Hospital?!Ana queria perguntar mais, mas do outro lado parecia estar ocupado e só mencionou o endereço do hospital e o andar da sala de emergência, antes de desligar o telefone.Num instante, a mente de Ana ficou em branco. Pedro não devia estar bem na creche? Como é que ele foi parar no hospital?E além disso, sala de emergência?O que foi que aconteceu com ele afinal?Ana estava tremendo por completo. Se não fosse algo grave, ele não teria ido para a sala de emergência...Passado algum tempo, Ana esforçou-se para acalmar-se. Ela pediu para alguém arrumar a bagunça no escritório, pegou as chaves do carro da mesa e saiu correndo como uma louca.No caminho, Ana conduziu o carro o mais rápido possível em direção ao hospital.Não demorou muito e ela estacionou o carro no estacionamento do hospital. Mal tinha estabilizado o carro, quando Ana abriu a porta e correu diretamente para dentro.Ana apertou o botão do elevador e, quando as portas se abriram, ela entrou com o rosto pálido, pressi
Ana estava esperando lá fora. Finalmente, depois de um tempo indeterminado, a porta da sala de emergência se abriu.Ana se apressou e agarrou o médico.- Doutor, como ele está realmente?- O paciente não corre perigo de vida, o airbag bloqueou a maior parte do impacto, mas o braço ainda está quebrado. Ele também bateu a cabeça, o que pode ter causado uma leve concussão. No geral, não é grande coisa, uma boa recuperação é o que ele precisa agora.Ao ouvir isso, Ana soltou um suspiro de alívio. As sobrancelhas de Pedro, que estiveram franzidas o tempo todo, finalmente se suavizaram um pouco.Graças a Deus, aquele homem estava bem. Caso contrário, ele se sentiria culpado pelo resto da vida.- Ele está no quarto agora. Você deve ir lá, limpe o sangue dele e troque suas roupas.O médico, ao ver a preocupação de Ana por Leo, presumiu naturalmente que ela era da família e a aconselhou antes de sair.Ana hesitou por um momento, em teoria, ela deveria manter sua distância de Leo.Mas, independe
Pedro sentiu o calor emanando da grande mão de Leo, um pouco desconfortável, querendo esquivar-se. No entanto, ao levantar os olhos e ver o gesso espesso no braço esquerdo de Leo, ele se conteve. No entanto, seu rosto jovem e alvo adquiriu uma ligeira coloração vermelha, de forma imperceptível.Ao ver a expressão do menino, Ana não pôde deixar de suspirar interiormente. Seria essa a chamada atração do laço sanguíneo? Ela sabia que Pedro sempre foi uma criança orgulhosa e precoce, comportando-se como um pequeno adulto. Ela nunca o viu tão tímido antes. Ana suspirou.- Pedro, por que você não sai um pouco? Tenho algo para conversar com Leo.Pedro, ouvindo isso, olhou para Ana com alguma confusão. Ao ver a seriedade em seu rosto, não falou mais e saiu.Com Pedro fora e a porta fechada, Ana falou com sinceridade.- Como você está se sentindo agora? Ainda dói em algum lugar?- Você está preocupada comigo?Ana ficou momentaneamente sem palavras. Ouvir Leo expressar gentileza era raro, o que
Leo segurava as mãos de Ana, aquelas mãos pequenas e delicadas, com calos finos na palma, o vestígio de seus anos de estudos e trabalho árduo no exterior. Ele gentilmente acariciava a mão de Ana, e seu coração se sentia verdadeiramente satisfeito. Apesar de a dor da ferida estar começando a reaparecer com o efeito do anestésico diminuindo, ele estava satisfeito no momento. Ao menos, isso a mantinha disposta a ficar ao seu lado.A palma da mão de Leo estava suando levemente por causa da força aplicada, mas ele não tinha a menor vontade de soltar. Contudo, ao ver Ana tão desprotegida diante dele, seu coração começou a agitar-se novamente. Enquanto a mulher ao seu lado fosse Ana, qualquer contato físico, não importava o quão íntimo, nunca seria suficiente.Ana ficou sentada com Leo por um tempo. Ela sentiu que era quase hora de ir, já que Pedro ainda estava esperando do lado de fora para voltar para casa com ela.- Leo, você deveria soltar minha mão agora...Antes que ela pudesse terminar
