Naturalmente, Leo não ignorou o tom satisfeito que se insinuava na voz de Ana. Ele franziu os olhos e, sem aviso, esticou a mão, agarrando a cintura dela.Ana, que era extremamente sensível a cócegas, quase saltou de surpresa quando foi tocada de forma tão abrupta pelo homem.Percebendo a reação dela, Leo a puxou para perto, pressionando-a contra suas pernas.- O que... O que você está fazendo? A face de Ana ficou imediatamente vermelha, e esse homem, ao tocar abruptamente sua área sensível, quase a fez tombar.- Tenho medo de dor. Quando sinto dor, não consigo evitar de agarrar algo. Aguente firme. - Disse Leo, com uma expressão de fingida seriedade.Ana ficou irritada. Durante a briga com Paulo, ela não percebeu que Leo tinha medo de dor. Ele estava claramente brincando com ela.De repente, Ana perdeu a vontade de contra-atacar Leo. Ela rapidamente largou o algodão embebido em álcool que estava segurando.- Terminei. Não vai doer mais, pode soltar. Vendo o rosto dela tão rubro quan
A garganta de Leo se contraiu involuntariamente, os olhos adquirindo uma profundidade cada vez maior.- O que foi? Ana notou que Leo havia enrijecido subitamente e pensou que talvez ela o tivesse deixado dolorido sem querer. Ao baixar o olhar para questioná-lo, ela viu as chamas ardentes em seus olhos. Antes que tivesse chance de reagir, a mão dele já tinha agarrado sua cintura e seus lábios finos e bem desenhados a beijaram.Ela deu um pulo de susto e tentou afastar Leo, mas suas mãos estavam cobertas com a pomada que acabara de aplicar e ela temia que, ao empurrá-lo, tocasse em uma de suas feridas, e acabaria sendo sua culpa novamente. Então, apenas permitiu que seus lábios se entreabrissem, deixando Leo tomar o que queria.Sua mente se tornou um caos completo por causa desse beijo inesperado.Porém, Leo não lhe concedeu nem mesmo uma chance de refletir, usurpando audaciosamente o ar de seus pulmões. Depois de um momento, o rosto de Ana tingiu-se de um encantador tom rosado, e até m
Os olhos de Ana reluziam com um brilho úmido.- Por que você não pode confiar em mim, nem uma única vez...Palavras tão suaves que quase se perdiam no vento, flutuavam na quietude da noite, sem deixar vestígios...Na manhã seguinte.Leo despertou e deparou-se com Ana, ao seu lado, ainda entregue ao sono.Um lampejo de contentamento surgiu em seu peito. Ele levantou o lençol, preparando-se para fazer algo, mas viu Ana aconchegada no sono, com a mão gentilmente acariciando a própria barriga.Era um gesto pleno de proteção.Leo sentiu um incômodo súbito.A pequena vida no ventre de Ana, esse invasor indesejado, realmente precisava ser eliminado o mais rápido possível, para evitar que a ligação dela com ele se fortalecesse com o passar do tempo.Enquanto esses pensamentos se formavam em sua mente, o telefone de Leo tocou. Era uma ligação lá da empresa.O homem lançou um olhar carinhoso a Ana, que franzia delicadamente a testa em um gesto de descontentamento, perturbada pelo som melodioso d
No entanto, foi por apenas um instante. Ana voltou a si e assinou seu nome, sem vacilar.Dantes, inicialmente apreensivo de que Ana pudesse ser teimosa, olhou para a atitude despreocupada dela com admiração, sentindo a culpa o inundar ainda mais.Ele retirou cuidadosamente um cartão de seu bolso e o estendeu a Ana:- Ana, tomei conta de toda a situação com a mídia. Eles não ousarão falar baboseiras novamente. No entanto, sua vida pode ser afetada de alguma forma. Aqui está algum dinheiro. Você pode usá-lo para se mudar para outro lugar ou talvez partir para o exterior. Bem... Veja isso como uma pequena compensação de minha parte para você.Dantes já havia planejado tudo. Afinal, o divórcio de Ana e o incidente todo prejudicaram sua reputação.Então, ele naturalmente lhe ofereceria uma compensação.Ana viu o arrependimento nos olhos de Dantes e ela sorriu, dizendo:- Não há necessidade. Já estou muito grata por você ter lidado com a mídia. Causei muitos problemas à família Santos durant
