Luísa também se assustou, nunca viu Leo perder a calma dessa maneira.A influência de Ana sobre o humor de Leo era inegavelmente forte.Luísa sentiu um calafrio, por sorte, era ela quem atendia a ligação de hoje. Caso contrário, quem saberia o que poderia ter acontecido.- Leo, se acalme. - Luísa rapidamente se aproximou e segurou Leo.- Se realmente aconteceu algo com Ana, ou se ela mudou de ideia, eu vou entender. Não fique tão agitado, você ainda está se recuperando de um ferimento. Leo respirou fundo, acalmando-se, olhou para Luísa...- Não se preocupe, não importa a razão, o que eu decido não muda. A cerimônia de noivado continua.Embora dissesse isso, Leo já não tinha mais o humor para ficar à vontade escolhendo um terno.- Continue procurando aqui, preciso resolver uma coisa.Sem dar a Luísa a chance de detê-lo, Leo se virou e partiu. Luísa sabia que ele estava à beira de um colapso emocional. Qualquer coisa que ela dissesse agora apenas complicaria a situação. Então, ela não o
Ana estava lá, a mente repleta das palavras cruéis que Leo acabava de pronunciar.Não sabia-se quanto tempo ainda estava ali, mas Claudia, preocupada que algo pudesse ter acontecido com Ana, saiu e, ao vê-la parada no corredor, correu para seu encontro.- Ana, você conversou com Leo? Como foi?Ana voltou à realidade. Tentou forçar um sorriso para tranquilizar sua mãe, mas não conseguiu. Ela só podia sacudir a cabeça impotentemente.- Ele se recusou a ajudar?Ao ouvir isso, Claudia também ficou muito preocupada.Pedro era seu neto adorado, a criança que ela viu crescer desde pequeno. Se algo acontecesse com ele, Claudia também não suportaria.- Ele vai ficar noivo de outra pessoa e me pediu para não incomodá-lo mais.Havia um tom inapagável de zombaria na voz de Ana.- O quê? Ele vai se envolver com outra mulher tão rápido?Claudia imediatamente sentiu que Leo realmente não era uma boa pessoa.No entanto, a vida de Pedro dependia de sua ajuda.Ana acenou com a cabeça. Ela também não esp
Leo abriu a janela do carro para dispersar o aroma que enchia o ar, chamou Ivan e pediu-lhe para levá-lo de volta ao escritório. Mesmo com o ferimento na mão ainda presente, Leo havia retomado sua rotina de trabalho. Imerso em suas tarefas, conseguia afastar pensamentos indesejados e sentimentos errôneos, proporcionando uma tranquilidade inesperada. Ivan, rápido como sempre, logo chegou e levou Leo para a empresa....Algumas horas depoisO avião em que Ana viajava pousou na Cidade S. Ela contemplava a metrópole que havia deixado recentemente, um lugar que parecia estranhamente familiar, e uma mistura indescritível de sentimentos brotava em seu coração. Pensava que, na última vez que partiu, nunca mais voltaria. No entanto, contra todas as expectativas, ela se encontrava obrigada pelas circunstâncias a voltar a pisar nessa terra. Por um momento, Ana perdeu-se em pensamentos, antes de esconder suas emoções supérfluas. Depois de refletir, decidiu pegar um táxi para o Grupo Santos. Ela h
- Afinal, naquela época você optou por ir embora e agora volta. Que sentido isso faz? Não acha humilhante? - Ivan já não estava mais com o seu bom humor de sempre. Sua fala era uma enxurrada de sarcasmo. A expressão de Ana empalideceu. Ela queria dizer algo, mas Ivan não parecia estar disposto a perder tempo com ela.- Sra. Ana, considerando o que tivemos no passado, seria melhor se você saísse por conta própria. Se causar um tumulto aqui, eu terei que pedir para a segurança te expulsar, e isso não será bonito de ver. - Ivan fez um gesto, convidando Ana a se retirar. Ana, era evidente, não queria ir. Mas quando viu a postura de Ivan, os seguranças atrás dela se aproximaram.- Ivan, quer que a gente intervenha? Vendo a situação, Ana só pôde fingir que estava de saída. Ela mal deu dois passos e ouviu Ivan dando instruções severas aos seguranças.- Se encontrarem essa mulher no futuro, peçam que ela se retire imediatamente. Não há necessidade de discutir com ela. Entendido? - Sim, ent
