capítulo 03

April narrando

olhei em volta e não conseguia acreditar em tudo o que estava acontecendo, isso só pode ser um pesadelo, porque eu tenho certeza que não cometi nenhum pecado pra estar sendo cobrada por ele.

— e como é isso o que fazemos lá?.- eu pergunto pra julia que respira fundo.

– eles pagam o valor do programa e nós temos que fazer o que eles querem, sair com quantos quiserem e assim vai.

– você tá brincando né? .- gisele fala revoltada.

— não, olha não dificultem as coisas se não todas nós pagamos o preço, eu sei que é difícil, mais depois ficamos fácil.- ela fala dando de ombros e eu respiro fundo tentando não surtar.

— eu não acredito que vou perder minha virgindade com um estranho que eu nem conheço e ainda por cima de qualquer jeito.- eu falo e a julia me olha com pena.

– sinto muito, mais é assim que vai ser daqui pra frente.- ela fala e ouço a voz do Tyler.

–claro que não, não será de qualquer jeito, eu vou ganhar muito dinheiro com isso, e você também, e vamos ao leilão, quem pagar mais vai ter o prazer de tirar sua virgindade.- ele fala e eu o olho incrédula.

– eu não vou fazer nada disso, eu não sou um objeto pra você me vender.- eu falo pra ele que dá um sorriso de lado

– aí que você se engana, você vai, se não dona Cláudia pagará o preço, você escolhe, hoje começaremos a avisar sobre você, então ninguém encostara em você até o dia do leilão, vai ficar no poste servindo de amostra até o dia, mais não se preocupe, você pode dar a sorte de encontrar um homem jovem, ou um velho bem nojento, só a tua sorte dirá.- ele fala jogando um pano pra mim.

– seu desgraçado, nós confiamos em você, como você pode fazer isso.- gisele fala indo em cima dele que segura ela.

–seu rostinho é lindo demais gisele, então não me faça acabar com ele.- ele fala segurando ela pelos cabelos.- essas são as roupas que vocês vão usar hoje, julia ajude elas com a maquiagem e como se comporta se não vocês já sabem como será o castigo de vocês depois.- ele fala saindo do quarto.

olhei bem pra roupa que ele me entregou e nem sei se isso é uma roupa já que não cobre absolutamente nada, como vou usar isso meu Deus, que vergonha.

– vem vou mostrar aonde vocês podem tomar banho, eu tenho algumas calcinhas novas, por sorte amanhã e dia de irmos as compras e vocês vão poder comprar o que precisam.

– sorte julia ? como você pode dizer que isso é sorte? não temos nem dinheiro.

– tudo o que usarem e adicionado na sua conta depois, só o fato de estarmos vivas loira e uma sorte, faz um ano que tô aqui e já vi várias morrer da pior maneira possível, eu sei que um dia vamos sair daqui, até lá temos que aprender a sobreviver do jeito que der.

Eu nem falo mais nada, não vou aceitar viver dessa forma, eles não podem me obrigar a fazer o que nao quero, mais por hora não vou fazer nada, preciso pensar numa maneira de sair daqui, antes que eu seja obrigada a me deitar com alguém eu prefiro morrer do que me sujeitar a isso. tomei banho e me enrolei num roupão que eu trouxe, pentiei meu cabelo e sai do banheiro indo em direção a cama que a alice disse que poderíamos dormir, somos em torno de umas 20 garotas aqui, algumas eu não entendo nem a linguagem que elas falam, peguei meu secador na bolsa e a Júlia foi tomar o banho dela.

– bom pelo seu vestido essa calcinha vai ficar muito boa nele.

– meu Deus, eu já tô pelada, ainda tenho que usar isso?.- ela confirma com a cabeça e eu respiro fundo pegando ela e visto

– consegue se maquiar ou precisa de ajuda? .- ela pergunta e eu confirmo.

– posso fazer uma maquiagem básica? .- ela nega .- então preciso de ajuda.

– vou pegar minhas coisas.- ela fala e eu confirmo, ela pega uma maleta na cama dela e logo volta, ela faz o preparo de toda a minha pele e o frio na barriga e o medo se instalam no meu corpo, não vou conseguir sair daqui, meus olhos enchem de lágrima e a Gisele me chama se abaixando na minha frente

– amiga, vai ficar tudo bem, só respira, você é forte amiga, vamos superar isso e arrumar um jeito pra sair daqui tá bom.- ela diz com os olhos cheios de lágrimas, acho que nem ela acredita no que tá falando.

– E até lá vamos fazer o que gisele? ficar com esses homens que nem conhecemos? seremos obrigadas a ficar com eles pra usarem e abusarem de nós? não dá, eu não consigo.- eu falo levantando agoniada, as outras meninas me olham com pena.

– april pensa na sua mãe, eu sei que é difícil mais você só vai conseguir fazer o que precisa e mantê-los seguro se pensar neles.

– isso é ridículo, como eu vou ficar com essa roupa? olha pra mim.- ela fala se olhando no espelho e eu viro olhando pra ela que tá com um vestido vermelho todo colado no corpo.

– você tá ridícula.- eu falo pra ela dando risada e elas me olham incrédula.

– da no mesmo que tá pelada, dá pra ver tudo .

– o meu também.- eu falo colocando o vestido preto todo aberto nas laterais e no seios, até a minha calcinha da pra ver

– Tão prontas minhas garotas? Essa noite quero ver vocês me dando muito dinheiro, tão me ouvindo?.- ele fala chegando no quarto pra nós levar pro bordel e eu respiro fundo sabendo que chegou a tal hora, que Deus me ajude porque ainda não acredito que tô passando por isso.

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