O casamento de Lucas e Jade estava prestes a se tornar realidade. Após a formatura e o pedido de casamento, os preparativos estavam em andamento, e a família toda vivia um clima de felicidade e renovação. Lucas, empolgado com o futuro, não pôde esperar para contar à avó Ana, que ainda estava em lua de mel com Antônio.Assim que Ana atendeu o telefone, Lucas já foi falando, com a voz cheia de emoção:— Oi, vó! Tenho uma notícia incrível pra te contar! — disse ele, com entusiasmo.— Lucas! Me conta, querido! — Ana respondeu, curiosa e cheia de afeto, enquanto aproveitava a viagem.— Eu e Jade vamos nos casar! Pedi ela em casamento na formatura, e ela disse sim! — Lucas praticamente gritava de tanta alegria.Ana ficou emocionada, absorvendo a felicidade da notícia. Lucas sempre foi como um filho para ela, e agora, vê-lo dar esse grande passo na vida enchia seu coração de orgulho.— Que felicidade, meu amor! Eu sempre soube que vocês dois eram perfeitos um para o outro. Estou muito feliz!
O clima de serenidade e união que marcou a viagem de Daniel, Laura e as crianças parecia ter trazido uma nova fase de tranquilidade para a família. Gramado havia sido um refúgio perfeito: os passeios na Maria Fumaça, o riso das crianças e as conversas despreocupadas criaram memórias que, para eles, simbolizavam um recomeço.No entanto, ao voltarem para casa, o ar de calmaria começou a se dissipar. No instante em que o carro estacionou em frente à casa, Laura notou algo estranho. As persianas de uma janela no andar superior estavam entreabertas, algo que ela sempre se lembrava de fechar antes de sair.— Esqueci de fechar aquela janela? — ela perguntou, olhando para Daniel.— Impossível. Você revisa tudo antes de sairmos. Deve ter sido o vento — respondeu ele, com um sorriso tranquilizador, mas seus olhos traíram um lampejo de preocupação.Enquanto descarregavam as malas, uma sensação inquietante tomava conta de Laura. Algo parecia estar fora do lugar, mas ela não conseguia identificar
A mensagem no telefone de Daniel foi um golpe certeiro. A imagem de Laura e dos gêmeos, capturada sem que eles percebessem, fez seu sangue gelar. Era o aviso claro de que Alberto estava disposto a tudo para desestabilizá-lo. Mas Daniel não era o mesmo homem de 15 anos atrás. Ele havia aprendido a lutar por sua família, e dessa vez, faria o que fosse necessário para proteger as pessoas que amava.Ainda naquela noite, enquanto Laura colocava os gêmeos para dormir, Daniel fez uma ligação crucial. Seu destino: o escritório de Gustavo Mendes, um velho amigo e agora juiz federal respeitado.— Gustavo, eu preciso da sua ajuda — Daniel disse, sem rodeios.— O que aconteceu? Parece grave.— É sobre Alberto Marques. Ele voltou. E está me ameaçando, além de minha família. — Daniel fez uma pausa para controlar o tom. — Você sabe o tipo de homem que ele é.Houve um silêncio breve do outro lado da linha antes que Gustavo respondesse:— Venha ao meu gabinete amanhã cedo. Não fale nada por telefone.
