Ana estava atordoada, raramente ouvia Leo reclamar de alguma coisa, este homem sempre foi forte, ninguém conseguia encontrar seu ponto fraco.Naquele momento, no entanto, ela sentiu uma certa fragilidade nele.Inconscientemente, Ana estendeu a mão e a colocou nas costas de Leo, dando um tapinha suave.Sentindo seu toque, Leo fechou os olhos.Ana sentiu o braço de Leo se apertar um pouco, o peso do homem pressionando seus ombros, fazendo-a ter um pouco de esforço.Mas, sentindo a fragilidade de Leo, ela não teve coragem de empurrá-lo para longe, ela já tinha uma ideia do que Mariana tinha dito, sabia como este homem estava se sentindo.Então, depois de ouvir a auto-depreciação de Leo, seu coração também doeu um pouco.- Acho que ela ainda se preocupa com você, só que não demonstrou.- Só não sei se o amor que ela tem por mim é porque sou seu filho ou porque sou o herdeiro da família Santos, o melhor "peão" que ela pode usar para lutar contra Bruno.Mesmo desde que Patrícia apareceu no h
Essa foi a primeira vez que Leo fez uma pergunta tão direta desde que Ana voltou para ele. No passado, ele nem mesmo se atrevia a ponderar sobre a resposta para tal pergunta, com medo de que fosse apenas um resultado "auto-humilhante".No entanto, agora, ele sentiu uma súbita impulsão para fazê-la admitir, para dizer que ela se importava com ele.Ana pareceu surpresa, como se não esperasse que Leo fizesse uma pergunta tão direta. Ela não sabia o que dizer por um momento, mas, olhando para os olhos cheios de expectativa de Leo, ela finalmente assentiu lentamente.Vendo isso, a sombra que antes cobria Leo foi varrida. Ele abraçou a mulher à sua frente com mais força.Ana ficou um pouco sem fôlego pelo seu abraço, sentindo como se tivesse sido enganada pela aparência patética desse homem. Ela se sentiu um pouco arrependida.- Você é o pai de Pedro, afinal. Foi por isso que eu disse isso. Não pense demais.- Tudo bem, eu não vou pensar demais. - Ao ver Ana sendo teimosa, Leo não a desafiou
Do outro lado.Em meio a um banquete movimentado, Paulo vestia um elegante fraque e várias mulheres se aproximavam para conversar com ele, atraídas por sua notável aparência. Ele se esforçava para manter a cortesia, mas o pesado perfume de aroma de pó gordo ao redor o deixava irritado e agitado.Nos últimos dias, devido à falta de contato com o mundo exterior, ele se via obrigado a participar incessantemente desses banquetes organizados por seus pais. Rafaela parecia obstinada em encontrar uma noiva adequada para ele, entre as elites locais.Paulo fingia concordar temporariamente, enquanto buscava uma oportunidade para escapar. No entanto, ele notou alguns guarda-costas posicionados não muito longe, vigiando cada movimento seu, tornando impossível encontrar uma brecha. Assim, tinha que suportar a situação.Depois de algum tempo, ele perdeu completamente o interesse e, com tom indiferente, disse:- Com licença, vou ao banheiro.Finalmente, ele temporariamente se libertou daquele ambient
Ao ver a confusão no local, o olhar de Paulo se escureceu. Não importava se esse homem tinha segundas intenções, ele precisava aproveitar essa oportunidade para escapar, pois a oportunidade não batia na porta duas vezes.Pensando assim, Paulo avistou uma porta lateral não muito distante. Aproveitando que ninguém estava prestando atenção nele, correu rapidamente até lá. Surpreendentemente, a porta que costumava estar trancada já estava aberta, então Paulo não teve dificuldade em sair e alcançar a rua.Ele não podia perder tempo, pois os homens enviados por sua mãe poderiam aparecer a qualquer momento. Paulo precisava se apressar. Rapidamente encontrou um táxi e pediu ao motorista que o levasse ao aeroporto o mais rápido possível.Não muito tempo depois de Paulo sair, os organizadores do evento começaram a evacuar as pessoas de forma ordenada e acalmar suas emoções. Enquanto Rafaela procurava desesperadamente pela figura de Paulo, não o encontrou em lugar algum.- Como ele desapareceu em
