O Sr. Dantes levou o pequeno Pedro para o quarto de Mariana e, por coincidência, assim que entraram, ela acordou.O Sr. Dantes deu umas palmadinhas leves nas costas do garotinho Pedro, que imediatamente chamou a vovó.Ao ouvir esse chamado, Mariana relaxou um pouco sua expressão inicialmente tensa, segurou a mão de Pedro e o fez sentar na beira da cama para que ela pudesse olhá-lo direito.O Sr. Dantes, observava essa cena com um sorriso de satisfação. Ele tinha uma dívida pendente com a Mariana por tantas coisas no passado, mas agora, ao ver a felicidade dela, seu coração se acalmou.Ao ver os pais e Pedro tão alegres juntos, Leo não conseguia sentir a mesma felicidade.Pois ele sabia que, por trás dessa imagem harmoniosa e bonita, Ana estava passando por uma grande agonia.No entanto, ele não disse nada e saiu do quarto em silêncio. O Sr. Dantes percebeu, mas também não disse nada.Agora, Pedro estava em suas mãos, não importava o que Ana pensasse ou se Leo mudaria de lado, nada diss
Ana estava imaginando várias maneiras que poderiam ser eficazes. De qualquer jeito, ela teria que se esforçar e tentar. Com esse pensamento, Ana não se sentiu tão desanimada como antes. Ela pegou o computador e começou a procurar os melhores escritórios de advocacia e mídia locais. Ela estava anotando as informações atentamente quando seu celular tocou. Ela deu uma olhada e viu que era o número de Leo. Ana nem pensou duas vezes e desligou o telefone. A calma que ela tinha conseguido com dificuldade instantaneamente se transformou em irritação. Como esse cara ainda tinha coragem de ligar para ela? Ele achava que ela ainda iria cair em suas palavras bonitas? Leo já havia estacionado o carro em frente à casa de Juliana. Conhecendo o temperamento de Ana, ela provavelmente estava procurando abrigo na casa de uma amiga. Leo pensou em subir direto para encontrá-la, mas reconsiderou e resistiu ao impulso. Ana podia não querer vê-lo agora, ele não queria estimular ainda mais as emoções
Leo permanecia imóvel do lado de fora da porta, com o coração apertado após tocar a campainha. Ele queria ver Ana, confirmar se ela estava bem, mas também tinha medo de encará-la, medo de encontrar desprezo e ódio em seus olhos. Essa sensação era completamente nova para Leo.Após esperar por um tempo, ele ouviu passos vindos de dentro e respirou fundo. Nesse momento, a porta se abriu. Leo estava prestes a dizer algo quando Ana jogou um copo cheio de água quente em seu rosto. Leo nunca esperaria receber uma "surpresa" tão grande e ficou completamente atordoado.Ao ver Leo parecendo um gato molhado e desgrenhado, Ana falou friamente, como se estivesse congelada:- Vá embora, o mais longe que puder!Depois de dizer isso, Ana estava prestes a fechar a porta. Leo, mesmo com o cabelo e as roupas ainda molhados, segurou a porta com as mãos e disse apressadamente:- Espere, Ana, eu entendo que você está com raiva. Você pode me bater ou xingar, desabafar tudo o que está sentindo, está bem?Leo
Depois de dizer isso, Leo começou a se afastar lentamente do local, mas suas pernas pareciam pesadas como chumbo. Ao pensar na aparência de Ana momentos atrás, seu coração doía intensamente. Ela não estava errada ao dizer que ele era um azarado, pois sempre que estavam envolvidos, nada de bom acontecia, apenas dor.Leo voltou para o carro, mas não partiu imediatamente. Em vez disso, levantou a cabeça e olhou para a janela do quarto onde Ana estava. Através da luz fraca, viu Ana puxando a cortina. Embora ela o tenha mandado embora, ele ainda estava preocupado. Mesmo que Ana não quisesse vê-lo, pelo menos se algo acontecesse, ele poderia ser informado imediatamente.Pensando nisso, Leo pegou uma toalha e secou-se. Seu olhar estava fixo naquela janela, na fraca luz amarela que parecia ser a única iluminação na escuridão, trazendo um pouco de tranquilidade ao seu coração....Na manhã seguinte, Ana levantou-se da cama e entrou no banheiro para se arrumar. Ao olhar para seu reflexo no espel
