Melinda de Sá
Acordei bem disposta pela manhã, acho que as risadas que dei com Joice foram suficientes para me fazer ficar bem. Comi um sanduíche e o restante do bolo de cenoura que ela havia feito e liguei para o Vicenzo pra avisar que ia buscar meu carro. Tomei banho e vesti um vestido preto simples.Peguei um Uber até o apartamento dele. Na portaria o porteiro já me conhecia e permitiu que eu subisse direto.Peguei a chave em baixo do tapete e abri aporta. O local estava cheirando a perfumefeminino, revirei os olhos, deveria ser o deSara.- Oi? - perguntei, mas não houve resposta - Ótimo - Adentrei no local e fui até o quarto, a cama estava toda bagunçada, no chão tinha uma calcinha preta e minúscula, que nojento.Procurei as chaves do meu carro na mesa de cabeceira na segunda gaveta onde ele falou que estava, mas não achei. Fui para a cozinha e a vi sobre o balcão. Junto estavam algumas anotações.Em uma letra de forma bem grande tinha números de telefone e em cima escrito bem grande "Clinicas de aborto". Meu coração quebrou, não podia acreditar que o Vicenzo tinha sido capaz de me deixar um bilhete dizendo que não queria nosso filho.Meus joelhos vacilaram e eu caí no chão emmeio às lágrimas. Ele era meu melhor amigo, por que não tinha dito diretamente para mim que não queria o filho? Por que deixar apenas um bilhete jogando isso na minha cara? Ele parecia tão mais calmo que eu ele até já estava falando com o bebê como pode.Estava chorando e soluçando.Rasguei o papel ao meio e joguei no chão.Peguei a chave do meu carro e deixei oapartamento. Meus olhos estavam embaçados por conta das lágrimas, quase tropecei na porta do elevador.Respirei fundo tentando me acalmar, nãopodia chegar ao trabalho assim. Já dentro do meu carro soquei o volante inúmeras vezes enquanto xingava o Vicenzo.Ele não queria o filho? Não precisava sepreocupar, pois não o veria. Iria acabar com a preocupação dele, iria me afastar, não queria nunca mais vê-lo na minha frente. E assim seria, pelo bem do meu filho eu vou cuida dele sozinha.Dei partida e segui para o canteiro de obra onde trabalhava. Sequei as lágrimas dos meus olhos que me impediam de ver às vezes. Quando estacionei na minha vaga habitual meu telefone tocou. A música era a que sempre tocava quando Vicenzo ligava. Silenciei o celular e limpei meu rosto.Era muita cara de pau a dele, deve está ligando para saber se eu vou tirar o meu filho. Só nos sonhos dele eu vou ter e cuida do meu bebê independente dele querer ou não.Ergui a cabeça enquanto ia até o canteiro de obra. Hoje era dia de supervisionar a obra já estive muitos longe do canteiro eu odeio ficar longe do meu trabalho, mas compro direitinho porque tinha que pensar no meu serzinho eu nunca coloquei um atestado nos meus três anos de trabalho nesta construtora.Meu coração doía ao lembrar do bilhete sobre a o balcão. Mas minha cabeçadominava o meu corpo e me lembrava de que eu deveria ser racional. E ficar no meu trabalho coloquei meu capacete rosa ( sim eu uso um capacete rosa e o meu colete tem detalhes rosas eu amava porque a minha avó tinha me dado quando eu passei em engenharia.- Bom dia - Falei para o pessoal.- Olha ela, está melhor Melinda? - um dos pedreiros perguntou com cara de preocupado- Está cara dela não diz nada disso - o Manoel falou se aproximando.- Não estou muito bem, mas coisas da vida né, me conta como estão as coisas - falei pegando a planta.- Tivemos só um pequeno problema com a fundação...- Por que não me ligaram?- Você nunca fica doente aí não quisemos incomoda - o Manoel falou.- Mas vocês sabem que qual coisa era só falar, e me contem como vocês resolveram isso que já vou observar tudo para ver se está bem feito.