Vincenzo Fraga Estava nítido o ciúmes na cara da Sara, a Melinda logo saiu do abraço, e a minha namorada correu até nós dois primeiros me abraçou e tentou abraçar a Melinda, mas a mesma se afastou ela odeia falsidade.- Como está meu enteado? Tem fotos? - ela perguntou toda entusiasmada.Estendi a foto para ela, que deu um pulo na minha frente para pegar a foto.- Olha que fofinho, já sabe se é menino ou menina? - ela perguntou com um sorriso olhando para a foto do ultrassom.- Ainda não sabemos - responde.- Eu não vejo a hora de saber o sexo, podemos usar o quarto de hóspedes para fazer o quarto do bebê, se for menina ele vai ser todo rosa bem princesinha, e se for menino eu pensei em um quarto estilo marinheiro - ela começou a falar mil coisas sobre o que o bebê precisava, que iria comprar um carrinho e um berço para deixar na minha casa, para quando ele fosse ficar na minha casa.Não compreendi de imediato essa empolgação dela, mas talvez fosse uma forma de se redimir.- Ele ou e
Melinda de Sá Quem aquele garoto que se dizia meu melhor amigo pensava que era para cogitar dividir meu filho com aquela vadia da namoradinha filha de mãe dele? E ainda mais brigar comigo achando que eu queria afasta-lo, do nosso filho.Meus dias de cão fizeram me aproximar mais de Diogo, que me convidou para um jantar na sexta, mesmo dia em que aquele idiota, que eu estava morrendo de saudade, resolveu me ligar, somente para fazer minha cabeça voar para outra dimensão.Desliguei o celular me sentindo um pouco culpada, ele tinha passado por cima do seu orgulho e eu não tinha baixado a crista. Eu conheço muito bem o Vincenzo e ele não é de passar por cima do seu orgulho, e estou me sentindo culpada.Tentei me concentrar no jantar e tentar esquecer isso, depois falaria com Vincenzo.Depois de ouvi a voz do Vincenzo perde a mínima vontade que ainda tinha para me arrumar, resolvi colocar uma calça jeans escuta com um blusão de frio da webtvzeiro, com a frase "a vida é bela nois é que fod
Melinda de Sá Acordei no dia seguinte na cama do Diogo, estava entrelaçada em seu corpo. Olhei para os lados e tentei me afastar, levantei e procurei meus óculos, encontrei no criado mudo e coloquei. Vesti minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão.Não podia sair as escondidas, mas também não queria mais ficar ali, não sei, mas senti um vazio estranho no peito, algo que não sabia explicar muito bem. Cheguei ao lado dele e chacoalhei um pouco seu ombro.- Diogo, tenho que ir embora.Ele demorou para abrir os olhos e parecendo ainda estar dormindo assentiu voltando a dormir. Fui até a cozinha e deixei um bilhete, em um bloquinho que tinha na geladeira, dizendo que tinha ido embora.Dei partida no meu golzinho em direção a minha casa que ficava um pouco distante dali. Aquela sensação de vazio parecia me atingir cada vez mais durante o caminho.Parei em um cruzamento e peguei meu celular, tinha muitas mensagens no grupo da minha família marcando um almoço para comemorar o dia das mã
Vincenzo Fraga— Bom dia, flor do dia. — falei arrumando o cabelo loiro da Melinda. — Feliz dia das mamães.Ela abriu os olhos, os apertando tentando enxergar direito. Peguei seus óculos remendados e entreguei a ela que colocou em seu belo rosto.— Bom dia. — ela olhou todo o quarto de hospital repleto de flores. — O que é tudo isso?— Pra comemorar o seu primeiro dia das mães.Um sorriso lindo atingiu seu rosto e seus olhos se encheram de lágrimas, meu deus, eu não aguentava mais ver ela chorando, se soubesse não tinha colocado aquele tanto de flores ali.— Obrigada.— Mel, não chora.— É que eu não esperava ganhar nada do dia das mães, caramba, eu sou mãe. — levou a mão até a barriga alisando.— Sim, você é uma mãe! E por isso, quando sairmos do hospital, vou te levar para um almoço de dia das mães.— Sério? — seus olhos brilharam.Assenti e ajudei ela a se sentar na maca.Ainda estava bem abatida, tinha dormido a noite toda, também depois de tanto calmante que deram pra ela. Estava
