Ana soltou aquelas palavras e retornou ao quarto, sem saber como explicar seus pensamentos. Sua mente estava confusa.Paulo olhou para sua figura nervosa e apertou lentamente o punho.No fim das contas, ele pegou o celular e discou um número....Após tomar um banho, Ana saiu do banheiro e secou o cabelo, mas ainda estava distraída.Enquanto estava absorta, o celular de Ana começou a tocar.Ela deu uma olhada e viu que era Claudia, do exterior. Ana atendeu imediatamente.- Mãe, o que foi? Por que está me ligando a essa hora?- Nada em especial, só queria saber como estão as coisas recentemente.- Estou bem, não se preocupe.Ana sempre compartilhava apenas boas notícias.- Bom, e quanto ao assunto entre você e Paulo? Quando vocês vão tomar uma decisão?Claudia pensava nas palavras de Paulo. Depois de compreender o que Ana havia passado no passado, sua maior preocupação era que ela se envolvesse com aquele homem novamente.Ao retornar ao país dessa vez, ela já estava preocupada, e as coi
Após uma noite de reflexões, Ana estava exausta e decidiu deixar de lado esses pensamentos. Talvez ela pudesse lidar com o trabalho desta vez através do trabalho remoto e de algumas viagens. Ela não queria mais se preocupar, nem dar a si mesma a oportunidade de vacilar.- Acho que está tudo bem, mamãe. Você está planejando voltar para o país?- Sua avó no exterior sente muito a sua falta. Vamos voltar em alguns dias, o que você acha?Pedro assentiu obedientemente. Ele não tinha objeções em voltar para o país, mas essa decisão repentina o deixou desconfortável. Afinal, quando voltaram, sua mãe estava muito determinada, mas agora ela estava sugerindo voltar.Algo parecia estranho, e Pedro imediatamente pensou em Leo. Será que aquele pai irresponsável estava aprontando novamente? Afinal, além dele, não havia mais ninguém que pudesse afetar o humor de sua mãe dessa maneira.Pedro apertou silenciosamente seu pequeno punho. Ele não esperava que aquele homem desprezível ainda estivesse por pe
Essa situação repentina era algo que ninguém esperava. Quando alguém percebeu o que estava acontecendo, já era tarde demais para impedir.Uma multidão ao redor não conseguiu conter o grito de surpresa, e até os mais medrosos fecharam os olhos e soltaram gritos de medo.O carro se aproximava em alta velocidade em direção a uma criança tão pequena, que não havia espaço para ela se esquivar. Ela seria atingida e lançada pelo impacto.No meio da multidão, Luísa estava com os olhos arregalados, observando a cena.Nesse momento, não havia medo em seu coração, apenas excitação e empolgação.Nos últimos dias, as pessoas que ela havia enviado não conseguiram encontrar uma oportunidade para agir. Ana estava mantendo um olhar atento nesse pestinha, com adultos indo buscá-lo na creche todos os dias.Luísa também não se atreveu a agir precipitadamente, mas hoje ela não sabia o que havia acontecido. De repente, encontrou a oportunidade de pegar esse moleque desprevenido.Pedro olhou para o carro se
Pedro olhava preocupado para as pessoas dentro do carro, seu salvador. Ele não podia deixar que algo acontecesse com elas, senão se sentiria culpado pelo resto da vida.Mas quando ouviu alguém dizer que era o carro do Leo, o pequeno ficou surpreso. Foi o Leo quem o salvou?De repente, suas emoções se tornaram extremamente complexas...A certa distância, Luísa também experimentava uma montanha-russa de emoções. Ela estava diante de um telescópio, acreditando que tudo estava indo bem e prestes a ter sucesso, quando subitamente alguém apareceu e arruinou seus planos.No fundo, Luísa amaldiçoou mentalmente aquela pessoa intrometida, desejando que ela morresse imediatamente. Mas ao olhar para o carro, ela ficou surpresa.Era um carro de edição limitada mundial, e na cidade, havia apenas um igual, pertencente ao Leo.Não poderia ser... Essa pessoa que apareceu de repente era o Leo?Será que o Leo já sabia de algo? Ou talvez, mesmo sem saber de nada, ele seria capaz de arriscar sua própria vi