Ao saber que sua mãe estava alheia a esses aborrecimentos, Ana inicialmente soltou um suspiro de alívio. No entanto, ao descobrir que agora era Paulo quem cuidava dela, o humor de Ana tornou-se gradativamente pesado.Há tempos, sua mãe já tinha escolhido Paulo como seu genro. Com receio de abalar o estado emocional de sua mãe, Ana sempre escondeu dela que seu relacionamento com Paulo havia terminado.Agora, se ela, de repente, revelasse essa verdade a sua mãe, seria aceitado por ela?Mas agora, não era a hora de pensar nisso.- Juju, eu te liguei desta vez para contar que pretendo mudar de cidade junto com minha mãe.Ao ouvir isso, Juliana ficou surpresa, mas após refletir um pouco, compreendeu.Afinal, Ana passou por tanta coisa, e nenhum dos homens da família Santos, nem o tio nem o sobrinho, eram dignos de confiança. Se ela ficasse aqui, provavelmente seria importunada.- Eu entendi, se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.Ouvindo as palavras encorajadoras de Juliana, Ana
Ao descobrir que Sérgio havia levado sua mãe, o semblante de Ana se tornou ainda mais pálido. Sérgio e a mãe estavam divorciados há tanto tempo, e esse homem nunca se importou com a enfermidade dela. Levá-la embora nesse momento, certamente não era algo bem-intencionado. - Entendi, agradeço.Ana sabia que discutir com o médico seria como lutar contra moinhos de vento. Expressando sua gratidão, ela deixou o hospital num ritmo acelerado, andando rapidamente enquanto seus dedos deslizavam com uma urgência frenética pelo teclado do celular, tentando ligar para Sérgio.Porém, o silêncio do outro lado da linha era como um vácuo opressor em seu coração.Sabendo que precisava se manter composta, Ana respirou fundo, procurando encontrar a calma interior para não ser abalada, e tomou a decisão de ligar para Luana.Depois de alguns toques, a ligação foi atendida. Ana reprimiu a ira que borbulhava dentro dela e perguntou:- Luana, onde vocês levaram a minha mãe?Ao ouvir a voz acelerada e furios
Nojento?Ao ver o desprezo nos olhos de Sérgio, Ana soltou a mão, empurrou Luana e disparou.- Se você me acha tão repulsiva, então controle sua preciosa filha para que ela não cometa atos desagradáveis. - Ana riu friamente e acrescentou. - Mas talvez, como dizem, a fruta não cai longe do pé.Um pai, que foi ingrato e abandonou sua família, naturalmente teria uma filha sem vergonha como Luana. Sérgio apertou o olhar.- Ana, você continua sendo impetuosa. Agora, a família Santos está em desordem por sua causa, você não tem direito de me confrontar. Ana fechou o punho.- Não estou interessada em discutir com você agora. Só quero saber onde está minha mãe. Se não me engano, vocês se divorciaram há muitos anos e você não tem o direito de restringir a liberdade dela.Vendo Ana tentando se manter calma, Sérgio riu friamente.- Agora que sabe que sua mãe está sob meus cuidados, deve moderar o seu tom. - Certo, então. Sr. Sérgio, para onde você levou minha mãe? - Ana, segurando sua ira, rep
Ana foi arrastada abruptamente para o exterior por dois robustos e imponentes guardas. A despeito de sua feroz resistência, seus esforços revelaram-se fúteis diante do abismo insuperável de poder que lhe enfrentava.Seguindo logo atrás, Luana exibia um sorriso sinistro ao vislumbrar o estado lastimável e desgrenhado de Ana, com vestígios da recente briga ainda adornando seu rosto.Desde aquele constrangedor episódio na família Lopes, quando foi humilhada por Leo, cada lembrança daquela cena incitava um crescente ímpeto assassino dentro de Luana.No mundo todo, a última pessoa a quem ela desejaria sofrer uma derrota humilhante era Ana. Afinal, desde a infância, Luana sempre reinou sobre Ana.Era Luana, a pequena princesa mimada pela família Lopes, enquanto Ana, a filha abandonada e esquecida.Lamentavelmente, a oportunidade de casar-se com Leo, que Ana usurpara no passado, permitiu que ela gozasse de uma vantagem preciosa e saboreasse tal triunfo por tanto tempo.Agora, contudo, com Ana