- A chefinha voltou - o José falou com um sorriso, ele tem idade para ser o meu pai e ele sempre me tratou com muito respeito desde que entrei na empresa.- Bom saber que vocês sentiram a minha falta eu já estava quase pintando o teto do meu apartamento de tanto tédio. - falei abrindo a planta.- Imagino, então vamos trabalhar, tivemos um problema com a sustentação o cara que ficou no seu lugar mandou trocar a base - ele começou a me explica o que o idiota do Fabrício mandou fazer ele está doido para baratear a obra, mas não dá para fazer isso na sustentação.Estou tentando manter a minha cabeça só no trabalho para manter a triste longe, tinha que deter meus hormônios também, estava me segurando para não chorar, era muito difícil. No meu horário de almoço todos foram almoça e me sentei no cantinho atrás do murro que estava sendo erguido só deixei as lágrimas rolarem.- O que você está fazendo aqui? - o José perguntou já estava ali chorando por um tempo. - Está tudo bem Melinda, você está passando mal?- Oi José eu só estou um pouco enjoada - falei e ele me deu um potinho com sala de fruta.- Você nunca figio da comida achei estranho, está tudo bem mesmo?- Vai ficar - falei mentalizando isso.Ele saiu e fiquei tentando mentalizar que ia ficar tudo bem. Mas a decepção era o que mais me afligia. Pensei em ligar para ele e xinga-lo, mas não tinha nem estômago para isso. Limpei minhas lágrimas e olhei para a salada de fruta a minha mão, creio eu não ia comer issoRespirei fundo abaixei minha cabeça abraçando o meu corpo e chorei mais um pouco. Quando deu minha hora de ir trabalhar novamente segui com a cabeça erguida, e como a fome bateu comi o potinho de salada de fruta.Tive que ir na construtora para entregar umas coisas e justificar uns gastos, e enquanto eu descia as escadas, por conta da minha impaciência em esperar aquele elevador que estava demorando demais, meu celular começou a vibrar no meu bolso. Peguei e li escrito o nome do Vini com um número exagerado de corações depois do nome dele.Fiquei olhando nossa foto que aparecia na tela, meus olhos se encheram de água. Bloqueei o celular e fui secar minhas lágrimas, devia estar dispersa, pois só senti meu corpo trombando em algo.Braços seguraram os meus, levantei a cabeça e encontrei um dos estagiários. Não fazia a mínima ideia do nome dele, mas algo me dizia que eu deveria descobrir.Seus olhos de esmeraldas sorriram junto com seus dentes brancos.- Desculpa. - pedi.Dei um passo para o lado e vi seu crachá naaltura da cintura. Apertei os olhos para tentar ver o nome dele. Diego ou Diogo?- Diogo. - ele disse respondendo minhapergunta mental.Sorri envergonhada por ele ter notado queeu procurava saber o nome dele. Uma gotade suor escorria sobre sua pele morena, elepassou a mão na testa e eu o olhei de cima abaixo analisando todo o seu corpo, caramba, ele era bem gostoso.- Melinda - estendi a mão.Diogo riu e pegou minha mão.- Sei quem você é, aliás, você quem mecoloca para trabalhar, sou o novo estagiário, comecei tem duas semanas.Agora ferrou, ele deveria me odiar.Semi encerrei os olhos e desviei o olhar.- Desculpa? - perguntei subindo os ombros.- Relaxa! - ele riu. - Você é minha chefe.Aliás, acho que veio até aqui falar comigo.Olhei na prancheta e realmente lá estavao nome dele como estagiário do setor. Quanta coincidência. Ele apontou para a porta que ficava no final da escada.Caminhamos em silêncio até a grande área de maquetes 3D dos projetos.- Preciso da nova planta.com as alterações...Diogo me lançou um olhar profundo, corei na mesma hora e olhei para a mesatoda bagunçada. Aquele era um olhar dedesejo? Não, para de ser louca MelindaMeus hormônios estavam me fazendo ter cada ideia viu.- Vou pegar. - ele falou.Sentei na cadeira, meus pés já doíam, poistrabalhar na supervisão era pedir para ficar com os pés inchados. Apoiei minha cabeça no encosto e esfreguei minhas têmporas.