver no meio da dor pra sempre, acho que no final, eu sempre quis um final feliz, mas jogar a culpa nos outros foi mais fácil no meu tempo de adolescente.Já sendo adulta, tinha consciência de que popularidade na verdade não existia, isso era apenas um termo para pessoas se aproveitarem das outras sendo pratinhas mimadas ou atletas.Acho que no fundo eu me sentia amargurada, todos que me desafiavam levavam as consequências, eu sabia ser má quando queria, mas eu nunca imaginei que eu, Julie Gordon ou melhor Julie Evergarden estaria aqui esperando o resultado.— Julie Evergarden, sala 4 — chamou pelo
JULIEA chuva estava tão forte que fiquei com medo dos pneus derraparem na estrada, então decidi diminuir a velocidade, quando de repente um som irritante que apontava que eu havia ficado sem combustível.— Não, não, não, nãooo — praguejei irritada e encostei o meu carro na beira da estrada.Hana, minha, pastor alemão que até então estava jogada no banco de trás acordou com o barulho.— Ta tudo bem, meu amor, vou tirar a gente daqui — acariciei o seu pelo.O pior de tudo, era que eu estava no meio do nada. Reclamei internamente por ter esquecido de colocar gasolina. A estrada está deserta, ainda bem que existe o telefone nessa época, tenho que agradecer ao Martim Cooper por ter inventado o celular e mais ainda ao Steve Jobs por ter criado o meu amor lindo chamado iPhone.Beatrice vai ter que me tirar
JULIESenti um dedo frio tocar minha bochecha e levantei num pulo, assustada.— Ela acodou, mamãe — Eliot gritou à Beatrice — Madina Juu.— Oi, meu lindo — ignorei a vontade de voltar a dormir e peguei meu neném e o abracei — que saudade.— Eliot, para de incomodar sua madrinha e vem colocar os sapatos, você tem escola — gritou lá de cima e ele saiu correndo.Olhei ao redor e vi que estava na sala, acho que peguei no sono e esqueci de ir para o quarto.— Bea, onde estão as chaves do carro? — Zack gritou descendo as escadas — oi, Julie — acenei co
JULIE— Mentira, eu não acredito em você —riu da minha cara dando mais um gole da sua taça de vinho.— É verdade — gargalhei sem conseguir parar, acho que já não controlo minhas ações — eu não tive namorado nenhum durante esses seis anos, foi só aquelas noites, você sabe — tombei minha cabeça na parede tentando pensar.— Deve ter sido legal ficar longe, você parecia estar bem mais feliz lá do que aqui — dessa vez um tom mais magoado.— Ah para com isso, você nem deve ter sentido a minha falta, aposto que estava ocupada demais para sentir — coloquei o resto do vinho na minha taça.Eu olhei para a garrafa que a gente esvaziou ao longo da noite enquanto conversávamos sobre tudo. Foi como se não houvesse problemas, estava apenas eu, ela
JULIEAí meu deus, não surta, não pode, não agora. Pressionei minhas mãos contra as minhas bochechas na tentativa de tentar esconder a vermelhidão. Aposto que estão se perguntando o que aconteceu depois naquela sala. Eu fiquei em total choque, sério!— O que raio você faz aqui? — não chegou a ser um grito, mas eu também não falei no meu tom normal.— Perdão, madame, acho que não me apresentei da maneira correta — ele fez um leve reverência — Simon Evergarden a seu dispor.Simon... Evergarden... Não pode ser...
JULIEA melhor hora para correr é de noite, não importa se está escuro, eu prefiro à noite, onde o parque esta mais vazio, onde a brisa passava pelo meu rosto e era agradável senti-la.Umas das coisas pela qual eu escolhi esse apartamento, foi pelo fato de estar bem próximo de parque, e não era um parque qualquer, era um parque grande rodeado por árvores e grama verde, era perfeito para as minhas corridas noturnas.— Preparada? — olhei para minha cadela e ela posicionou as patas — vai.Começamos a correr, Hana sempre ao meu lado, ainda que ele fosse mais rápida, ela n&atild
JULIE— Aí que ódio, que ódio — resmunguei pela décima vez.— Insulta-la não vai ajudar em muito — Gisele comia calmamente enquanto eu assassinava meu pobre copo o enforcando, mas eu não tenho culpa se eu estava imaginando a cara azeda da Betany no meu copo — já chega! Larga esse copo e come — Gisele tirou o copo da minha mão.— Porque ela me odeia? Não que eu me importe, mas eu realmente não sei — enchi a boca de comida.— Mas você é lerda mesmo!! O Simon é considerado um dos melhores CEO'S, e você é t&at
JULIESai da empresa e decidi passar no mercado e comprar umas coisas já que minha geladeira tinha zero de comida. Voltando para casa só fiquei pensando no quão o dia hoje foi estressante, faltou pouco para eu perder a minha paciência e ter arrancado o aplique dela, acho que a sorte dela, foi termos uma hora de almoço, e para fechar esse dia maravilhoso, teve a briga com o Simon que também não foi agradável.— Eu preciso de férias — resmunguei em voz alta o que era para ter só ficado nos meus pensamentos.— Mal começou a trabalhar e já precisa de férias? — questionou um garoto encostado na