Claudia ficou furiosa imediatamente, os hospitais aqui sempre eram assim, ou não se importavam com nada, ou só intervinham freneticamente quando havia perigo de vida.Mas que mãe poderia olhar sua filha sofrer assim e ainda esperar calmamente?Justo quando Claudia estava prestes a ligar novamente, para enfatizar a gravidade da situação, Pedro chegou com uma caixa de primeiros socorros.- Avó, para você. - Disse ele.Claudia, temendo que o garoto pudesse ficar assustado, reprimiu sua irritação.- Obrigada, Pedro.- Avó, quero ligar para o papai.Pedro olhava para Ana na cama, ainda inconsciente, com o rosto franzido.Claudia pensou por um momento. Se fosse Leo a vir, ele tinha boas relações interpessoais, conhecia muitas pessoas, e da última vez que Ana foi envenenada, foi ele quem procurou o instituto de pesquisa para descobrir.Embora Ana pudesse estar apenas com um resfriado e febre, Claudia não queria correr riscos, então acenou com a cabeça.- Tudo bem, então você liga para o seu p
Depois de aproximadamente dez minutos, o carro de Leo parou na frente da casa de Ana.O homem abriu a porta do carro, saltou diretamente, esquecendo até mesmo de trancá-lo, e apressadamente bateu na porta da casa. Ao perceber que estava aberta, ele entrou correndo.Ao chegar ao quarto de Ana, Leo a viu de olhos fechados, com uma aparência exausta e fraca. O coração de Leo foi ferido mais uma vez."Jurei que a protegeria, que nunca mais a deixaria sofrer nenhum dano. No entanto, ela adoeceu novamente."Leo se aproximou e pegou a mão de Ana, sentando-se em silêncio ao seu lado. Claudia não disse nada.Tomás, ouvindo o barulho do lado de fora, também saiu. Na verdade, ele já estava acordado, mas não havia saído.Tomás chegou à porta do quarto de Ana, e seus passos congelaram.Olhando para esta mulher, que parecia estar em grande dor, ele sentiu que a vingança que havia esperado por tanto tempo era finalmente sua. Ela o abandonou ao nascer, e agora que o encontrou novamente, era apenas par
Leo estava pensando quando Claudia chegou com Tomás e Pedro. Os dois pequenos estavam de pé diante da cama de Ana, e Claudia perguntou:- Como está?- O médico já a medicou, ela ficará bem.Embora Leo ainda tivesse algumas dúvidas em seu coração, ele não as mostraria na frente de Claudia e das crianças.Eles tinham uma capacidade psicológica mais fraca para suportar as coisas, e, caso ele expressasse suas preocupações, poderia assustá-los terrivelmente.- Eu também acho que a mamãe com certeza ficará bem.Pedro murmurava para si mesmo, em parte para acalmar Tomás e em parte como se estivesse se encorajando.Assim, todos permaneceram junto ao leito de Ana, enquanto Leo incessantemente esfregava a pele exposta dos braços e pernas de Ana com algodão embebido em álcool.Depois de cerca de meia hora, o remédio para baixar a febre começou a surtir efeito, o corpo de Ana não estava mais tão quente, e sua consciência foi gradualmente retornando.No meio de seu torpor, Ana pareceu ouvir o som d
- Em outras coisas eu certamente acredito, mas mamãe, toda vez que você fica doente, você diz que está bem. Não posso ser culpada por não acreditar em você. - Pedro explicou com convicção.Ao ouvir isso, Leo também achou que Pedro tinha razão. Ana sempre tentava parecer forte. Mesmo quando estava se sentindo muito mal, ainda insistia em dizer que estava bem.Só se podia dizer que o filho era quem realmente entendia os pensamentos da mãe... Pedro realmente tocou no ponto crucial.- Eu...Ana queria dizer algo, mas por um momento, ela não conseguiu encontrar palavras para refutar, e apenas permaneceu em silêncio.Vendo sua aparência magoada, Leo olhou para Pedro com um ar meio compadecido:- Estou aqui cuidando dela, vocês podem ir comer.O pequeno só percebeu que estava com fome depois que Leo falou, mas Leo sabia que se Ana não acordasse, ele não concordaria em sair para comer. Assim, não insistiu muito.Agora que Ana estava acordada e ele estava lá para cuidar, ele pediu às duas crian