- Dia ruim? - Diogo perguntou colocandouma pasta e a planta sobre a mesaque deveria ser dele e eu estava folgadamente ocupando.- Semana ruim. - respirei fundo e pegueia pasta. - Por que não temos esses gráficosdigitalizados mesmo? - reclamei.- Boa tese para um TCC. Aliás, estouprecisando de uma.- Em que período você está? — perguntei a ele.- No último.Analisei os gráficos e notei o logo um erro nos gasto, neste período que eu não estava e vi a mudança nos materiais por inferiores, mas os preços estão maiores.- Seus gráficos são bons para alguém queainda não terminou a faculdade, principalmente neste anos de pandemia - sorri, mas não sei se ele notou, mesmo com a liberação do uso de máscaras, resolve continua usando, tenho que pensar na segurança do meu filho.- Está bom mesmo? - ele perguntou.- Quando eu falo que não dá para me afastar é justamente por causa disso preciso resolver algumas coisas com o Fabrício destas mudanças, mas vocês está mandando bem nas planilhas e gostei da alteração, mas toma cuidado, porque um erro na fundação é um perigo com todo o edifício- Obrigado pela dica!- Que isso, sempre que precisar!- Aliás, sei que é muita cara de pau da minha parte, mas iria me ajudar muito mais dicas como ess... — ele se apoiou na mesa.Fiquei um tempo observando seu rosto detraços firmes, ele era muito bonito, seuscabelos cacheados e volumosos me deixavam morrendo de vontade de pular no pescoço dele. Hormônios se controlem. Limpei a baba.- Claro, até porque você é meu estagiário... - olhei mais uma vez para os gráficos. - Quero você na obra para aprender de verdade.- Estarei lá.Perfeito. Peguei a pasta que estava sobrea mesa dele e levantei. Notei seu olharenquanto pegava minha prancheta também. Fiquei sem graça e apenas acenei indo embora.Acelerei o passo quando cheguei às escadas.Como nunca notei esse homem por aqui?Abanei-me e fui subindo os degraus de doisem dois. Senti meu celular vibrando no meu bolso, caramba tinha até esquecido disso.Peguei o celular e lá estava Vicenzo me dando um beijo na bochecha e fazendo chifrinho em mim, senti vontade de atender e xinga-lo até não ter mais voz, ou de tacar o celular na parede, mas apenas respirei e subi até o andar de controle maquinário.Conversei com o responsável por aquela área e expliquei que talvez houvesse um problema com a fundação e os materiais queria ver se ele sabia e deixei claro que eu não podia assinar aquilo, ele ficou de analizar melhor.Meus pés já latejavam de ficar ajudando um dos engenheiros com uma obra que o cálculo do material, ele me fez ir na obra para analisar tudo, e ver a fundação que ele não estava aprontando a fundação do gás, o que me vês fica subindo e descendo 12 andares para ver o defeito.Quando minhas costas reclamaram e o relógio anunciava o fim do expediente. Fui até o meu carro, peguei minha bolsa.Antes de ligar o meu carro, meu celular começou a vibrar, novamente peguei e olhei a imagem.Desliguei na mesma hora, eu ainda não consigo acreditar que ele deixou aquele bilhete, é o nosso filho, não melhor é o meu filho, mesmo ele não querendo eu já o amo, e sei que foi só um erro de uma noite, mas ele é o meu filho.Fiz um caminho diferente dos diários, para a casa do meu irmão mais velho, só precisava de colo naquele momento.