Ana caminhava cambaleante no meio da multidão. O acidente havia causado caos no aeroporto, com familiares das vítimas chorando e gritando por toda parte. Tudo era tão evidente que Ana não conseguia escapar dessa realidade.Pressionando o peito, ela sentia o coração pesado, como se estivesse sendo esmagado por uma grande pedra, deixando-a exausta até para respirar. Não sabia quanto tempo tinha se passado até que finalmente se sentou bruscamente em um banco à beira da estrada, respirando com dificuldade, tentando aliviar essa sensação de opressão inexplicável.Nesse momento, ela pensou em muitas coisas. Quando Sérgio a expulsou de casa, sua mãe ficou doente. Sua vida era difícil, ela precisava trabalhar em vários lugares todos os dias para ganhar dinheiro e cuidar de si mesma, além de conseguir dinheiro para os tratamentos médicos. Portanto, Ana não tinha muitos amigos na escola, até que Paulo apareceu. Desde que se conheceram, ele sempre cuidou dela, trabalhando juntos e assumindo parte
Enquanto pensava, a enfermeira que Ana tinha esbarrado mais cedo, ouvindo que ele estava procurando alguém, se aproximou e disse a Leo:- Sr. Leo, a Srta. Ana parecia um pouco estranha agora, ela está com algum problema?Ao ouvir isso, Leo ficou surpreso e perguntou à enfermeira:- O que exatamente está acontecendo?A enfermeira contou a Leo sobre Ana correndo para fora. A testa de Leo franziu, será que alguém estava ameaçando Ana?Assim que pensou nesta possibilidade, Leo não perdeu tempo ponderando, e imediatamente pediu a Ivan para localizar Ana. Se aquelas pessoas estivessem realmente perturbando Ana novamente, ela poderia já estar em perigo.Recebendo as instruções, Ivan imediatamente começou a investigar, enquanto Leo andava ansiosamente de um lado para o outro no quarto do hospital, aguardando notícias. Depois de algum tempo, o telefone de Leo tocou.- Leo, parece que Ana está no aeroporto agora, vou levar algumas pessoas para lá imediatamente.- Não é necessário, me mande a loc
Leo mandou alguém segurar o guarda-chuva, estendeu a mão para ajudar Ana a se levantar. Mas ela continuava imóvel, abraçada aos joelhos, e Leo não ousava usar a força, temendo provocar uma reação de Ana que poderia machucá-la. No entanto, Ana estava gelada. Deixá-la continuar assim não era uma opção.Leo estava indescritivelmente frustrado, mas ainda assim, ele engoliu seu temperamento e tentou persuadir a mulher teimosa à sua frente com delicadeza:- Ana, o que aconteceu? Levante-se primeiro. Você está tão fria. Se continuar assim, você vai pegar um resfriado!Ana ouviu alguém falando, mas sua mente estava em branco e ela não sabia como responder. Por isso, ela apenas levantou o rosto, atordoada, e olhou para Leo, sem responder a suas palavras.Vendo essa reação de Ana, a irritação do homem aumentou ainda mais. Embora seu olhar estivesse sobre ele, ela parecia vazia e desinteressada, como se não percebesse sua existência.Ele nunca tinha visto Ana assim, e mesmo sendo um homem que já
Leo pensou, "A prioridade agora é levar Ana de volta, para evitar que ela faça algum dano a si mesma."- Dirija, vamos. - Leo ordenou de forma decidida a Ivan para começar a dirigir em direção ao hospital.Chegaram rapidamente ao hospital, Leo levou Ana de volta para o quarto do hospital, pediu que alguém trouxesse roupas limpas e solicitou que uma enfermeira as colocasse em Ana.Ana, embora ainda não tivesse dito uma palavra, não resistiu, Leo instruiu a enfermeira a cuidar bem de Ana, só então ele saiu para trocar as roupas molhadas que usava.Durante todo o trajeto, Leo estava ocupado secando o cabelo e as roupas de Ana, não se importando consigo mesmo.Ivan também estava preocupado que a ferida de Leo piorasse, então rapidamente chamou um médico para refazer o curativo em Leo.Leo não recusou, deixou o médico cuidar de seus ferimentos, ao mesmo tempo pediu a Ivan que fosse imediatamente investigar o que havia acontecido no aeroporto. Alguma coisa devia ter acontecido para deixar An