Depois de ouvir a explicação do médico, Ana e Leo se entreolharam.De fato, o país ao qual haviam ido alguns dias antes, onde Tomás estava, se encaixava nas características descritas pelo médico.Então, era apenas uma gripe?Foi ele quem ficou excessivamente nervoso?Leo franziu a testa.- Se for assim, é o melhor.Mas ele ainda sentia que algo estava incerto.- Você tem certeza de que essa febre não foi causada por outra razão desconhecida?Ao terminar, Ana não pôde evitar de puxar a manga dele."Esse homem, ele está fazendo uma tempestade em um copo da água? E ele dizendo isso diretamente na frente do médico, isso é realmente apropriado? Não vai fazer o médico pensar que ele não confia na competência deste hospital..."- Com o nível de detecção do nosso hospital, só podemos analisar que existe de fato um vírus em seu corpo, mas deve ser apenas uma variante do vírus da gripe. Se o Sr. Leo ainda estiver preocupado, talvez possamos enviar a amostra de sangue dela para uma instituição ma
Dentro da marmita, a comida era exatamente o que Leo gostava de comer, sem nenhum ingrediente que ele detestasse. Claramente, alguém que o conhecia bem havia preparado aquilo.No entanto, Leo não se lembrava de Claudia ter perguntado sobre suas preferências em algum momento.Teria sido na noite anterior, durante o jantar na casa de Ana, que ela se lembrou?O humor de Leo melhorou consideravelmente, e ele percebeu que Claudia talvez não fosse tão inacessível quanto imaginava.Desde que se comportasse bem no futuro, ele sabia que algum dia ganharia a sua aprovação....Após os dois terminarem de comer, o médico apareceu novamente. Ele tirou a temperatura de Ana mais uma vez e, certificando-se de que ela não tinha mais febre, finalmente falou:- Sua condição está estável, e você não precisa mais ficar no hospital. Agora, apenas mantenha-se aquecida, coma alimentos nutritivos e tome seus medicamentos corretamente. Você deverá se recuperar em alguns dias.Ana assentiu:- Entendi.Depois de
Quando Leo abraçou Ana, ela se assustou e gritou, instintivamente segurando o pescoço de Leo para manter o equilíbrio.Olhando para Ana com o rosto descolorido, Leo achou divertido e, segurando-a firmemente, começou a caminhar em direção à saída.Ana finalmente reagiu:- O que você está fazendo? Eu não sou tão frágil, posso andar sozinha. Me coloque no chão.Leo, com um sorriso nos lábios, respondeu:- Fui encarregado por sua mãe de cuidar bem de você. Você não precisa fazer isso sozinha, posso fazer por você.Com essas palavras, ele deu um passo largo, carregando Ana em direção à saída.Ana queria dizer algo mais, mas havia muitas pessoas no corredor. Estava prestes a abrir a boca quando viu algumas garotas olhando para ela, com inveja, murmurando algo, aparentemente fascinadas por Leo.Ana só pôde ficar em silêncio, pensando: "Se eu fosse cercada por pessoas aqui, seria uma vergonha."Ana estendeu a mão e cobriu o rosto. Leo olhou para ela, fugindo da realidade, e achou-a adorável.L
Observando o belo rosto de Leo se aproximar, tão perto que Ana quase podia contar seus longos cílios, ela finalmente não aguentou mais e estendeu a mão para afastar o homem.- Pare de falar besteiras! Se você também adoecer, a situação ficará séria. E quanto à sua empresa? Você não se preocupa com ela?Ao ver que Ana parecia estar falando sério, Leo voltou a ser o homem sério de sempre.- Você está certa. Vamos deixar esse plano de lado por enquanto e subir.Ana soltou um suspiro de alívio quando viu que Leo finalmente parou com suas palavras absurdas. Ele saiu do carro e, como um cavalheiro, abriu a porta para ela, e os dois entraram no hotel, um atrás do outro.Depois de chegarem ao quarto, Ana olhou em volta do lugar onde Leo estava hospedado. O ambiente era, naturalmente, impecável, e até havia uma pequena cozinha. Embora não fosse tão conveniente quanto a de casa, a cozinha era pequena, mas tinha tudo. Cozinhar algumas refeições simples não deveria ser difícil.- O que você acha?