Laura estava brincando com Letícia e Leonardo no tapete da sala enquanto Daniel trabalhava no escritório. As risadas dos pequenos enchiam o ambiente de leveza, algo que ela tanto prezava depois de tudo que enfrentaram recentemente. No entanto, aquele momento tranquilo foi interrompido pelo toque insistente do telefone. Pensando que era algo trivial, ela o pegou com a despreocupação habitual.— Alô?Assim que ouviu a voz do outro lado da linha, porém, um calafrio percorreu sua espinha.— Laura... sou eu... seu pai.Laura ficou paralisada. Por um instante, não respondeu. Aquele era um contato que jamais esperava receber. Seu pai, João, havia desaparecido de sua vida há tantos anos que ele era pouco mais do que uma memória distante, marcada por promessas quebradas e decepções.— Pai? — Ela finalmente conseguiu dizer, com a voz hesitante. — Como conseguiu meu número?— Um amigo me ajudou. Fui solto, Laura. Estou em liberdade condicional. Queria te ver, saber como está a sua vida... se cas
A manhã começou tranquila na casa de Laura e Daniel. João, sentado à mesa da cozinha com uma xícara de café esfriando em suas mãos, olhava pela janela com um semblante preocupado. Desde que saíra da prisão, encontrar um emprego digno tinha sido um desafio maior do que ele imaginava. O rótulo de ex-presidiário parecia uma barreira intransponível.Laura, sentada ao lado dele, observava a inquietação do pai. Embora tivessem suas diferenças, ela não conseguia ignorar a luta que ele enfrentava para se reintegrar à sociedade.— Pai, você já tentou naquela empresa que o Daniel indicou? — perguntou, tentando soar otimista.João suspirou, desviando o olhar.— Tentei, Laura. Mas assim que ouviram sobre meu histórico, a porta se fechou. Não é tão simples.Laura pegou o celular, decidida a falar com Daniel.— Ele vai encontrar outra solução. Não vamos desistir.Naquela tarde, Daniel chegou em casa com uma expressão determinada. Laura o havia informado sobre as dificuldades de João, e ele estava d
LauraLaura acordou cedo, como fazia todos os dias, com o som insistente do despertador. Ela tinha criado o hábito de acordar às seis da manhã, que fazia parte de sua rotina apertada para poder encaixar todas as atividades do seu dia. Seu apartamento no centro de São Paulo estava decorado elegantemente no estilo minimalista, refletindo sua personalidade organizada e focada.Ela tomou um banho rápido, usou um terninho impecável e amarrou o cabelo em um coque elaborado. Para o café da manhã, um detox verde e torradas integrais. Enquanto ela se sentava à mesa enquanto verificando e-mails em seu telefone, revisando mentalmente o que precisava ser feito naquele dia.Laura é uma executiva de marketing da agência de publicidade mais prestigiada da cidade. Tendo construído uma carreira e posição com a empresa, ela se tornou extremamente bem-sucedida graças aos seus talentos e trabalho duro. No entanto, nem tudo é brilhante em relação à vida amorosa de Laura, assim como é sobre sua carreira; d
Laura estava sentada em sua mesa no escritório, imersa em relatórios de marketing e planejamentos de campanha. Sua mente estava focada em gráficos e estratégias, mas seus olhos mostravam cansaço e desilusão. Era difícil ignorar a tristeza que se escondia por trás de seu olhar determinado.No meio de mais uma reunião interminável, Laura recebeu uma mensagem de Megan, sua melhor amiga. "Almoço hoje? Preciso te ver!" Laura sorriu levemente e respondeu com um simples "Sim".Às 13h, Laura encontrou Megan em um café charmoso no centro de São Paulo. Megan estava radiante como sempre, com um sorriso contagiante e um olhar decidido."Laura, precisamos falar", começou Megan, sem rodeios. "Você tem trabalhado demais e se fechado para o mundo desde sua última decepção amorosa. Isso não é saudável."Laura suspirou. "Eu sei, Meg. Mas é difícil confiar de novo depois de tantas desilusões.""Eu entendo, mas você não pode deixar que isso defina o resto da sua vida", insistiu Megan. "Você é uma mulher
Laura suspirou enquanto encarava o espelho. Megan havia insistido tanto que ela finalmente cedeu e aceitou marcar um encontro às cegas. O nervosismo era evidente, mas Laura tentou se tranquilizar. Talvez, dessa vez, ela tivesse sorte. Megan garantiu que o rapaz era perfeito para ela – inteligente, bem-humorado e também amante de boa comida. No entanto, ela não conseguia deixar de sentir uma pontada de ansiedade.“Você vai arrasar, Laura!” Megan incentivou ao telefone, a voz cheia de entusiasmo. “Aproveite e divirta-se. E lembre-se, se algo der errado, ao menos você terá uma boa história para contar.”Laura riu, agradecida pelo apoio. “Ok, Megan, vou tentar. Obrigada por insistir.”Ela escolheu um vestido elegante, mas casual, e deu os toques finais na maquiagem. Pegou a bolsa e, com um último olhar no espelho, saiu de casa. O restaurante escolhido para o encontro era charmoso, com uma decoração acolhedora e um menu que prometia ser delicioso. Laura chegou alguns minutos antes do horár