Lorena, com os cabelos ainda soltos e o corpo quente pela proximidade de Rick, olhou para ele com um sorriso suave nos lábios.
— Vamos tomar um banho — ela disse, sua voz baixa, quase sedutora, enquanto se levantava da cama, seus passos suaves sobre o piso de madeira.
Rick a observou com intensidade, os olhos focados nela enquanto ela se movia. A aura de desejo ainda pairava no ar, mas havia algo mais agora. Era uma conexão mais profunda, algo que ambos estavam começando a explorar sem pressa, sem reservas.
— Isso é um convite? — Rick respondeu, a voz carregada de malícia, mas também de algo mais suave, como se o momento fosse apenas deles.
Lorena riu, seu corpo ainda quente da proximidade deles, e sem hesitar, respondeu.
— Claro que sim, se quiser.
Rick se aproximou dela, um sorriso divertido nos lábios.
— Aceito.
Quando os dois estavam prestes a sair do quarto, Lorena notou o curativo sujo de sangue no lado de Rick. Uma expre
A madrugada estava quieta, com o som suave do vento tocando as janelas, enquanto o silêncio dominava o quarto. A única fonte de som era o leve e regular suspiro de Lorena, ainda dormindo ao lado de Rick. Ela estava deitada de costas, os cabelos espalhados sobre o travesseiro, a pele quente e macia ainda perfumada do banho do dia anterior. Rick, por outro lado, estava profundamente adormecido, até que o som irritante do celular cortou a tranquilidade da noite.O toque insistentemente alto ecoou pelo quarto escuro, interrompendo o silêncio que parecia ter tomado conta da madrugada. Rick, ainda grogue de sono, abriu os olhos lentamente, o ambiente ao seu redor parecendo girar por um momento. Ele se levantou da cama, os pés tocando o chão frio e duro, e, com um movimento brusco, tentou localizar o celular. O brilho da tela iluminou seu rosto com uma luz fraca quando finalmente o encontrou sobre a mesinha de cabeceira.Sem pensar, ele atendeu, ainda sem verificar quem estav
A sala estava silenciosa, com a luz suave das primeiras horas da madrugada iluminando o ambiente de forma tênue. Rick permanecia ali, imóvel no sofá, o copo de bourbon em suas mãos agora vazio. O cheiro do álcool ainda pairava no ar, misturado com o leve perfume do ambiente, como se o tempo tivesse parado. O eco das palavras de Matt ainda ressoava em sua mente, pesando sobre seus ombros com uma força imensa. O som dos passos de Lorena o tirou de seus pensamentos. Ele não se moveu, mas a tensão em seu corpo se tornou mais perceptível quando ela entrou na sala. A porta se abriu suavemente, e ela apareceu ali, vestindo um pijama confortável, os cabelos ainda um pouco desalinhados, mas com aquele brilho natural que sempre atraía os olhos dele. O perfume dela, um toque sutil de flor de cerejeira, invadiu seus sentidos, e ele se sentiu desconfortável com a presença dela ali, como se o peso da conversa que teria que ter fosse insuportável. Ela parou na frente dele, com a
Ela olhou para ele, sentindo o peso das palavras dele e a certeza de que, por mais difíceis que as coisas fossem, ela também queria estar ali com ele.— Também quero você! E nunca mais faça isso. — Ela disse, a raiva agora se dissipando, mas a necessidade de sinceridade ainda firme entre eles.Rick abaixou a cabeça, sentindo o peso da situação.— Me desculpa, me deixei levar pelas palavras do detetive Dallas. — Ele finalmente disse, a voz quebrada. Lorena sorriu suavemente, percebendo que ele realmente estava arrependido. — Quando tiver qualquer coisa, sempre podemos conversar, ser sinceros um com o outro. — Ela o abraçou, apertando-o de forma carinhosa. — Tudo bem, de agora em diante será diferente. Vou me esforçar. — Ele falou, com uma leve sensação de alívio, mas também de compreensão. — Muito bem, agora vamos deitar que ainda é de madrugada... E amanhã entro cedo no hospital. — Ela puxou-o suavemente em direção ao quarto.<