O motorista não esperava que Ana se atirasse na frente do carro de repente. Um arrepio percorreu a espinha dele e também de Leo.- Mude de direção! - A ordem do homem ecoou no carro, fazendo com que o motorista atordoado girasse rapidamente o volante, direcionando o veículo para o lado oposto.Finalmente, o carro passou raspando por Ana, que, apesar de não ter sido derrubada, foi lançada ao chão pela forte corrente de ar que o carro criou ao passar. O carro de Leo colidiu com a grade de proteção ao lado da rua devido à mudança repentina de direção. Felizmente, a velocidade não era alta e não houve maiores problemas.Ana caiu no chão, com o coração palpitante de medo. Ela só queria, num ímpeto de emoção, parar Leo, pedir que ele ficasse um pouco mais, pelo menos para ouvir o que ela tinha a dizer. Ela nunca imaginou que quase seria atropelada. Respirando fundo, Ana tentou se levantar para aproveitar a oportunidade e interceptar Leo, mas uma dor aguda atingiu seu tornozelo assim que ela
- Ana, o que aconteceu contigo? Levante-se, por favor.Juliana prontamente avançou para ajudá-la, percebendo somente então que a calça de Ana estava rasgada, os joelhos sangrando, e seu rosto tão pálido que não havia um único vestígio de cor.Mesmo quando Juliana perguntava, Ana parecia não ouvir, sem responder.Sem outras opções, Juliana se viu obrigada a ajudá-la a entrar no carro. Ao tocar em Ana, sentiu sua pele gelada, provavelmente por ter ficado ao ar livre por muito tempo.Juliana precisou usar muita força para conseguir colocar Ana no carro, e então rapidamente solicitou ao motorista do táxi para iniciar a viagem e levá-las para casa.Sentada no carro, Juliana segurou a mão de Ana, levemente acariciando suas costas.- Ana, o que aconteceu? Você disse que não voltaria para casa, por que de repente...Os olhos vazios de Ana se mexeram ligeiramente.- Juliana, Pedro foi diagnosticado com leucemia aguda, não consegui encontrar um doador compatível, então tive que voltar e pedir aj
Depois de um tempo que parecia eterno, debaixo do jorro gelado, Leo sentiu sua pele fria ao ponto de ficar dormente, antes de desligar o chuveiro. O homem pegou uma toalha casualmente, secou o cabelo e trocou de roupa antes de sair do banheiro. Seu semblante não revelava mais nenhuma anormalidade.Não importava mais as artimanhas que Ana inventasse, fosse Pedro realmente doente ou ela simplesmente ressentida e disposta a causar problemas por ele estar prestes a se casar novamente. Ele não mudaria a decisão que tomou, nem mesmo se essa pessoa fosse Ana....Juliana levou Ana de volta para casa, colocando-a no sofá da sala, antes de correr para pegar o kit de primeiros socorros.- Pode doer um pouco.Com o álcool em mãos, Juliana limpou as feridas de Ana. O álcool derramado sobre as feridas causava uma dor aguda, mas Ana parecia indiferente, não reagindo. Neste momento, ela simplesmente não se importava consigo mesma. Ela só queria resolver a questão da compatibilidade da medula óssea o
Luísa estava radiante, querendo que Leo experimentasse a roupa para ela, mas o homem estava claramente distraído.- Coloque no guarda-roupa. Com estas palavras, Leo desceu as escadas primeiro.Luísa se sentiu frustrada. Apertando os lábios, desde que propôs o noivado, a atitude de Leo sempre foi indiferente. Ela não se sentia como sua noiva, mas sim como uma estranha.Dizer que ela não se importava seria mentira. Luísa respirou fundo, suprimindo sua insatisfação.Afinal, ele já era dela. O que importava se ele não a amava?Eles teriam um filho e, conhecendo a personalidade de Leo, ele nunca abandonaria sua esposa e filho. Seu lugar estava, portanto, garantido.Imaginando um futuro brilhante, Luísa não ficou mais irritada. Ela pegou o terno caro feito sob medida e se preparou para pendurá-lo.Então, ouviu o toque irritante e abrupto de um celular.O celular de Leo estava sobre a mesa, parecia que ele se esqueceu de pegar.Depois de pensar um pouco, movida pela curiosidade, ela pendurou