Ao ouvir a oferta rápida de Ana, o rosto do advogado se iluminou ainda mais.- Então, por favor, nos conte os detalhes específicos.Ana explicou claramente como a família Santos havia tirado Pedro dela e a forçado a desistir da guarda. A expressão relaxada do advogado se transformou em estranheza ao ouvir Ana dizer que ela queria processar a família Santos.Ele examinou Ana e perguntou:- Você quer dizer que a família Santos roubou seu filho e que você é a mãe do herdeiro da família Santos?Ana franziu a testa e respondeu:- É exatamente isso.Um traço de sarcasmo apareceu no rosto do advogado. Todos sabiam que o Sr. Leo da família Santos não se envolvia com mulheres. Muitas damas da alta sociedade tentaram se casar com ele e ter filhos, mas sem sucesso. Essa mulher comum enlouqueceu? Se ela realmente tivesse essa habilidade, por que ela teria recusado? Afinal, se o filho dela realmente herdasse a fortuna da família Santos, ele se tornaria um magnata bilionário. O advogado sentiu que
Ana ficou sentada ali por um tempo, com uma expressão desagradável no rosto, mas acabou se levantando e saindo do prédio. Afinal, continuar ali não levaria a lugar nenhum. Era melhor pensar em outras soluções.Ana caminhava pela rua e começou a ligar para os outros meios de comunicação. Já que a abordagem legal não funcionava, ela queria tentar expor o assunto pela mídia. Afinal, a família Santos era uma família de prestígio e certamente não queria que uma disputa pela guarda de uma criança se tornasse conhecida por todos.Ana ligou para um jornal, e quando o jornal soube que ela queria expor uma história sobre uma família poderosa, eles ficaram interessados, mas imediatamente recusaram ao ouvir que era sobre a família Santos.- Senhorita, você é muito ingênua. Você sabe que todas as notícias relacionadas à família Santos precisam passar por uma revisão antes de serem divulgadas pela mídia. Não podemos ajudar você com isso.Embora os jornalistas desejassem uma boa história, eles também
Ana concordou com um som e perguntou sobre a situação do menino. Depois de conversarem por um tempo, finalmente desligaram o telefone.Ao descobrir que Pedro estava se adaptando bem à família Santos, Ana sentiu um alívio. Ela deveria estar feliz, mas a amargura em seu coração só aumentava.Ana não conseguia deixar de pensar nas palavras do advogado sobre as condições oferecidas pela família Santos. Eram coisas que uma pessoa comum como ela não poderia proporcionar em toda a vida. Será que Pedro algum dia não a iria querer mais por perto?Ao pensar nisso, um peso enorme se instalou em seu peito, uma sensação opressiva e desconfortável. Ela segurava suas roupas junto ao peito, sem saber como se livrar desse sentimento.Com a cabeça baixa, seus longos cabelos escondiam seus olhos, impedindo que as pessoas vissem sua expressão facial. Após algum tempo, ela começou a rir subitamente.No entanto, seu sorriso era ainda mais triste do que o choro. Enquanto sorria, lágrimas também escorriam inc
Ana madrugou correndo até lá, certamente cheia de expectativas, mas acabou se deparando com esse advogado, o que a abalou profundamente.Leo cerrava os punhos e encarava o advogado com frieza, enquanto este tentava se atribuir méritos.- Na sua opinião, o que é justiça e equidade na lei? Encarar uma mãe que perdeu seu filho e agir com esse sarcasmo superior, fazendo-a sair desesperada?Leo apertou ainda mais os punhos, sua voz ficando cada vez mais fria.O advogado começou a suar frio imediatamente. Como... Como as coisas saíram tão diferentes do que ele imaginava?Ele sabia que a mulher estava isolada, incapaz de disputar a custódia da criança com a família Santos. Leo não deveria estar feliz?Por que a expressão de Leo parecia tão terrível, como se ele fosse devorá-lo?Antes que o advogado pudesse dizer algo, Leo se virou e disse:- Já que esse escritório de advocacia não pode fazer justiça, acredito que não tenha mais razão para existir. Pense no que você vai fazer daqui para frente