Neal SullyvanSaímos da clínica e vamos para a padaria. Claro que não vou dizer que sou eu que estou com desejo. É ruim em! Depois que compramos os pasteizinhos de Belém, Bennett nos leva para casa e no caminho todo vou tentando não olhar para o saco onde estão meus desejos matinais. Ao chegar em casa, todos estão nos esperando. Infelizmente o Erick também. Povo fofoqueiro! Nem adoecer a pessoa pode!— E ai filho, tomou algum remédio? O médico disse o que era?— Ele vai ficar bom com o tempo. E não se trata de nenhuma doença, Albert.— Como não Cléo? Ele estava passando mal.— Ansiedade. — responde minha mãe.— Não estou entendendo mãe! O Neal estava passando mal, só por estar ansioso? E o que está te deixando assim mano?— Tá mãe. Conta logo que quero me ver livre dessas perguntas idiotas. E Gilma, prepara para mim um suco de pepino com tomate, enquanto isso eu vou lavar as mãos. — Digo indo para o banheiro.Lavo minhas mãos e volto para sala para pegar meus pasteis. Vejo que minha
Neal Sullyvan— E agora, o que ainda tem ai na lista?Temos a lista para organizar o casamento. Escolher o local...— Acho que seu pai vai querer lá na chácara.— Na verdade, eu tenho certeza que sim.— Então está decidido. Mas o que?— Escolher o bolo, eu já escolhi, o vestido, a Bia já se encarregou disso, a lista de convidados, vamos sentar e fazer...— Certo. Mas alguma coisa?— O buffet, o fotógrafo, horário...— O buffet deixa comigo, o fotógrafo também.— Eu vou pedir para Dandara pesquisar uma boa organizadora de casamento, assim eu vou ter ajuda e não vou ficar perdida, pois seu que ainda tem alguma coisa que deixei de fora.— Muito bem. Organize sua lista de convidados que vou organizar a minha, para combinarmos tudo.— E a despedida de solteiro, consta nessa lista? — pergunta Erick, vindo da cozinha e sentando-se na nossa frente.Sinto Linda travar no lugar e ficar olhando para os dedos. Erick nem venha com ideia!— Nem vem Erick! Você sabe que estou evitando a todo custo s
Melinda Watson Sou acordada com beijos pelo meu rosto.— Bom dia bebê!— Bom dia anjo. Ummm, tomou banho!— Estou saindo agora. Fitz vai levar a mim e o Bennett para o aeroporto. Por favor, evite sair de casa a não ser para empresa. E só saia com o Fitz e a Peterson.— Tá certo. Volta logo, vou ficar com saudade.— Eu também, meu amor. Mas nós sabemos que preciso ir.— Você está bem?— Graças a Deus, estou. Mas por garantia estou levando remédio de enjoo e alguns biscoitinhos.— Boa viagem anjo, tomara que der tudo certo e você volte logo.— Se tudo estiver como esperado eu volto ainda hoje. Agora tenho que ir.Ele me beija mais uma vez e beija minha barriga, se despedindo do nosso pontinho.— Cuide bem da mamãe garotão. Papai ama vocês. Tchau bebê.— Tchau anjo. Nós também te amamos.Ele sai e não demoro a me levantar. Vou para o banheiro escovar meus dentes, faço minha higiene pessoal, e até agora nada de vômito. Obrigada Deus! Sigo para o box e tomo um banho, tranquilo. A água m
Neal SullyvanEu não sei o que eu tenho, mas estou com uma sensação tão ruim, e não são os enjoos. Já sai de casa com isso, passei a manhã toda e nada da sensação estranha passar. Liguei para Linda para ver se ouvindo a voz dela eu me sentiria melhor, e até pude respirar aliviado ao saber que ela não saiu da empresa e até marcou uma reunião pessoal lá mesmo. Mas mesmo assim, essa sensação não vai embora.Já estamos nos organizando para sair para o aeroporto e a sensação de inquietude só aumenta.— Bennett, você entrou em contato com o pessoal de casa?— Recebi uma mensagem de Fitz a dez minutos me informando que já estavam de saída da construtora, com destino a residência do senhor.— Eu não sei porque essa sensação ruim. Só vou ficar tranquilo quando souber que Linda está em casa e em segurança.Pego minhas coisas e Bennett as dele e saímos com destino ao aeroporto. No caminho o celular do Bennett toca.— Weller.Só em ele falar Weller, meu coração já acelera.— Linda!?— Vou colocar
