- Claro que não sou tão insensível assim, desde que você não faça nada precipitado, não permitirei que ninguém a machuque. Na verdade, se ela entender a situação, eu a compensarei de maneira sincera.O tom do Sr. Dantes era calmo, mas isso deixou a respiração de Leo um pouco sufocada.Ele entendeu que essas palavras eram para si mesmo. Com a capacidade de Ana, seria impossível para ela enfrentar a família Santos, a menos que ele intervisse.No entanto, se ele agisse, o Sr. Dantes provavelmente mobilizaria as pessoas que ele deixou ao redor de Ana.Leo conhecia muito bem os métodos do Sr. Dantes, e Ana certamente não suportaria as consequências.Em um instante, Leo sentiu-se desesperado. Ele percebeu que foi muito precipitado, subestimando a determinação da família Santos em manter Pedro.Ele não tinha enviado ninguém para proteger Ana e não ousava colocar a vida dela em risco.Vendo a expressão cambiante de Leo, o Sr. Dantes não disse mais nada. Seu filho era uma pessoa inteligente e d
Ao ouvir essas palavras, o Sr. Dantes e Leo pararam imediatamente de discutir e correram para lá. Quando chegaram à porta, viram que estava fechada e de dentro vinham sons de objetos sendo quebrados, o que era assustador. Embora o Sr. Dantes tivesse visto Pedro apenas uma vez, ele já gostava muito dele. Diante dessa situação, ele bateu na porta e tentou acalmá-lo: - Pedrinho, abre a porta. Se tiver alguma coisa, fale com o vovô. Pedro nem ligou para as palavras dele, além do barulho estridente e irritante, ainda veio o desabafo do pequeno com a voz rouca e desesperada: - Não tenho nada para falar com você, você é o vilão que me separou da minha mãe, não quero mais te ver.Ao ouvir isso, o Sr. Dantes franzia a testa, não esperava que a criança guardasse tanto rancor.Assim, seria difícil cultivar um relacionamento desse jeito. Ele ia dizer algo, mas Leo o impediu. A voz de Pedro já estava rouca de tanto chorar, e Leo sentiu-se angustiado ao ouvir isso. Ele bateu na porta e disse:
Leo levou Pedro para outro quarto limpo. Nesse momento, o empregado trouxe uma kit de primeiros socorros, prontos para fazer um curativo em Pedro. No entanto, Leo fez um gesto com a mão e disse: - Podem sair, eu me encarrego disso. O empregado, ao ouvir isso, saiu respeitosamente do quarto. Agora só restavam os dois no ambiente. Leo limpou cuidadosamente o ferimento, aplicou um medicamento anti-inflamatório e finalmente cobriu o corte com um curativo adesivo. Pedro observava atentamente todos os seus movimentos e, após um momento, olhou para cima e perguntou: - Você estava falando sério há pouco? As emoções de Pedro estavam à beira do colapso. Desde que nasceu, até agora, ele nunca tinha ficado separado de Ana por tanto tempo dessa forma. Ele nem mesmo sabia quando poderiam se encontrar novamente, o que o deixava muito inseguro. Se não fosse pelo Leo, falando com ele e pedindo para se acalmar, provavelmente Pedro ia continuar arrumando confusão. Ele iria tentar arranjar um jeit
O Sr. Dantes levou o pequeno Pedro para o quarto de Mariana e, por coincidência, assim que entraram, ela acordou.O Sr. Dantes deu umas palmadinhas leves nas costas do garotinho Pedro, que imediatamente chamou a vovó.Ao ouvir esse chamado, Mariana relaxou um pouco sua expressão inicialmente tensa, segurou a mão de Pedro e o fez sentar na beira da cama para que ela pudesse olhá-lo direito.O Sr. Dantes, observava essa cena com um sorriso de satisfação. Ele tinha uma dívida pendente com a Mariana por tantas coisas no passado, mas agora, ao ver a felicidade dela, seu coração se acalmou.Ao ver os pais e Pedro tão alegres juntos, Leo não conseguia sentir a mesma felicidade.Pois ele sabia que, por trás dessa imagem harmoniosa e bonita, Ana estava passando por uma grande agonia.No entanto, ele não disse nada e saiu do quarto em silêncio. O Sr. Dantes percebeu, mas também não disse nada.Agora, Pedro estava em suas mãos, não importava o que Ana pensasse ou se Leo mudaria de lado, nada diss
