O motorista não esperava que Ana se atirasse na frente do carro de repente. Um arrepio percorreu a espinha dele e também de Leo.- Mude de direção! - A ordem do homem ecoou no carro, fazendo com que o motorista atordoado girasse rapidamente o volante, direcionando o veículo para o lado oposto.Finalmente, o carro passou raspando por Ana, que, apesar de não ter sido derrubada, foi lançada ao chão pela forte corrente de ar que o carro criou ao passar. O carro de Leo colidiu com a grade de proteção ao lado da rua devido à mudança repentina de direção. Felizmente, a velocidade não era alta e não houve maiores problemas.Ana caiu no chão, com o coração palpitante de medo. Ela só queria, num ímpeto de emoção, parar Leo, pedir que ele ficasse um pouco mais, pelo menos para ouvir o que ela tinha a dizer. Ela nunca imaginou que quase seria atropelada. Respirando fundo, Ana tentou se levantar para aproveitar a oportunidade e interceptar Leo, mas uma dor aguda atingiu seu tornozelo assim que ela
- Ana, o que aconteceu contigo? Levante-se, por favor.Juliana prontamente avançou para ajudá-la, percebendo somente então que a calça de Ana estava rasgada, os joelhos sangrando, e seu rosto tão pálido que não havia um único vestígio de cor.Mesmo quando Juliana perguntava, Ana parecia não ouvir, sem responder.Sem outras opções, Juliana se viu obrigada a ajudá-la a entrar no carro. Ao tocar em Ana, sentiu sua pele gelada, provavelmente por ter ficado ao ar livre por muito tempo.Juliana precisou usar muita força para conseguir colocar Ana no carro, e então rapidamente solicitou ao motorista do táxi para iniciar a viagem e levá-las para casa.Sentada no carro, Juliana segurou a mão de Ana, levemente acariciando suas costas.- Ana, o que aconteceu? Você disse que não voltaria para casa, por que de repente...Os olhos vazios de Ana se mexeram ligeiramente.- Juliana, Pedro foi diagnosticado com leucemia aguda, não consegui encontrar um doador compatível, então tive que voltar e pedir aj
Depois de um tempo que parecia eterno, debaixo do jorro gelado, Leo sentiu sua pele fria ao ponto de ficar dormente, antes de desligar o chuveiro. O homem pegou uma toalha casualmente, secou o cabelo e trocou de roupa antes de sair do banheiro. Seu semblante não revelava mais nenhuma anormalidade.Não importava mais as artimanhas que Ana inventasse, fosse Pedro realmente doente ou ela simplesmente ressentida e disposta a causar problemas por ele estar prestes a se casar novamente. Ele não mudaria a decisão que tomou, nem mesmo se essa pessoa fosse Ana....Juliana levou Ana de volta para casa, colocando-a no sofá da sala, antes de correr para pegar o kit de primeiros socorros.- Pode doer um pouco.Com o álcool em mãos, Juliana limpou as feridas de Ana. O álcool derramado sobre as feridas causava uma dor aguda, mas Ana parecia indiferente, não reagindo. Neste momento, ela simplesmente não se importava consigo mesma. Ela só queria resolver a questão da compatibilidade da medula óssea o
Luísa estava radiante, querendo que Leo experimentasse a roupa para ela, mas o homem estava claramente distraído.- Coloque no guarda-roupa. Com estas palavras, Leo desceu as escadas primeiro.Luísa se sentiu frustrada. Apertando os lábios, desde que propôs o noivado, a atitude de Leo sempre foi indiferente. Ela não se sentia como sua noiva, mas sim como uma estranha.Dizer que ela não se importava seria mentira. Luísa respirou fundo, suprimindo sua insatisfação.Afinal, ele já era dela. O que importava se ele não a amava?Eles teriam um filho e, conhecendo a personalidade de Leo, ele nunca abandonaria sua esposa e filho. Seu lugar estava, portanto, garantido.Imaginando um futuro brilhante, Luísa não ficou mais irritada. Ela pegou o terno caro feito sob medida e se preparou para pendurá-lo.Então, ouviu o toque irritante e abrupto de um celular.O celular de Leo estava sobre a mesa, parecia que ele se esqueceu de pegar.Depois de pensar um pouco, movida pela curiosidade, ela pendurou
