capítulo 08

Felipe narrando

E aí, mulherada! Vim me apresentar aqui pra vocês. Eu sou o Felipe, tenho 32 anos e trabalho como policial disfarçado já tem 10 anos. Quando comecei na profissão, eu era só um guarda de rua, mas queria mais. Ficava fazendo ronda nas ruas, ou então tinha que ficar na delegacia preenchendo papelada e rezando pra ter uma ocorrência, e isso não era pra mim. Então, fiz uma prova, me tornei melhor do que era e entrei pro FBI. Hoje, trabalho disfarçado.

A minha última missão acabou há um ano atrás. Eu destruí uma quadrilha de tráfico de crianças. Sou o melhor no que eu faço. Quando voltei da missão, meu chefe me chamou e disse que, há um dia atrás, chegou um homem na delegacia dizendo que conheceu uma mulher que havia sido traficada e precisava de ajuda pra tirá-la de lá. Os policiais disseram que iriam ajudá-lo e foram atrás do caso, mas no dia seguinte não tinha ocorrência e o cara sumiu do mapa. Um amigo que trabalha lá me passou que estão encobrindo e que passaram o caso.

Passei pro meu superior o caso e fui infiltrado em mais uma missão. Fui tentando me aproximar e, quando consegui, entrei como segurança. Estou há 9 meses esquematizando tudo pra derrubar eles, só que preciso de alguém de dentro. As meninas têm muito medo de alguma coisa, porque a última foi morta. Quando as últimas duas chegaram, percebi que a Alice é uma mulher difícil de lidar e a amiga tenta controlá-la. Ela vai ser perfeita pra me ajudar, só que agora preciso da merda do dinheiro pro leilão.

— Pensei que estivesse de folga. — Ele fala, vindo até mim.

— E estou, mas pensei em vir aproveitar a minha noite.

— Sabe que as meninas não trabalham hoje, né? Hoje é só o leilão e, a menos que tenha dinheiro pra participar, hoje você vai só olhar.

— Vou pensar nisso de participar.

— Se quiser, me comprar, tô à venda. — Ele fala com o jeito dele. Ele vive se jogando pra cima dos seguranças, mas até agora não achou ninguém que gostasse da fruta.

— Pena que tu não faz o meu estilo. — Eu falo, tentando parecer amigável.

— Uma pena mesmo. — Ele fala, jogando o cabelo imaginável dele. — Pode me ajudar a buscar as meninas? Só pra me fazer companhia? — Ele fala, olhando os convidados chegando.

Mandei uma mensagem pro meu chefe, que acionou o hacker. Vamos transferir o dinheiro pra conta da Hanna e, daqui a 1 semana, pegar de volta. Assim, ela só vai achar que foi roubada e não um golpe da minha parte. Ouvi o Tyler falar com a Alice e me dá muita pena dessas mulheres, o que elas fazem pra sobreviver e manter as famílias seguras é complicado. Hoje, vou tentar comprar ela e ver se consigo a sua ajuda. Na hora que ela saiu do quarto e caiu perto de mim, meu instinto me fez segurá-la. A mulher é linda pra cacete e cheirosa.

— Me desculpa. — Ela fala, levantando.

— Que desculpa o quê, garota? Um boy desse até eu quero me jogar nele. — Ele fala enquanto ela arruma a roupa. Não falei nada, só acenei pra ela e fomos andando até a boate. Ela tá tremendo e gelada. Posso imaginar o medo que ela está sentindo.

— Toma. — Eu estendo a garrafa de água pra ela.

— Obrigada. — Ela fala, pegando a garrafa e virando a água na boca.

O Tyler sobe no palco do polidance e começa o discurso dele. Fala demais essa porra. Alice tá aflita, se tremendo, enquanto as outras estão no salão, servindo bebida e sendo assediadas pelas mãos bobas.

— É, agora com vocês, a nossa atração da noite. Ela é virgem e, hoje, quem der mais vai ter o privilégio de tirar a virgindade dela. — Ele fala, e a Alice trava no lugar. Ela me olha e eu dou um empurrão nela, que se assusta e me olha feio. Dou a volta pelo palco e vou até uma mesa vaga. A Sam me traz uma bebida surpresa por me ver ali. Os outros seguranças vêm aqui nas folgas e elas são obrigadas a atendê-los, já que eles pagam.

— O lance inicial é de mil dólares. — Ele fala, e os homens começam a levantar as mãos. O valor vai subindo rapidamente e, quando eu pisquei, já estava em 1 milhão. Dei o lance e todos olharam pra mim. O silêncio reinou no salão, e o Tyler bateu o martelo.

— Vendida! — Ele grita, e eu levanto, indo em direção ao Tyler pra pagar pelo 1 milhão. Aviso meu chefe sobre o valor, e em poucos minutos meu celular avisa sobre a transferência. Vou até o escritório, onde a Hanna está me esperando.

— Não sabia que um segurança tinha tanto dinheiro assim. — Ela me questiona.

— Eu sou sozinho, não tenho muito com o que gastar, e o que eu ganho dá e sobra. — Eu falo pra ela, que me analisa e confirma com a cabeça.

— Você tem 12 horas com ela. Pelo valor que pagou, vou deixar você ficar no meu hotel do outro lado da rua. E, se fizer merda ou sumir com ela, sabe que te acho em qualquer lugar, né?

— Sim, senhora. — Eu falo, e ela coloca o valor na máquina. Passo meu cartão e pronto, a virgindade da Alice tá paga. Agora vem a parte complicada: convencer ela a me ajudar.

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