O rosto de Paulo ficou subitamente um pouco constrangido. Ele não sabia o que dizer por um momento. Queria perguntar a Ana por que ela estava com Leo, mas também não se atrevia nem sabia como iniciar a conversa. Tinha medo de perguntar algo que não pudesse enfrentar.Leo deu uma olhada no celular de Ana e viu que era um número desconhecido, sem nome gravado, o que o fez franzir a testa.Quando Ana percebeu, rapidamente colocou a mão sobre a parte do fone de ouvido e saiu do quarto para atender a ligação.O franzir de Leo ficou ainda mais profundo. Quem seria a pessoa que faria Ana evitar que ele atendesse uma ligação?Depois que Ana saiu, ela finalmente começou a falar e quebrou o silêncio:- Alô, Paulo, como vão as coisas por aí? A saúde de sua mãe está melhorando?Ana ignorou a presença de Leo, desviando diretamente o assunto.O coração de Paulo doeu um pouco, mas ele não demonstrou:- Ela está bem... Não há grandes problemas.Ele não queria contar a Ana sobre os pequenos problemas d
Leo percebeu que Ana não queria discutir aquele assunto com ele e não pressionou mais:- Eu posso esperar, você decide.Ana assentiu:- Então, vou dar uma olhada primeiro.Após dizer isso, ela saiu apressadamente. Leo olhou para as costas dela com um olhar sombrio e, no final, não disse mais nada.Algumas coisas, afinal, precisavam ser decididas por Ana. No passado, talvez ele a pressionasse a ficar ao seu lado, mas agora, ele não se atrevia a machucá-la dessa forma novamente.Entre eles, já houve muitos mal-entendidos e desentendimentos. A única coisa que ele poderia fazer agora era esperar por Ana e sua decisão....Algumas horas depois, o avião em que Paulo estava pousou pontualmente no Aeroporto Internacional da Cidade S.Infelizmente, ele só tinha algumas notas estrangeiras consigo e não possuía um celular. Por um momento, ele não conseguiu sair dali nem sabia onde Ana estava.Sem opção, Paulo teve que pedir emprestado o celular de alguém e ligar para João.Enquanto João estava co
- Tenho alguns assuntos para resolver, preciso dar uma saída.Leo colocou o garfo de lado com um tom descontraído, enquanto observava Ana. Quase adivinhou o que estava acontecendo e respondeu imediatamente:- Irei contigo.- Não é necessário, é algo que posso resolver sozinha. Deixe-me ir sozinha.Ana respondeu com seriedade, seus olhos fixos em Leo. Era algo que precisava ser esclarecido entre ela e Paulo. Como poderia permitir que Leo se intrometesse novamente?Leo ficou em silêncio por um momento, então concordou com relutância. Ana sorriu, levantou-se e Leo a observou enquanto ela saía.- Sabe... Lembra da promessa que fez hoje? Sobre... Retornar?Ao ouvir suas próprias palavras, Leo quase não pôde acreditar que as havia dito. Sentiu-se momentaneamente como uma jovem esposa ansiosa pelo retorno de seu marido.Até Ana ficou surpresa. Não esperava ouvir tais palavras de Leo. Não combinava com a imagem que tinha dele normalmente.- Estarei aqui até você se recuperar completamente. Pod
- A família Santos desistiu de convencer Pedro a ficar, e eles não nos perturbarão novamente. Quanto a voltar, Paulo, desculpe, eu não posso ir com você.Finalmente reunindo coragem para olhar nos olhos de Paulo e expressar seus pensamentos.Independentemente do que aconteceu em seu relacionamento com Leo, ela não poderia simplesmente abandoná-lo depois de ele se machucar por ela.- Aninha, você tem alguma coisa para resolver? Se sim, posso esperar por você. Posso cuidar do trabalho.Sentindo seu coração em pânico, ele tentou mudar de assunto, esperando que Ana só quisesse ficar temporariamente.- Não, não é isso, Paulo. É a separação desses últimos tempos que me fez pensar muito. Eu... Não posso continuar sendo tão confusa. Sinto muito, não deveria ter concordado tão facilmente em me casar com você.- Aninha, você está se arrependendo de querer se casar comigo?Os olhos de Paulo se encheram de tristeza, ele não entendia como o coração de Ana poderia mudar tanto em apenas meio mês.Ser