LunaForam quatro longos anos de crises depressivas de ansiedade de acessos de raiva pela frustração, e muito acompanhamento psicológico, Nick esteve lá, em todos esses momentos de luta e dolorosos sendo o apoio que sempre precisei, sendo o amigo e companheiro amadurecendo ao meu lado. Nossos rompimentos curtos, longos, brigas e sempre nossos caminhos se cruzaram novamente, não sou uma santa nem nunca fui, apenas o respeitei durante nossa relação, tentando dar o máximo em suas batalhas pessoais e profissionais para ser tão importante para ele da mesma forma que sempre foi. Por isso a dor tão profunda, o sentimento desolador de perda, ele era a minha família ao lado de Kalifa e agora andando pelos corredores do hospital em direção ao vestiário só consigo ver desconhecidos, várias pessoas que precisam de ajuda mas que em nenhum momento iriam parar a própria vida para ajudar uma pessoa necessitada ao lado. As luzes que começam a ser acesas pelo final do dia iluminam rostos tão vazios qu
LunaForço um sorriso fraco, continuando os passos para tomar um pouco de distância dele sem nenhuma sorte, atravessamos as portas de madeira abertas pelo profissional sorridente, perco o fôlego com o ambiente completamente vazio, as mesas todas iluminadas por velas e apenas uma única no centro do local com duas cadeiras acolchoadas vazias esperando.–Sou egoísta demais para dividir a sua beleza esta noite, cheshire O tom rouco tão próximo da pele exposta do pescoço causa um arrepio subindo pela espinha, estremecendo os nervos, a porcaria do apelido misturado às palavras em russo reacendendo a chama da loucura que senti ontem. Ergo o rosto encontrando o olhar, abrindo um sorriso sem conseguir conter um pouco mais a língua solta. –Parece mais um adolescente querendo atenção. –Digo deixando o ácido atingir nós dois.Abro ainda mais o sorriso sem conseguir conter a satisfação com o desconforto do homem, desfaço o aperto da mão no quadril fazendo questão de rebolar ao desfilar entre as
RomanUma menina usando esse vestido, quase consigo ver as asas escapando das suas costas e pela raiva em ser provocada a forma como as penas caem ao chão, deve ser magnifico caso exista um plano assim, tenho certeza de que admirar a forma que tenho em corromper sua alma deve ser magnífica.Adoro a forma como o olhar surpreso deixa as feições dela ainda mais encantadoras, mesmo que por baixo dessa pele exista uma tigresa pronta para usar as garras, a sensação irritante por perceber como se importa com aquele defunto é completamente nova, causa um amargor que tento dissipar com o vinho de forma ineficaz. Por isso preciso, pior, sinto essa necessidade crescente em entender um pouco mais dela, saber se perdoaria ele, se pretendia ter apenas uma foda comigo para se vingar e voltar para o idiota.Estalo os dedos em um gesto nervoso pois sinto essa besta se contorcendo por dentro quase digo quase se encolhendo diante do que pode responder, completamente fora do habitual, nenhuma das minhas
LunaEu matei ele!Três palavras, capazes de destruir o mundo imaginário do qual contribui para acreditar que ainda existe esperança para a humanidade, uma fantasia distorcida na busca de sobreviver às diversas circunstâncias aterrorizantes vendidas em noticiários o dia todo, nas pequenas reações capazes de destruir momentos bons, uma imagem criada e vendida para fazer com que a sociedade finja estar acima de qualquer enfermidade, acima dos problemas, a mente que no momento se faz frágil desolada pelo desespero do luto. É doloroso, sentir o quanto somos hipócritas com apenas uma simples frase decretando e expondo a realidade baseada na compreensão do ser, somos pequenos diante do todo, não existe uma doença que torne um ser humano mais forte, são apenas alterações da natureza buscando forjar novas gerações adaptáveis ao meio, o adoecimento trazendo a tona nossa face mais sensível a verdadeira essência do nosso ser por expor a crueldade da finitude a qual estamos fadados. Sinto a cab