Ana estava imaginando várias maneiras que poderiam ser eficazes. De qualquer jeito, ela teria que se esforçar e tentar. Com esse pensamento, Ana não se sentiu tão desanimada como antes. Ela pegou o computador e começou a procurar os melhores escritórios de advocacia e mídia locais. Ela estava anotando as informações atentamente quando seu celular tocou. Ela deu uma olhada e viu que era o número de Leo. Ana nem pensou duas vezes e desligou o telefone. A calma que ela tinha conseguido com dificuldade instantaneamente se transformou em irritação. Como esse cara ainda tinha coragem de ligar para ela? Ele achava que ela ainda iria cair em suas palavras bonitas? Leo já havia estacionado o carro em frente à casa de Juliana. Conhecendo o temperamento de Ana, ela provavelmente estava procurando abrigo na casa de uma amiga. Leo pensou em subir direto para encontrá-la, mas reconsiderou e resistiu ao impulso. Ana podia não querer vê-lo agora, ele não queria estimular ainda mais as emoções
Leo permanecia imóvel do lado de fora da porta, com o coração apertado após tocar a campainha. Ele queria ver Ana, confirmar se ela estava bem, mas também tinha medo de encará-la, medo de encontrar desprezo e ódio em seus olhos. Essa sensação era completamente nova para Leo.Após esperar por um tempo, ele ouviu passos vindos de dentro e respirou fundo. Nesse momento, a porta se abriu. Leo estava prestes a dizer algo quando Ana jogou um copo cheio de água quente em seu rosto. Leo nunca esperaria receber uma "surpresa" tão grande e ficou completamente atordoado.Ao ver Leo parecendo um gato molhado e desgrenhado, Ana falou friamente, como se estivesse congelada:- Vá embora, o mais longe que puder!Depois de dizer isso, Ana estava prestes a fechar a porta. Leo, mesmo com o cabelo e as roupas ainda molhados, segurou a porta com as mãos e disse apressadamente:- Espere, Ana, eu entendo que você está com raiva. Você pode me bater ou xingar, desabafar tudo o que está sentindo, está bem?Leo
Depois de dizer isso, Leo começou a se afastar lentamente do local, mas suas pernas pareciam pesadas como chumbo. Ao pensar na aparência de Ana momentos atrás, seu coração doía intensamente. Ela não estava errada ao dizer que ele era um azarado, pois sempre que estavam envolvidos, nada de bom acontecia, apenas dor.Leo voltou para o carro, mas não partiu imediatamente. Em vez disso, levantou a cabeça e olhou para a janela do quarto onde Ana estava. Através da luz fraca, viu Ana puxando a cortina. Embora ela o tenha mandado embora, ele ainda estava preocupado. Mesmo que Ana não quisesse vê-lo, pelo menos se algo acontecesse, ele poderia ser informado imediatamente.Pensando nisso, Leo pegou uma toalha e secou-se. Seu olhar estava fixo naquela janela, na fraca luz amarela que parecia ser a única iluminação na escuridão, trazendo um pouco de tranquilidade ao seu coração....Na manhã seguinte, Ana levantou-se da cama e entrou no banheiro para se arrumar. Ao olhar para seu reflexo no espel
Ao ouvir a oferta rápida de Ana, o rosto do advogado se iluminou ainda mais.- Então, por favor, nos conte os detalhes específicos.Ana explicou claramente como a família Santos havia tirado Pedro dela e a forçado a desistir da guarda. A expressão relaxada do advogado se transformou em estranheza ao ouvir Ana dizer que ela queria processar a família Santos.Ele examinou Ana e perguntou:- Você quer dizer que a família Santos roubou seu filho e que você é a mãe do herdeiro da família Santos?Ana franziu a testa e respondeu:- É exatamente isso.Um traço de sarcasmo apareceu no rosto do advogado. Todos sabiam que o Sr. Leo da família Santos não se envolvia com mulheres. Muitas damas da alta sociedade tentaram se casar com ele e ter filhos, mas sem sucesso. Essa mulher comum enlouqueceu? Se ela realmente tivesse essa habilidade, por que ela teria recusado? Afinal, se o filho dela realmente herdasse a fortuna da família Santos, ele se tornaria um magnata bilionário. O advogado sentiu que