Quando Ivan mencionou o acidente aéreo, sua voz foi muito contida, mas seu discurso carregava um pesar evidente. Ana começou a tremer incontrolavelmente no instante em que ouviu a notícia.Ela finalmente havia recebido a notícia. Leo percebeu a anomalia em Ana e rapidamente tentou acalmá-la.Ana, entretanto, cobriu as orelhas, murmurando repetidamente para si mesma.- É tudo culpa minha... Se eu não tivesse insistido em deixá-lo partir sozinho agora, ele não teria sofrido o acidente! - Ana dizia enquanto puxava o próprio cabelo com força. Ela era muito forte e rapidamente arrancou algumas mechas de cabelo, uma visão verdadeiramente perturbadora. Ana parecia não sentir a dor, e a força em suas mãos não diminuiu. Ver Ana assim deixou Leo ansioso e com o coração partido.- Ana, não fale bobagem. O que aconteceu com Paulo no avião não é culpa sua. Não assuma toda a responsabilidade... Mas Ana não ouviu nem uma palavra do que Leo disse. Ela sentia que estava prestes a se desmoronar.- É
Enquanto isso, no exterior, Rafaela e Bruno estavam procurando por Paulo como se estivessem loucos. Naquele dia no incêndio, eles procuraram por muito tempo e não encontraram Paulo. No entanto, os organizadores da festa verificaram e disseram que o incêndio não causou vítimas, então Paulo deve ter aproveitado a confusão para fugir. Rafaela, então, enviou pessoas para procurar por Paulo.Paulo não tinha um telefone ou dinheiro, então ele não deveria ter sido capaz de fugir. No entanto, todos procuraram por muito tempo em uma busca do tipo "arrastão" e ainda não haviam enconrtado nada. Afinal, a família de Bruno estava limitada em sua capacidade de agir depois de ter sido expulsa para lá. Sem outra opção, Rafaela contatou Dantes e contou a ele sobre o desaparecimento de Paulo, pedindo sua ajuda para investigar. Ao ouvir que Paulo desapareceu, Dantes, que se preocupava com seu neto, imediatamente enviou pessoas para investigar. Eles não descobriram nada de início, mas depois descobrira
Ana gritou com todas as suas forças durante o sono, abriu os olhos e estava tudo escuro à sua frente.Em meio à neblina, ela viu um homem sentado à beira de sua cama, segurando sua mão, o toque era caloroso.Quase que instintivamente, Ana o chamou.- É você, Paulo?Os olhos de Leo escureceram e sua mão ficou rígida por um momento. Um sabor complexo surgiu em seu coração. Desde que Ana adormeceu, ele ficou ao lado dela, com medo de que, ao acordar e não encontrar ninguém, ela se machucasse novamente.Mas não esperava que ela acordasse chamando o nome de Paulo."Será que Ana sonhou com Paulo agora?" Pensou Leo, dizer que não haveria nenhum sentimento seria mentira, mas Leo conseguiu controlar e disse com a voz rouca:- Ana, sou eu,.Ao ouvir esta voz, Ana lentamente percebeu que era a voz de Leo. O tom de Paulo era mais suave que o de Leo, enquanto a voz de Leo fazia as pessoas se sentirem relaxadas.Ana podia sentir o leve cheiro de desinfetante, ela percebeu que estava em um hospital.
Leo percebeu que, se insistisse em ficar, apenas faria com que os sentimentos de Ana desmoronassem ainda mais.- Ana, já vou embora, mas chamei uma enfermeira para ficar com você. Se precisar de algo, peça a ela. Eu sei que você está sofrendo, mas tem que pensar que ainda tem sua mãe e Pedro. Eles precisam muito de você.Ao ouvir os nomes de Pedro e mãe, Ana estremeceu e, por fim, assentiu, concordando com o pedido de Leo.Leo lentamente saiu do quarto.Imediatamente, Leo chamou uma enfermeira para cuidar de Ana, para que, em caso de qualquer emergência, ele pudesse ser chamado de volta imediatamente.Quando a enfermeira entrou, sentou-se ao lado, olhando para Ana de longe.Ana, por sua vez, ficou olhando fixamente para o teto, pensando em Paulo, mas também em Pedro e sua mãe.Para a mãe, Paulo já era um parente. Ela o tratava como um filho, e se ela soubesse o que aconteceu com Paulo, como poderia aguentar?E Pedro, que desde pequeno seguia Paulo e o chamava de "pai", nunca mais teria