©©©©©©©©©©©©©Continua...Vicenzo FragaO que estava acontecendo que ela não me atendia? Na minha cabeça mil coisas passaram. E se ela tivesse passando mal? Ou sofrido um acidente?A Mel sempre me atende, e quando não pode me manda uma mensagem.lMinha cabeça rodava enquanto eu atendia alguns clientes. Queria deixar tudo ali e ir atrás dela. Só queria entender por que ela não respondia minhas mensagens, não atendia minhas ligações. Ah dona Melinda eu vou te matar quando te achar.Liguei para o escritório dela e disseram queela estava resolvendo um problema em uma obra. Ou seja, aquela ser humana pequena esteve me ignorando? Pelo menos estava viva.No final do dia depois do expediente jogueimeu celular no banco do passageiro e dirigipara o apartamento da dona Melinda que estava desaparecida. Pra começar o carro dela não estava na garagem, puta que pariu, o que eu tinha feito para ela? Acenei para o porteiro e corri para pegar o elevador até o último andar. No meu chaveiro do carro pegue a chave da porta dela
Melinda de Sá Explicar toda a situação de uma forma queMurilo entendesse era um problema. Passei o caminho da casa dele dizendo que aquela não era a letra do Vicenzo e sim da namorada dele e tudo mais.Ele estava nervoso ainda, porque, aliás, eucontinuava grávida. Quando eu contei paraele na noite passada, ele começou a quebrar sua coleção de carrinhos. Ele sempre foi muito protetor. A frase que mais ouvi na minha adolescência dele foi "quando ele quebrar seu coração, não venha chorar pra mim." e eu sempre ia e o Murilo nunca me negou atenção.- Peça desculpas para o Vicenzo, sabe como é né, fiquei um pouco nervoso. - disse coçando a cabeça quando parei em frente à sua casa.Apertei os olhos e dei um beijo na sua bochecha.- Obrigada por cuidar de mim na noitepassada, apesar dessa sua violência! - revirei os olhos.- Me liga assim que for no médico, ou melhor, quando for ao médico eu quero ir junto, se cuida viu e cuida do meu sobrinho e qualquer coisa que o Vicenzo apronta você
Vicenzo ferreira Minha alma estava mais leve, depois da reconciliação com minha melhor amiga eu me sentia flutuando. Passei a noite na casa dela e ainda bem que eu estava lá, porque no meio da noite ela teve um pesadelo que pareceu a abalar muito. Assim que escutei seus gritos sai correndo da sala para ir ver o que acontecia.Tive que tomar Melinda em meus braços por um bom tempo até que ela se acalmasse. Por sorte o restante da nossa manhã foi muito divertida e consegui fazer-la esquecer do pesadelo.Fernanda tinha deixando meu celular novo com o porteiro. Ótimo, já estava sentindo falta, desembalei no elevador e já fui conectando ao meu Wi-Fi. Minha secretária tinha configurado tudo e só me restava checar todas minhas redes sociais.Quando cheguei em casa meu telefone fixo tinha umas dez mensagens de voz, o que é super estranho, aliás, que ser humano nos dias atuais deixam mensagens de voz? Eu já acho estranho ter um telefone fixo, mas a Melinda me fez colocar um quando me mudei, e
Gabriela de Sá Passei meu sábado comendo e revendo unspapéis que ajudaria no maior desempenho de alguns setores da empresa. Pela noite apenas procrastinei, fiquei deitada no sofá comendo batata frita que pedi num restaurante ali perto.Coloquei minhas séries em dia e fui procurar saber mais da minha pós-graduação. Eu não nasci pra ficar parada, e por mais que meus pés pedissem descanso, eu só conseguia pensar em ir bater perna no shopping. Masdesisti assim que meu telefone tocou.— Alô?— Gabriela, você pode me explicar que história é essa de você estar grávida? — minha mãe gritou do outro lado da linha.— Oi mamãe, tudo bem com a senhora? — falei respirando fundo que já sabia que ia ouvir.— Bem é o caramba! Tive que descobrir por uma vizinha, isso que você ouviu eu tive que ouvi fofoca das vizinhas para saber que minha filha está grávida. — minha mãe falou berrando está realmente com muita raiva.— Calma, māe! Eu também descobri um diadesses. — falei meus sem graça sabia que a b
