Ana olhava enquanto aqueles homens se aproximavam passo a passo, um sorriso lascivo pendurado em seus rostos. Em dois deles, a pele carregava algumas terríveis úlceras, era repugnante à primeira vista.As palavras de Rafaela ecoavam na mente de Ana: eles queriam infectá-la, isso significava que todos eles estavam doentes. Embora Ana não tivesse conhecimento médico, ela tinha lido algumas matérias de popularização científica. Ela poderia dizer que esses homens provavelmente tinham uma doença sexualmente transmissível. Se eles tivessem sucesso, as consequências para Ana seriam impensáveis.Rafaela estava usando todos os meios possíveis para destruí-la. Ana não parava de mover-se para trás, mas logo sua cabeça bateu na parede e não havia mais para onde recuar. - Você já está assim, pare de resistir, se você cooperar, sofrerá menos! Os homens se aproximaram de Ana, seus olhos cheios de más intenções. Ana sentiu um calafrio. Ela rosnou através de seus dentes:- Meu rosto já está assim,
Quando Leo chegou à fábrica abandonada onde Ana se encontrava, junto com algumas pessoas, ela já estava em um estado lastimável. Suas vestes estavam rasgadas e desalinhadas, seu rosto sujo e manchado de sangue e poeira.Entretanto, mesmo nessas circunstâncias, ela ainda lutava intensamente, recusando-se a desistir. Os homens ao seu redor também pareciam perturbados. Essa mulher agia como se estivesse enlouquecida. Quando alguém tentou tocá-la, ela bateu violentamente a cabeça no chão. Se eles não a tivessem segurado, ela poderia ter se ferido gravemente.Essa determinação feroz era algo extraordinário, algo que pessoas comuns não possuíam. Especialmente o olhar nos olhos de Ana, era quase como se estivesse prestes a matar alguém, era arrepiante e parecia confirmar a veracidade das palavras que ela havia dito anteriormente.Vários homens começaram a hesitar, temporariamente incapazes de agir.Enquanto essa situação se arrastava, um estrondo ecoou pela porta. Os homens viraram imediatame
O ar dentro do carro era sufocante, quase difícil de respirar, criando uma sensação de opressão.Leo segurava o corpo frágil de Ana com firmeza, do começo ao fim, sem permitir qualquer relaxamento. Ivan, ao ver o estado de Leo, entendia seu humor, que já havia atingido um ponto crítico. Nada disse, apenas aumentou a velocidade do carro ao máximo, buscando chegar ao hospital o mais rápido possível....Ana sentia como se tivesse caído num abismo, tudo ao seu redor era escuro, sem um vislumbre de luz. Gritava desesperadamente por socorro, mas sua voz parecia não encontrar saída, engolida pela escuridão infinita.Aos poucos, sua voz ficou rouca. Nesse momento, algo com olhos vermelhos como brasas parecia surgir atrás dela, observando-a com intenções malignas, esperando o momento certo para dilacerá-la completamente, enquanto ela estava desprevenida.Quando Ana estava quase cedendo ao desespero, uma figura surgiu, trazendo consigo um raio de luz que dissipou a escuridão.Seria Paulo? Essa
- Ir para o exterior e encontrar uma maneira de adquirir as ações da empresa deles. Se ela não quer viver bem, deixe-a experimentar o gosto de não possuir nada.O olhar de Leo estava gélido, tornando-se ainda mais enigmático na escuridão da noite.- Eu entendo.Ivan estava preocupado que Leo agisse de forma impulsiva. Afinal, toda a família Santos estava ocupada lidando com a situação de Paulo. Se ele insistisse em agir, poderia causar uma crise desnecessária, o que não seria sensato.Agora parecia que Leo estava mantendo a calma. Ivan imediatamente seguiu suas instruções e providenciou para que alguém cuidasse disso.Leo olhou para Ana no quarto de hospital. A razão pela qual ele não tornou as coisas públicas imediatamente era porque tinha Paulo em mente, mas também era por causa de Ana.Ela já estava cheia de culpa pelo acidente. Se ela fosse a responsável por não conseguirem realizar um funeral adequado para Paulo, ela provavelmente não conseguiria superar essa sombra pelo resto da