Hospital?!Ana queria perguntar mais, mas do outro lado parecia estar ocupado e só mencionou o endereço do hospital e o andar da sala de emergência, antes de desligar o telefone.Num instante, a mente de Ana ficou em branco. Pedro não devia estar bem na creche? Como é que ele foi parar no hospital?E além disso, sala de emergência?O que foi que aconteceu com ele afinal?Ana estava tremendo por completo. Se não fosse algo grave, ele não teria ido para a sala de emergência...Passado algum tempo, Ana esforçou-se para acalmar-se. Ela pediu para alguém arrumar a bagunça no escritório, pegou as chaves do carro da mesa e saiu correndo como uma louca.No caminho, Ana conduziu o carro o mais rápido possível em direção ao hospital.Não demorou muito e ela estacionou o carro no estacionamento do hospital. Mal tinha estabilizado o carro, quando Ana abriu a porta e correu diretamente para dentro.Ana apertou o botão do elevador e, quando as portas se abriram, ela entrou com o rosto pálido, pressi
Ana estava esperando lá fora. Finalmente, depois de um tempo indeterminado, a porta da sala de emergência se abriu.Ana se apressou e agarrou o médico.- Doutor, como ele está realmente?- O paciente não corre perigo de vida, o airbag bloqueou a maior parte do impacto, mas o braço ainda está quebrado. Ele também bateu a cabeça, o que pode ter causado uma leve concussão. No geral, não é grande coisa, uma boa recuperação é o que ele precisa agora.Ao ouvir isso, Ana soltou um suspiro de alívio. As sobrancelhas de Pedro, que estiveram franzidas o tempo todo, finalmente se suavizaram um pouco.Graças a Deus, aquele homem estava bem. Caso contrário, ele se sentiria culpado pelo resto da vida.- Ele está no quarto agora. Você deve ir lá, limpe o sangue dele e troque suas roupas.O médico, ao ver a preocupação de Ana por Leo, presumiu naturalmente que ela era da família e a aconselhou antes de sair.Ana hesitou por um momento, em teoria, ela deveria manter sua distância de Leo.Mas, independe
Pedro sentiu o calor emanando da grande mão de Leo, um pouco desconfortável, querendo esquivar-se. No entanto, ao levantar os olhos e ver o gesso espesso no braço esquerdo de Leo, ele se conteve. No entanto, seu rosto jovem e alvo adquiriu uma ligeira coloração vermelha, de forma imperceptível.Ao ver a expressão do menino, Ana não pôde deixar de suspirar interiormente. Seria essa a chamada atração do laço sanguíneo? Ela sabia que Pedro sempre foi uma criança orgulhosa e precoce, comportando-se como um pequeno adulto. Ela nunca o viu tão tímido antes. Ana suspirou.- Pedro, por que você não sai um pouco? Tenho algo para conversar com Leo.Pedro, ouvindo isso, olhou para Ana com alguma confusão. Ao ver a seriedade em seu rosto, não falou mais e saiu.Com Pedro fora e a porta fechada, Ana falou com sinceridade.- Como você está se sentindo agora? Ainda dói em algum lugar?- Você está preocupada comigo?Ana ficou momentaneamente sem palavras. Ouvir Leo expressar gentileza era raro, o que
Leo segurava as mãos de Ana, aquelas mãos pequenas e delicadas, com calos finos na palma, o vestígio de seus anos de estudos e trabalho árduo no exterior. Ele gentilmente acariciava a mão de Ana, e seu coração se sentia verdadeiramente satisfeito. Apesar de a dor da ferida estar começando a reaparecer com o efeito do anestésico diminuindo, ele estava satisfeito no momento. Ao menos, isso a mantinha disposta a ficar ao seu lado.A palma da mão de Leo estava suando levemente por causa da força aplicada, mas ele não tinha a menor vontade de soltar. Contudo, ao ver Ana tão desprotegida diante dele, seu coração começou a agitar-se novamente. Enquanto a mulher ao seu lado fosse Ana, qualquer contato físico, não importava o quão íntimo, nunca seria suficiente.Ana ficou sentada com Leo por um tempo. Ela sentiu que era quase hora de ir, já que Pedro ainda estava esperando do lado de fora para voltar para casa com ela.- Leo, você deveria soltar minha mão agora...Antes que ela pudesse terminar