Quando Dantes falou, Leo não disse mais nada, simplesmente comeu o jantar em silêncio. Luísa já estava acostumada com sua indiferença e não provocou problemas desnecessariamente. Ao invés disso, ela comeu sua refeição enquanto conversava com Dantes. Ela sabia que Leo tinha concordado em se casar com ela porque ela o havia salvo, e também por causa de seu bom relacionamento com os anciãos da família Santos. Isso era sua maior vantagem para se estabelecer na família Santos, então Luísa naturalmente a gerenciava cuidadosamente. Durante o jantar, embora Leo não tivesse falado uma palavra, o ambiente não foi monótono, graças aos esforços de Luísa para animar a situação. Depois de jantar distraidamente, Leo retornou ao seu quarto, deu uma olhada no telefone na mesa, deitou-se na cama e cobriu os olhos com a mão....Juliana preparou alguns pratos simples na cozinha. Quando ela os trouxe, viu Ana segurando seu celular em estado de transe.- O que está acontecendo, Ana? Em que você está pe
Juliana não disse mais nada, as duas comeram em silêncio e Ana voltou ao seu quarto.Apesar de ter passado um longo dia viajando de volta do exterior, quando se deitou na cama, em vez de sentir sono, ela só conseguia encarar o teto em estado de letargia. Não se sabia quanto tempo tinha passado assim, até que finalmente fechou os olhos e teve um sono inquieto....No dia seguinte, ao amanhecer.Ana despertou cedo, olhou para o celular, pensou um pouco e decidiu se levantar.Ela havia concordado em encontrar Leo na empresa, na manhã seguinte. Para demonstrar seriedade, seria melhor ir mais cedo e esperar por ele.Depois de se arrumar um pouco e preparar um café da manhã simples, ela deixou uma porção para Juliana, deu algumas mordidas e saiu.Ao chegar ao prédio do Grupo Santos, Ana sentiu uma leve ansiedade.Afinal, ela havia sido expulsa de lá no dia anterior, mas dessa vez, os seguranças não reagiram quando a viram, e ela conseguiu entrar sem problemas no prédio do Grupo Santos.Ana s
Se fosse um dia normal, Luísa teria se apressado ao ouvir essas palavras, mas desta vez, ela simplesmente riu.- Ana, você é realmente ingênua. Você acha que depois de tantos anos longe, eu não fiz nada? Admito, inicialmente eu consegui ficar ao lado de Leo porque ele me confundiu com você. No entanto, a habilidade de fazer ele me aceitar, de fazer a família Santos me apoiar, é totalmente minha. Ana, mesmo que queira voltar atrás, você deve pensar se a família Santos poderá acolher uma mulher como você, que semeia discórdia entre tio e sobrinho? Você se esqueceu de como era ser insultada até não se atrever a sair de casa?Ao mencionar isso, Ana ficou corada, mas não conseguiu retrucar. Ela estava prestes a dizer algo quando o olhar de Luísa caiu na entrada da escada, escurecendo repentinamente.Luísa se aproximou bruscamente de Ana, segurou seu pulso com força e sussurrou em seu ouvido.- Então, aproveite enquanto ainda não quero te machucar e saia daqui. Caso contrário, não posso gar
- Não fui eu, não fui eu! - Ana apressou-se a explicar que Luísa havia caído sozinha, mas Leo nem sequer olhou para ela, seu olhar estava fixo na mulher que jazia em uma poça de sangue. - Luísa, Luísa! Luísa abriu os olhos, estendeu a mão e agarrou a roupa de Leo, a qual estava manchada com seu próprio sangue. - Leo, não culpe Ana. Foi eu que não tomei cuidado. Luísa forçou um sorriso, as marcas de suas bochechas brilhando acusadoramente. Ana apertou os punhos. Ela percebeu que as coisas não eram tão simples quanto pareciam. Ela tinha caído em uma armadilha!- Eu realmente não a empurrei! - Ana insistiu rapidamente.No entanto, Leo apenas olhou friamente para Ana. Ele não fez qualquer gesto que pudesse sugerir que ele acreditava nela, olhando para Luísa em vez disso.- Aguente firme, eu vou chamar uma ambulância e te levar ao hospital. Leo não se atrevia a mover Luísa, com medo de agravar qualquer possível fratura que ela pudesse ter. Ele rapidamente pegou o telefone e ligou para