Leo sentiu que ela acordou, abaixou a cabeça e olhou atentamente para o rosto de Ana.- Aninha, você acordou?As palavras do médico de ontem ainda ecoavam em seus ouvidos, e Leo estava realmente preocupado que Ana pudesse estar enfrentando algum problema psicológico.Antes que Ana pudesse responder, no momento em que seus olhos encontraram os de Leo, vendo o olhar fixo nele, ela sentiu como se algo a tivesse cutucado. Imediatamente, ela cobriu o rosto e desviou o olhar dele.Embora não tivesse se olhado no espelho, ela tinha certeza de que seu rosto não devia estar muito bonito agora. O olhar de Leo, momentos atrás, a fez sentir um pouco ansiosa e insegura.A reação instintiva de Ana fez com que a expressão nos olhos de Leo se escurecesse. Ele segurou o ombro de Ana.- Aninha, você não precisa se esconder de mim. Não me importo com a aparência do seu rosto. Só me importo se você está bem agora. Diga alguma coisa, está tudo bem?Os lábios de Ana se moveram, e as palavras de Leo não fora
- Isso já não importa. - Ana sorriu de leve. - Afinal, em comparação com o Paulo, já me sinto muito sortuda, não é?Leo começou a sentir algo estranho acontecendo, afinal, nenhuma mulher ficava indiferente à sua aparência, mas Ana parecia tão calma nesse momento.- Ana, se algo está te incomodando, desabafe. Não guarde para si, só vai preocupar as pessoas mais ainda.Ana balançou a cabeça.- Não, é realmente assim que eu me sinto. Talvez isso também não seja algo ruim. Pelo menos alivia um pouco o meu coração. Caso contrário, teria sido em vão causar a morte do Paulo, sem consequências. Isso faria o mundo parecer muito injusto.Leo apertou o punho. Nunca houve um momento em que ele não desejasse ouvir Ana falar tanto.Cada palavra dela, dita com tranquilidade, era como uma agulha sendo fincada em seu peito, causando uma dor profunda.- Leo, acho que devemos parar por aqui. O que eu costumava ser já não combina contigo. Agora, nem mesmo tenho um rosto perfeito e impecável. Nós simplesme
Após esse tempo juntos, ele acreditava sinceramente que tudo havia mudado. Ele até conseguia vislumbrar o futuro ao lado de Ana e Pedro, os três formando uma família unida.Entretanto, logo percebeu que estava sendo ingênuo. Sua presença parecia trazer mais desafios e complicações do que paz à vida de Ana. Leo fechou os olhos, e o rosto de Paulo surgiu em sua mente. Houve um tempo em que Paulo e ele compartilhavam tudo, alegrias e tristezas, e as rivalidades da geração anterior nunca abalaram o vínculo entre eles.Mas agora, tudo era diferente. Leo sentiu uma onda de exaustão, abaixou-se lentamente e contemplou o céu estrelado distante. A noite passou assim, e no segundo dia, com o nascer do sol, Leo retornou ao quarto com um frio penetrante.Embora a temperatura não tivesse caído tanto naquela noite, passar uma noite ao relento não era exatamente confortável. O corpo de Leo estava completamente enregelado.Ana também passou à noite sem sono, ocasionalmente cochilando por alguns minuto
Leo parecia ter recebido uma grande bênção ao acompanhar Ana descendo as escadas.Em vez de chamar o motorista, ele mesmo assumiu o volante para levar Ana.Os seguranças estavam preocupados com a possibilidade de enfrentarem perigo novamente, então os seguiram de carro, prontos para protegê-los se necessário.Leo não estava realmente preocupado com esses detalhes, segurou o volante, dirigindo em direção ao local onde Pedro estava.Diferentemente de seus hábitos anteriores, desta vez Leo dirigiu bem devagar, a um ritmo que não condizia com sua personalidade usual.Ele compreendeu que esta poderia ser a última oportunidade deles estarem juntos sozinhos, então não queria que o tempo passasse rapidamente, desejava prolongar esse momento o máximo possível. Mas mesmo assim, esse curto período de tempo pareceu voar, sem deixar nenhuma marca.Quando o carro parou em frente à Mansão, Leo sentiu como se seu coração estivesse sendo puxado com força, afundando no fundo do mar. Ana não disse nada,