Vincenzo Na segunda feira, depois de um domingo extremamente irritante com a família, completamente fresca da Sara, me julgando por ter um filho com outra mulher, sinceramente eu pensei em terminar com a Sara inúmeras vezes, mas tenho medo de fazer isso e não consegui me conter perto da Melinda sei que ela só me ver como amigo e ela não pode surta tenho que pensar no meu filhinho.Me arrumei, fiz a barba e coloquei meu melhor terno, peguei minha pasta e segui para a fábrica onde Melinda costumava trabalhar.Peguei o elevador que levou muito tempo para parar no andar do RH. Fiquei em uma fila demorada em frente à porta, aliás era uma fábrica grande e normal ter toda essa demanda de gente.Arrumei meu cabelo e quando chegou minha vez de ser atendido pedi para conversar com o responsável judicial, mais um tempo de espera e me guiaram até uma sala, uma mulher robusta e de cara fechada sentou de frente para mim.- Então o que o senhor deseja?- ela perguntou com um cara péssima como se já
Melinda de Sá -O que você está fazendo com esses óculos de novo?-perguntei rindo quando abria porta e encontrei Vincenzo usando a armação vermelha no rosto.Ele me surpreende passou os braços em volta do meu corpo e me deu um abraço forte, ele parecia com medo de algo. Aquele momento fez eu lembrar de quando ainda estávamos no ensino médio, ele enfrentava muitas brigas dos seus pais e vinha correndo para meus braços.O Vincenzo sempre foi muito carente em relação àquilo, seu Marcelo era um ótimo pai, o criou muito bem, porém a separação dos pais criou uma carência gigante nele. Quando ele ia almoçar na minha casa de domingo, sempre dizia que queria pais como os meus, que sempre estavam juntos e dando carinho para os filhos.Durante a faculdade enquanto amadurecia ele foi criando consciência sobre o relacionamento dos pais dele, Rick sempre foi muito presente na vida dele, o que fez com que ele melhorasse a concepção de afeto que ele tinha. Pois tinha percebido que mesmo de um jeito "
Melinda de Sá -Essa caixa está muito pesada!-reclamou.-Achei que eu fosse a grávida aqui.Vincenzo, estava levando mais uma caixa para o carro. Rick chegou atrás colocando outra caixa no porta-malas.- Sabia que foi assim que conheci minha esposa? Por conta dessa moleza do Vincenzo.- Você conta essa história toda vez, e sempre faz eu parecer um chorão – Vincenzo revirou os olhos.- Mas você é um chorão.- bati no seu ombro.-Contra fatos não há argumentos.- Rick deu outro tapa mais forte no outro ombro.-Isso é bullying.- É realidade.- Você engravidou minha irmã, está sem moral comigo.Era quarta feira, Vincenzo tinha tirado o dia de folga, Rick e Murilo também estavam ajudando a colocar tudo nos três carros e levar para meu novo lar. Naquele momento eu tive que concordar com minha mãe, eu era muitobagunceira, descobri inúmeras coisas que eu nem sabia que tinha.Muita coisa não iria caber, então tivemos que sair distribuindo minha louça, meu sofá, minha mesa e vários utensílios p
Vincenzo Fraga -Você vai dormir aqui? - perguntei para a Sara.- Já está tarde, acho melhor eu ficar. - ela falou se jogou na minha cama e se aninhou do lado direito. Eu estava todo suado, não aguentava mais carregar caixas. Era quase uma da manhã e nem banho eu tinha tomado.- Já volto.Fechei a porta e fui trancar as janelas. Rick e Maria tinham ido embora há pouco tempo, ela já estava no quinto sono. Murilo tinha ido bem antes, pois tinha que trabalhar cedo no outro dia.Fui até o quarto na frente do meu, abri a porta lentamente. Melinda estava encolhida sobre o colchão, sem travesseiro, lençol e coberta. Fui até o pequeno armário que ficava ao lado do banheiro e peguei a roupa de cama. Não queria acordá-la, então apenas coloquei o travesseiro e a cobri.Parecendo relaxada ela agarrou o cobertor e virou para mim. Sorri para seus cabelos desgrenhados. Eu não podia estar mais feliz por ter ela ali, não sei explicar, mas no meu peito tinha uma festa acontecendo. Nem passei no meu quar
