capítulo 05

Gisele narrando

fui pra trás do balcão com a Júlia, hoje vamos ficar no bar, não que eu seja uma pessoa que goste de beber, mais eu sei fazer uns drinks bem legal e isso pode me ser útil, vi quando os caras sr aproximaram da April, as vezes eu interfiro porque sei que ela é estourada, se eu não a ajudar ela vai ser castigada, a julia disse que eles pegam pesado quando não obedecemos, e não quero pagar pra ver. Os caras insistia nela a todo custo e o Tyler interferiu, ela ganhou um bom dinheiro e ele pegou.

– não ficamos com nada que ganhamos aqui? .- eu pergunto pra Julia que nega

— só as porcentagens, eles tiram o lucro maior e nós só ficamos com as porcentagens, mais toda semana temos que ir no salão e nós depilar, eles pagam e descontam de nós, parece uma dívida que nunca acaba.

– ai meu Deus, não sei até quando vou suportar isso.- eu falo e o cara que encostou no polidance querendo a julia se aproxima do bar.

– e aí loira, manda um drink aí pra mim.

– o que você vai querer? .- eu pergunto pra ele

–não sei, me surpreenda.- ele fala me olhando dos pés a cabeça, pego a coqueteleira e coloco, vodka, gelo, limão, açúcar e faço uma caipirinha, ele a todo momento não fala nada, só me olha, o Tyler tá andando de um lado pro outro olhando o movimento, os amigos dele estão na mesa bebendo tequila, enquanto ele fica rodando pelo salão, servi a bebida pra ele que levantou indo pra mesa e eu anotei na comanda dele.

–esse cara tá com cara de encrenca.- ela fala olhando pra ele sentado olhando pra April, pelo visto ele é aquele tipo de homem que não aceita um não como resposta.

– mesmo ficando aqui temos que dormir com os caras ?

– não, considere hoje como seu dia de descanso, o que não vai durar muito, ja que amanhã somos mandadas pro salão.- ela fala e eu respiro fundo vendo o homem levantar e ir até a April de novo.

– eu nunca fui em um bordel aonde não pudesse ficar com uma mulher, eu vou pagar por ela, eu quero ela.- ele fala segurando o braço dela que empurra ele se soltando e ele dá um tapa nela que cai no chão com o impacto, os seguranças vão pra cima dele e os amigos dele levanta indo até eles .

— já falei que ela só dança, quer dormir com ela, na semana que vem faremos um leilão, aonde estará sendo leiloada a virgindade dela, de o maior lance e você irá te-lá como quer, caso contrario, só depois do leilão.- ele fala com o rapaz que se solta dos seguranças.

– sendo assim vou esperar, ela vai ser minha custe o que custar.

– ótimo, agora vocês podem voltar a se divertir .- ele fala e todos voltam pra mesa.

– espero que ela tenha um bom psicológico, porque isso aqui e o próprio inferno, e se perceberem que estão mechendo com ela, tenho muita pena dela.

– ela é uma das mulheres mais fortes que eu conheço, e eu não sou capaz de deixar nada acontecer com ela.

– que bom, porque aqui ela precisa ser essa mulher forte.

– como conseguiu virar essa mulher fria ?- eu pergunto pra ela que suspira

– já passei pelo inferno e pela quase morte 1 vez, tenho meu filho que ainda precisa de mim, não posso correr mais o risco.- ela fala enquanto fazemos as bebidas, o local está começando a ficar cheio, já fiz vários drinks, já servi vários whisky, tequila.

– como assim quase morte ? .- eu pergunto curiosa.

– tinha uma menina aqui a um ano atrás, seu nome era Karina, um cliente se apaixonou por ela, e ela o convenceu de tirá-la daqui, ele chamou a polícia e disse o que o Tyler e a Hanna havia sequestrado as meninas, eu me manifestei achando que iam nos ajudar, o que foi em vão, os policiais entraram na folha de pagamento deles, a Karina foi morta e sua família toda também, e eu fui presa no quarto do pânico, fiquei lá uma semana sem comer e nem água podia beber, meu filho sofreu um ataque "misterioso" e então eu me dei conta que ou eu vou morrer ou vou matar meu filho e isso não pode acontecer.

– sinto muito por isso.- eu falo com ela que deixa uma lagrima escorrer e confirma com a cabeça.

– e desde então eu venho "obedecendo" pra não sofrer as consequências e nem por minha família em risco.

– ninguém nunca conseguiu fugir daqui?

– vocês duas tão falando demais, parem de conversa, e vão trabalhar.

– claro.- ela fala indo pro balcão repor a bebida do cliente.

– o que tá achando ? eu amo esse lugar sabia, aqui vem cada bofe lindo, queria eu poder dar pra eles.- ele fala piscando e eu fico incrédula.

– por mim você pode dar pra todos.- eu falo fazendo outro drink e entrego pro cliente.

– quero ver como você vai se sair amanhã, se o cliente reclamar você não recebe a noite.- ele fala saindo de perto de mim, respiro fundo e olho pra April que tá rodeada de homens a sua volta, que merda que eu fiz aceitando esse emprego, só Deus agora pra nós ajudar e nos tirar daqui. Hoje ficamos seguras, mais amanhã eu vou ter que ficar com alguém e eu ainda não sei como vai ser isso.

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