Vincenzo FragaEncarei os rostinhos de Maria e Gabriela, que estavam deitadas sobre meu corpo enquanto dormiam feito dois anjos. Tirei o l óculos da minha amiga e deixei no sofá. Incrível como meu coração saltitava com aqueles momentos, eu realmente era feliz ao lado daquelas duas baixinhas. Se alguém me pedisse para escolher algumas memórias de momento felizes da minha vida, eu escolheria três que me marcaram muito.O primeiro foi um dos aniversários da Maria, o de 10 anos, meu irmão fez uma festa no salão do meu prédio. Ela já era meu xodó desde que nascerá, eu e meu primo, Arthur, que era padrinho dela, sempre disputávamos a atenção dela. Nesse episódio, lembro dela fazer um discurso para as pessoas importantes para ela, e eu fui incluído nisso, suas palavras foram muito mais madura do que de uma menina que tinha acabado de completar 10 anos.Na verdade, ela sempre foi muito madura, e eu me orgulhava muito disso. Naquele dia lembro de chorar feito bebê, está bem confesso, eu sempr
Melinda de Sá Acordei na segunda feira bem cedo por falta de sono, resolvi que iria arrumar as roupinhas que havia ganho no dia anterior.Comecei colocando tudo sobre a cama e dobrando, depois arrumei nas gavetas do meu guarda roupa.Fui tomar um banho, aliás, era dia de trabalhar. Vesti uma calça linho preto com uma camisa com uma frase " Se eu soubesse o que eu sei hoje, eu erraria tudo exatamente igual" e peguei uma jaqueta confo, segunda e sexta era dia de supervisão, andar para cima e para baixo em campo de obra, era um bem cansativo, então pedia uma roupa confortável, já que tenho que ficar da obra para o escritório, se eu pudesse só ficava na obra, não gosto muito de ficar em escritório.Prendi o cabelo num rabo de cavalo apertado e coloquei meu all Star azul. Estava pronta para mais um dia de trabalho. Quando olhei no relógio notei que se não saísse agora ia chegar atrasada, corri para o estacionamento do prédio.Saí ultrapassando todos os barbeiros que tinham pelo caminho,
Vincenzo FragaHoje é terça-feira e já estou me arrumado aqui no escritório para ir com a Mel ver como nosso filho está, estou louco para saber se está tudo bem.Ontem a Sara veio aqui em casa, e não sei como ela consegue isso, mas mesmo estando com raiva nós tivemos uma noite agradável.Só que agora ela está aqui batendo o pé e infernizando a minha vida.— Não faz sentido algum você ir. — argumentei nervoso.— Por que? Vai ter algo demais? — a Sara colocou a mão na cintura e me encarou. — Qual problema de eu ir ao ultrassom do meu enteado?— Tem muito, ou você esqueceu do que você fez, então tem muito problema sim! — fui até minha mochila e tirei uma camiseta do Capitão América.— Quantas vezes vou ter que dizer que você não é criança pra ficar usando essas roupas? — revirou os olhos. — E qual é o problema então? O que foi que eu fiz? — ela pergunta com a cara mais sínica do mundo.— Você vai olhar com que cara para a Melinda depois de ter deixado aquele bilhete? Você acha que ela
Vincenzo Fraga Estava nítido o ciúmes na cara da Sara, a Melinda logo saiu do abraço, e a minha namorada correu até nós dois primeiros me abraçou e tentou abraçar a Melinda, mas a mesma se afastou ela odeia falsidade.- Como está meu enteado? Tem fotos? - ela perguntou toda entusiasmada.Estendi a foto para ela, que deu um pulo na minha frente para pegar a foto.- Olha que fofinho, já sabe se é menino ou menina? - ela perguntou com um sorriso olhando para a foto do ultrassom.- Ainda não sabemos - responde.- Eu não vejo a hora de saber o sexo, podemos usar o quarto de hóspedes para fazer o quarto do bebê, se for menina ele vai ser todo rosa bem princesinha, e se for menino eu pensei em um quarto estilo marinheiro - ela começou a falar mil coisas sobre o que o bebê precisava, que iria comprar um carrinho e um berço para deixar na minha casa, para quando ele fosse ficar na minha casa.Não compreendi de imediato essa empolgação dela, mas talvez fosse uma forma de se redimir.- Ele ou e