destino incerto

Luna

Estou sentada no chão ao lado do sofá que deveria servir para descanso, mas a minha mente precisa sentir o frio do piso, como se fosse uma autopunição por sentir que estou no fundo do poço depois desse dia infernal. Um paciente jovem demais, perdendo a perna. Roman causando o inferno nos meus sentimentos. Uma criança sem chances de sobreviver a um câncer de medula óssea pois nem mesmo o transplante aplacou a doença, algo raro de acontecer, mas que quando acontece é capaz de deixar todo corpo médico sem esperanças.

É isso o que vi no olhar de cada colega pelos corredores ou aqueles que entram e saem dessa sala para um descanso, a ausência de esperança, uma criança que lutou para receber o transplante e agora está dando os últimos suspiros no colo dos pais, um casal sendo destruído pela dor da perda. Encosto a cabeça contra a parede buscando lidar com a inconformidade em uma morte tão prematura.

Escuto a forma como a porta bate mas ignoro, porém ao escutar o som do trinco abro os
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