Melinda de Sá Mandei inúmeros currículos para empresas, até conseguiria uma entrevista, porém seria descartada ao falar da minha condição de grávida.Vincenzo até tem condições para sustentar a mim e ao nosso filho, mas ficar naquele apartamento sem fazer nada o dia inteiro iria com toda certeza me deixar doida. Sem contar que a bonitinha da namorada do Vincenzo estava me tirando do sério.-.Sério qual é o problema de vocês - a Sarah falou abrindo os armários da cozinha— Só ignora - o Vincenzo falou baixinho sentando do meu lado e ficando na minha barriga.– Sério como vocês conseguem deixa a casa neste estado, eu gosto das minhas coisas organizadas.– Sarah relaxa vai a Mel não pode se estressar - o Vincenzo falou e beijou a minha barriga e depois beijou a minha testa - Eu vou trabalhar viu, qualquer coisa vocês me chama - ele falou e passou pela Sarah a beijando. - A casa está ótima, e a casa também é da Melinda, então deixa ela em paz - o Vincenzo falou antes de entrar no escritó
Melinda de Sá Estamos no terraço, ele não parava de olhar para frente. — Você é incrível sabia Falando isso Vincenzo passou o braço por minha cintura e me abraçou forte. Entrelacei meus dedos em seu cabelo e retribui aquele abraço. Meu amigo não estava bem, e eu daria um jeito dele ficar. -Quer ir passear? Ir pra balada? Você quer ...- ele pegou o meu rosto entre suas mãos. - Você gosta dela, não faça isso. Esfria a cabeça, eu vou dar um tempo para vocês resolverem tudo isso. Não toma nenhuma decisão sem pensar antes. - fiquei na ponta do pé e puxei seu rosto pra baixo, e dei um beijo em sua testa. - Estou aqui viu. -Eu tenho que pensar nele ou nela - ele falou tocando na minha barriga e o nosso bebê chutou. -Esfria a cabeça para tomar está decisão. - Você é a melhor amiga que existe. E por favor, me desculpe por tudo isso. - Você não fez nada de errado. Mas de verdade, deixa eu passar esse feriado na casa dos meus pais. Até vocês resolverem tudo isso. - Você promete que vai
"Se zona de conforto fosse ruim, não chamaria zona de conforto." - A grande família Vincenzo Estacionei meu carro em frente a um bar, nem sei direito onde estou. Saí da casa da mãe da Mel voando pela pista de volta a São Paulo. A viagem estava mais tranquila e eu agradeci por não ter batido o carro. Entrei e pedi cinco doses de tequila. Virei duas de uma vez e limpei a boca com as costas das mãos. O que eu tinha na cabeça? E se ela nunca mais olhasse na minha cara? Ou desistisse de morar comigo? Virei mais um copo de tequila. A única pessoa que eu não podia perder é a Melinda. Ela sempre esteve ao meu lado em todos os momentos. Se não fosse por ela, eu acho que nunca teria feito nada. Ela sempre me motivou, ela é minha melhor amiga. Não deveria ter me deixado levar por aquele cheiro tão familiar. Por que aquele desejo tão repentino de tê-la em meus braços? Pior que não era algo apenas carnal, meu coração quase parava diante daquela garota. Virei mais uma dose, agoniado pela ideia
Vicenzo — Ah esse Vicenzo! — ouvi a voz do meu pai. Abri os olhos sentindo uma dor de cabeça do cão. Meu pai estava na porta do quarto junto do meu irmão, e mesmo com a visão meio turva podia ver que a expressão de julgamento dos dois. — Ele acordou. — meu pai anunciou.— Aí minha cabeça. — reclamei de dor— Vai beber mais, moleque — Rick entrou no quarto me entregando uma aspirina e um copo de água. — Agora nos conte o que levou você a entrar nessa fossa.— Melhor tomar um banho antes, você está fedendo a álcool. — Meu pai falou apontando para o corredor.Obedeci meu pai sem nem reclamar. Minha cabeça latejava enquanto eu passava o sabonete pelo meu corpo. Ai que ressaca do caramba, isso porque quase não bebi. Em outras épocas já tinha sido mais forte em relação a bebida. Me sequei com uma toalha que Rick tinha deixado pendurada no boxe e vesti um short e camiseta que deveria ser dele também. Olhei minha cara no espelho, olheiras e decepção explicava tudo ali. Bufei e saí do banheir