LunaSinto o quão estou perdida em meio a tantas coisas acontecendo como uma avalanche derrubando todos os muros de proteção para destruir a minha casa.O chão frio contra a pele das minhas coxas só aumenta o arrepio que sinto contra as mãos quentes que seguram os meus ombros enquanto sou puxada para cima do seu colo, sentindo a respiração forte batendo nos fios, os dedos calejados fazendo um caminho pelo tríceps como se tentasse transmitir algum tipo de conforto.Como se ele que causou isso, ele é o causador dessa dor que dilacera, seguro o tecido da sua roupa com força, com fúria de nós dois, mas principalmente por sentir a mínima atração por ele quando apareceu ontem naquela areia atravessando no meio das pessoas ignorando a minha vontade de correr na direção contrária, deveria ter seguido meus instintos ao menos uma única vez na vida, acabei sendo burra, as pontas dos dedos seguram com firmeza em meu queixo erguendo o olhar para encontrar a expressão calma e a fúria no fundo dos se
LunaEle soltou meus cabelos rapidamente, soltando uma risada de escárnio, poderia existir mil barreiras construídas para ele ser capaz de enganar tanto, e a melhor parte da frieza que toma conta das minhas emoções é usá-la todos os dias para diagnosticar quando alguém deseja um atestado para faltar o trabalho ou quando mente dizendo que não dói tanto porque não quer correr o risco de ficar internado. Todos os dias o meu trabalho é desvendar as mentiras que as pessoas contam para si mesmas, jogando a doença para uma realidade paralela se pondo a frente de todos os sintomas querendo manter a imagem de insuperável. Por baixo de toda a irracionalidade, permeada pelo luto se misturando a todas as respostas dadas pelo corpo dele, consigo ler com perfeição o quanto está tão abalado quanto estou por ele. Contudo, isso não o redime de seus pecados e a porra da minha mente sádica não vai esquecer por nenhum momento o que sinto por um assassino. –Você é só mais uma puta, garota. – Fala de m
Roman Não existe ar suficiente nos meus pulmões a bunda branca marcada pelos meus dedos,sinto pela primeira vez na vida que estou exausto após um sexo comandado pelas labaredas de ódio e desejjo entre nós olho para a bunda branca me deixa furioso e excitado outra vez, não consigo lidar com ela, não consigo saber que se enfiou nesse banheiro para chorar por um traidor, não suporto escutar suas palavras destilando ódio e menos ainda o olhar frio que atingiu a muralha de gelo atada na minha alma como uma bola de demolição pronta para causar estragos irreparavei em um alicerce que demorei tanto para construir e solidificar principalmente para reerguer após a morte de Eva. Luna, despertou uma fúria por me fazer desejar enxugar suas lágrimas fazendo o demônio solto das correntes lutar para quebrar a jaula, por querer ser seu ponto de conforto, por desejar sanar a sua dor, levando a minha mente a insanidade ao desejar calar sua boca ferina, perdendo toda a compostura que um Dom deveria te
Roman Os pingos de sangue incapazes de serem notados por um olhar não treinado na camisa de linho preta, o cheiro da morte incrustrado como gordura nas minhas roupas se misturando as lágrimas que ela estava derramando pela porra de um traidor com o qual cheguei a ser bondoso dando uma morte rápida. Aqueles homens naquela cozinha me traíram, usaram e abusaram de crianças para esconder drogas em troca de comida, algumas garotas foram levadas para os pontos de prostituição e por toda a porra do meu dinheiro se os homens que deixei não voltarem para a Rússia carregando os corpos desses fudidos voltarei pessoalmente para fazer isso. Existe muita merda que faço em nome da Bratva, outras bem piores e ainda assim, nenhum dos meus homens é capaz de tocar em uma criança, por isso fiz questão de enviar o pau deles para o novo escolhido como um recado de se lembrar quem manda e como as coisas devem acontecer. Kyro pareceu ter gostado do garoto, o colocando debaixo da asa arrastando a mãe do mo