Ana sentiu uma escuridão à sua frente, e imediatamente, um toque morno veio de seus lábios.Ana arregalou os olhos, olhando para o belo rosto de Leo, que estava tão próximo, ainda um pouco atordoada.Quando Ana reagiu e tentou resistir, Leo já havia afastado seus lábios, cessando aquele beijo breve e delicado.Este beijo não tinha um desejo forte, era suave, como um floco de neve que caía em seus lábios, uma sensação ligeiramente fria e cocegante que fez seu coração tremer suavemente.Vendo a aparência de Ana, os olhos de Leo escureceram. Ele soltou as mãos que a prendiam, acariciando suavemente seus cabelos, suas bochechas.- Se uma lesão pode me dar a chance de te ter nos meus braços, acho que vale a pena.Ana olhou para o calor nos olhos de Leo, seu coração batia mais forte, como se quisesse pular fora do peito.Ela respirou fundo e rapidamente se levantou da cama.- Não fale bobagens, eu vou embora agora.Ana deixou essas palavras para trás e fugiu.Leo olhou para as costas dela, s
O garoto, que aparentava ter cinco anos de idade, devia ser o mesmo que Ana carregava em seu ventre naquele tempo. Poderia ele ser o filho de Paulo? Parecia que Ana se casou com Leo naquela época com a intenção de torná-lo o pai do menino, aproveitando-se de seu estado vegetativo.O acidente de Leo teria algo a ver com esta dupla, mãe e filho?O rosto de Mariana escureceu lentamente, a perceber que Ana era ainda mais difícil de lidar do que ela imaginava. Todos esses anos, Ana viveu bem no exterior, e agora de repente voltou com este menino. Era difícil para Mariana não ter maus presságios.Ana estaria revivendo seus planos antigos, tentando tornar o filho de Paulo filho de Leo?Ao ver a desconfiança de Mariana, Luísa finalmente falou.- Senhora, há algo que não sei se devo ou não falar. - O que é?- Parece que Leo sofreu este acidente ao tentar salvar o menino. Há vídeos por toda a internet sobre isso, as pessoas pensam que Leo agiu por justiça, mas... Acredito que não é bem assim.-
Ana conduziu o carro, levando Pedro de volta para casa. Pensando bem, a geladeira parecia estar vazia, então Ana levou o pequeno para o supermercado. Como Pedro também estava ferido, Ana planejava fazer alguns dos pratos favoritos dele para acalmar sua pequena alma. Enquanto selecionava os ingredientes, o celular de Ana tocou.Era uma chamada de Leo. Ana franziu ligeiramente a testa. Ela tinha acabado de sair por um curto período de tempo, e esse homem já estava ligando de novo? No entanto, considerando o favor que devia a Leo, Ana não desligou como antes, mas atendeu a chamada.Assim que atendeu, a voz de Leo soou um tanto lamentável do outro lado.- Ah, é tão triste estar sozinho no hospital. Não tenho nada para comer, estou frio e com fome.O canto da boca de Ana se contraiu, dando-lhe arrepios. Estava acostumada com a frieza de Leo, e vê-lo de repente se fazer de vítima era desconcertante. Se os empregados de Leo vissem ele nesse estado, provavelmente pensariam que ele foi possuído
Ana permaneceu parada por um tempo, percebendo que, mais uma vez, seus pensamentos se voltavam para Leo. Ana franziu a testa ligeiramente e bateu na própria testa duas vezes com a mão.- Chega de pensar nisso, o que ele faz não me diz respeito....Dentro do quarto do hospitalApós ser desligado por Ana, uma frieza indescritível tomou o rosto de Leo. Luísa se aproximou com um sorriso afável, mas antes que pudesse colocar suas coisas, a voz fria de Leo ressoou.- Quem te convidou para vir?Os passos de Luísa pararam.- Eu sei que você não quer me ver, mas sabendo que você se machucou, como poderia não vir? Não importa se você me odeia, Leo, você ainda precisa comer. Senão, não só eu, mas a sua mãe também ficará preocupada.As palavras tristes de Luísa caíram em ouvidos surdos. Se não fosse pela visita inesperada de sua mãe da última vez, Luísa teria sido mandada para o exterior em muito tempo e não estaria aqui hoje.- Não se preocupe comigo, já lhe disse o que deveria fazer, esqueceu?