Neal Sullyvan— Vem, vamos descer que o Bennett já deve ter alguma informação para nós.Descemos as escadas e como imaginava o Bennett já estava à minha espera, assim como meu pai e toda a família.— Então Bennett, alguma novidade?— Weller fez eles contarem tudo.— Como ele fez isso?— Ele tem amigos importantes que conversou com o detetive para liberar para Weller dá uma palavrinha com os meliantes.— E aí, eles disseram quem estava no carro?— Já temos o nome do motorista do carro, que nesse momento está foragido.— Quem é? — pergunta Linda.— O senhor Colin Silvers.— O quê? Mas porque aquele estúpido estava me seguindo?— Weller fez um levantamento sobre a Silvers Construções, e eles não estão nada bem. Weller foi a fundo e de acordo com os relatórios obtidos, as coisas começaram a desandar depois que a senhorita os abandonou, e com a chegada da SCE, eles a cada dia perdem mais clientes, além de estarem atolados em processos. Pelo que estamos vendo aqui, — ele me entrega uma past
Neal SullyvanSemanas depoisEstamos a algumas semanas para o casamento e graças a Deus, as coisas estão indo bem. Pelo menos meus enjoos diminuíram e só não diminuiu mesmo, o meu desejo por Linda. A cada dia eu quero mais me perder nela. E ela está do mesmo jeito. Chego a acordar a noite, com ela me chupando e vice versa.Estou aqui na empresa trabalhando e como Linda hoje amanheceu bem, ela veio comigo.Cada vez que penso nela, preciso lembrar ao meu pau idiota que estamos trabalhando e mudo meu foco para qualquer outra coisa, me segurando para não ir na sala ao lado, e me perder nela.Hoje à tarde ela irá fazer a prova do vestido. O seu vestido de noiva. Já estamos com uma nova equipe de segurança, a ex agente da CIA que o Bennett contratou, é linha dura, mas também muito perspicaz. Como não vou poder ir ao atelier onde está sendo feito o vestido, Linda vai com o Fitz e a May.Termino uma videoconferência com a equipe que está na Finlândia e quando olho para a porta, vejo minha noi
Neal SullyvanJá quase no final da reunião Bennett invade a sala, e sei que pra ele fazer isso algo deve ter acontecido.— Bennett. — digo com meu coração já acelerado.— Senhor Sullyvan, desculpe interromper sua reunião, mas é que aconteceu uma coisa que requer sua presença com urgência.Nem espero ele terminar de falar, já vou me levantando e saindo com ele.— Rosimeire, assuma as coisas por mim. — Digo e saio sem nem olhar para trás.— Me diz, o que aconteceu com a Linda?— Fitz, Peterson e a senhorita Sullyvan, estavam indo com ela para o hospital, quando me ligaram.— Como assim hospital!? E a May?— Quando eles estavam saindo do shopping sua prima apareceu, ela não tocou na senhorita Watson, mas falou várias coisas, inclusive chegou a falar que era uma mensageira e que o filho de vocês não ia nascer. Acho que devido aos últimos acontecimentos a senhorita Watson entrou em choque e acabou desmaiando. A agente May deu ordens para irem com a senhorita Watson para o hospital e ela co
Neal Sullyvan— No caso de vocês, A Melinda liberou dois óvulos. Um foi fecundado por um espermatozoide, normal. O outro também, só que ele sofreu uma divisão, gerando assim dois embriões geneticamente iguais.— Então eu posso ser pai de dois meninos e uma menina?— Ou duas meninas e um menino, ou talvez os três sejam do mesmo sexo. Isso só vamos descobrir nas próximas ultrassom. — A doutora vai falando e já limpando a barriga de Linda e ajeitando seu vestido.Vejo que Linda está com os olhos cheios de lágrimas e com as mãos na barriga.— Existe algum cuidado diferente de uma gravidez normal? — Pergunto colocando minha mão em cima da dela.— Sim. Mas só se Melinda estiver sentindo algum desconforto. E evite sustos como o de hoje, uma gestação gemelar é mais propícia a aborto.— E o sangramento?— Foi normal. Nada que precise se preocupar. Mas Melinda, se você sentir qualquer desconforto, fale com Cléo que ela vai saber o que fazer e se precisar, pode me ligar. Agora me diga como está