— Lorena. — A voz de Matt veio com força, e ela pulou, o coração disparando no peito. Ela se virou rapidamente, vendo Matt parado atrás dela, com uma expressão fria e quase distante. — Porra, que susto. Porque você sempre chega assim de fininho? — Ela exclamou, sem conseguir disfarçar o choque. O susto a deixou momentaneamente fora de controle. Matt deu uma leve risada, tentando parecer menos intimidante, mas sua expressão era séria.— Desculpa se te assustei, não era a minha intenção. — Ele disse, a voz baixa, mas clara. Camila não perdeu tempo, levantando uma sobrancelha e se aproximando de Matt com um sorriso provocador. — Detetive, ainda investigando o paciente com ferimento a bala? — Ela brincou, claramente curiosa sobre o que ele estava fazendo ali. Matt a olhou com um semblante neutro, mas sua atenção logo voltou para Lorena. — Não, não, só passei aqui porque queria ver a Lorena. — A resposta de Matt
Ela não olhou para trás. Com raiva e mágoa pulsando em suas veias, Lorena saiu dali com pressa, os saltos batendo com força no chão frio do café. O som das portas se fechando atrás dela não a acalmou, e ela sentia o olhar de Matt ainda queimando nas suas costas. A rua estava silenciosa quando ela saiu do café, mas sua mente estava em turbilhão. Nem percebeu quando Rick apareceu em seu caminho, seu nome sendo chamado ao longe. — Lorena! — Rick gritou, tentando alcançá-la, mas o som de sua voz se perdeu entre o caos de seus pensamentos. Ela estava em outro mundo agora, sem notar a presença dele. Ela não respondeu. Seguiu em frente, sua mente voltando à conversa com Matt, as palavras pesando, esmagando qualquer outro pensamento que tentasse se infiltrar. Com raiva e frustração, ela se dirigiu ao hospital, sentindo o peso do dia se tornando cada vez mais difícil de suportar. Rick observou Lorena sair com a raiva estampada em seu rosto, sem sequer olha
A luz fria do hospital iluminava o consultório de Lorena de maneira impessoal, contrastando com o calor que ainda ardia dentro dela. As palavras de Matt martelavam em sua mente, ecoando como uma maldição que não conseguia dissipar.“Se comportando como uma qualquer, tudo isso é por dinheiro ou será que é pela emoção de está fodendo um mafioso? ”“E o que eu vejo é você sendo a nova puta do Mafioso Ocasek. ”Ela fechou os olhos por um momento, tentando afastar a raiva e a mágoa, mas foi interrompida por uma batida suave na porta.— Lore, você tem uma visita — disse Camila, espiando pela fresta da porta com um sorriso amigável. — Abri uma exceção e trouxe ele até seu consultório.Antes que Lorena pudesse responder, Rick entrou. Seu perfume amadeirado preencheu o espaço, misturando-se ao cheiro de álcool e antisséptico do hospital. Camila fechou a porta, deixando-os a sós.Lorena se levantou num impulso e o abraçou apertado, s
Um mês se passou...Lorena e Rick estavam cada dia mais próximos. O relacionamento entre eles se intensificava, e a conexão era inegável. Durante esse tempo, Matt havia mandado algumas mensagens tentando se desculpar pelo que dissera naquele dia no hospital, mas Lorena as ignorou. Ela não tinha interesse em revisitar aquela dor.A rotina no hospital seguia frenética, mas o dia de hoje havia sido particularmente caótico. Um acidente de carro na rodovia resultou em múltiplas vítimas sendo trazidas às pressas para o pronto-socorro. O cheiro forte de sangue e desinfetante impregnava o ar, misturando-se ao som das macas sendo empurradas e dos monitores cardíacos apitando sem parar. Médicos e enfermeiros corriam de um lado para o outro, tentando estabilizar os pacientes que chegavam em estado crítico.Lorena estava exausta, mas seu foco permanecia inabalável. Atendia uma jovem com um corte profundo na testa e possível fratura na costela. Enquanto cost
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.