Melinda de Sá Minhas costas me lembrava a todo momento que eu tinha uma dívida gigante com a seguradora, que meu carro estava destruído, que minhas memórias estavam me deixando doida e que eu não devia mexer no celular enquanto dirigia.Já era quinta feira e eu tinha que ficar de repouso. Joice veio me visitar no dia anterior e contei para ela sobre as minhas alucinações, que ela tentou a todo custo me convencer de que eram memórias. O pior era que ela usava argumentos bons em relação a isso, o que me deixava cada vez mais confusa.Essa história de acidente deve ter me atendido uns 3kg, ficar em casa sem fazer nada me fazia atacar a geladeira, e todos que iam me visitar levavam alguma coisa.Minha mãe e meu irmão resolveram me visitar, e levaram uma linda torta de morango que ataquei sem medo de engordar. Joice preparou um bolo de prestígio que acabou em dois dias. Maria me deu uma caixa de bombons que não preciso dizer que ninguém nem viu a cara.Além de gorda acabaria diabética ao
Vincenzo - Calma Mel, eles não podem fazer isso — falei e afaguei seus cabelos.Melinda tinha chegado naquele final de noite no meu escritório, estava chorando e com uma carta de demissão na mão. Tentei a todo custo dizer a ela que eles não podiam fazer isso, pois ela estava grávida, mas ela só chorava.-Como eu vou pagar meu aluguel? E meu carro? E o concerto do carro?- ela falou despertada.– Mel, olha pra mim. - coloquei minhas duas mãos na maçã do rosto dela e limpei suas lágrimas que escorriam por debaixo dos seus óculos.- Está lembrada que eu me formei em direito? Que eu sou advogado? E que eu trabalho nesse escritório resolvendo casos do tipo? Mandar uma funcionária grávida embora e sem nenhuma causa ainda, é errado, existem leis para isso. Vamos entrar com um processo e vai ficar tudo certo.- Processos demoram séculos, quem vai me dar emprego comigo estando grávida? O que eu vou fazer agora?- soluçou.- Para de desespero, Melinda! Na segunda feira mesmo nós vamos lá conversa
Vincenzo Na segunda feira, depois de um domingo extremamente irritante com a família, completamente fresca da Sara, me julgando por ter um filho com outra mulher, sinceramente eu pensei em terminar com a Sara inúmeras vezes, mas tenho medo de fazer isso e não consegui me conter perto da Melinda sei que ela só me ver como amigo e ela não pode surta tenho que pensar no meu filhinho.Me arrumei, fiz a barba e coloquei meu melhor terno, peguei minha pasta e segui para a fábrica onde Melinda costumava trabalhar.Peguei o elevador que levou muito tempo para parar no andar do RH. Fiquei em uma fila demorada em frente à porta, aliás era uma fábrica grande e normal ter toda essa demanda de gente.Arrumei meu cabelo e quando chegou minha vez de ser atendido pedi para conversar com o responsável judicial, mais um tempo de espera e me guiaram até uma sala, uma mulher robusta e de cara fechada sentou de frente para mim.- Então o que o senhor deseja?- ela perguntou com um cara péssima como se já
Melinda de Sá -O que você está fazendo com esses óculos de novo?-perguntei rindo quando abria porta e encontrei Vincenzo usando a armação vermelha no rosto.Ele me surpreende passou os braços em volta do meu corpo e me deu um abraço forte, ele parecia com medo de algo. Aquele momento fez eu lembrar de quando ainda estávamos no ensino médio, ele enfrentava muitas brigas dos seus pais e vinha correndo para meus braços.O Vincenzo sempre foi muito carente em relação àquilo, seu Marcelo era um ótimo pai, o criou muito bem, porém a separação dos pais criou uma carência gigante nele. Quando ele ia almoçar na minha casa de domingo, sempre dizia que queria pais como os meus, que sempre estavam juntos e dando carinho para os filhos.Durante a faculdade enquanto amadurecia ele foi criando consciência sobre o relacionamento dos pais dele, Rick sempre foi muito presente na vida dele, o que fez com que ele melhorasse a concepção de afeto que ele tinha. Pois tinha percebido que mesmo de um jeito "