Ao saber que sua mãe estava alheia a esses aborrecimentos, Ana inicialmente soltou um suspiro de alívio. No entanto, ao descobrir que agora era Paulo quem cuidava dela, o humor de Ana tornou-se gradativamente pesado.Há tempos, sua mãe já tinha escolhido Paulo como seu genro. Com receio de abalar o estado emocional de sua mãe, Ana sempre escondeu dela que seu relacionamento com Paulo havia terminado.Agora, se ela, de repente, revelasse essa verdade a sua mãe, seria aceitado por ela?Mas agora, não era a hora de pensar nisso.- Juju, eu te liguei desta vez para contar que pretendo mudar de cidade junto com minha mãe.Ao ouvir isso, Juliana ficou surpresa, mas após refletir um pouco, compreendeu.Afinal, Ana passou por tanta coisa, e nenhum dos homens da família Santos, nem o tio nem o sobrinho, eram dignos de confiança. Se ela ficasse aqui, provavelmente seria importunada.- Eu entendi, se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.Ouvindo as palavras encorajadoras de Juliana, Ana
Ao descobrir que Sérgio havia levado sua mãe, o semblante de Ana se tornou ainda mais pálido. Sérgio e a mãe estavam divorciados há tanto tempo, e esse homem nunca se importou com a enfermidade dela. Levá-la embora nesse momento, certamente não era algo bem-intencionado. - Entendi, agradeço.Ana sabia que discutir com o médico seria como lutar contra moinhos de vento. Expressando sua gratidão, ela deixou o hospital num ritmo acelerado, andando rapidamente enquanto seus dedos deslizavam com uma urgência frenética pelo teclado do celular, tentando ligar para Sérgio.Porém, o silêncio do outro lado da linha era como um vácuo opressor em seu coração.Sabendo que precisava se manter composta, Ana respirou fundo, procurando encontrar a calma interior para não ser abalada, e tomou a decisão de ligar para Luana.Depois de alguns toques, a ligação foi atendida. Ana reprimiu a ira que borbulhava dentro dela e perguntou:- Luana, onde vocês levaram a minha mãe?Ao ouvir a voz acelerada e furios
Nojento?Ao ver o desprezo nos olhos de Sérgio, Ana soltou a mão, empurrou Luana e disparou.- Se você me acha tão repulsiva, então controle sua preciosa filha para que ela não cometa atos desagradáveis. - Ana riu friamente e acrescentou. - Mas talvez, como dizem, a fruta não cai longe do pé.Um pai, que foi ingrato e abandonou sua família, naturalmente teria uma filha sem vergonha como Luana. Sérgio apertou o olhar.- Ana, você continua sendo impetuosa. Agora, a família Santos está em desordem por sua causa, você não tem direito de me confrontar. Ana fechou o punho.- Não estou interessada em discutir com você agora. Só quero saber onde está minha mãe. Se não me engano, vocês se divorciaram há muitos anos e você não tem o direito de restringir a liberdade dela.Vendo Ana tentando se manter calma, Sérgio riu friamente.- Agora que sabe que sua mãe está sob meus cuidados, deve moderar o seu tom. - Certo, então. Sr. Sérgio, para onde você levou minha mãe? - Ana, segurando sua ira, rep
Ana foi arrastada abruptamente para o exterior por dois robustos e imponentes guardas. A despeito de sua feroz resistência, seus esforços revelaram-se fúteis diante do abismo insuperável de poder que lhe enfrentava.Seguindo logo atrás, Luana exibia um sorriso sinistro ao vislumbrar o estado lastimável e desgrenhado de Ana, com vestígios da recente briga ainda adornando seu rosto.Desde aquele constrangedor episódio na família Lopes, quando foi humilhada por Leo, cada lembrança daquela cena incitava um crescente ímpeto assassino dentro de Luana.No mundo todo, a última pessoa a quem ela desejaria sofrer uma derrota humilhante era Ana. Afinal, desde a infância, Luana sempre reinou sobre Ana.Era Luana, a pequena princesa mimada pela família Lopes, enquanto Ana, a filha abandonada e esquecida.Lamentavelmente, a oportunidade de casar-se com Leo, que Ana usurpara no passado, permitiu que ela gozasse de uma vantagem preciosa e saboreasse tal triunfo por tanto tempo.Agora, contudo, com Ana
Leo pegou um avião e, ao chegar ao seu destino, entrou em contato imediato com o CEO da empresa que pretendia negociar pessoalmente.No entanto, assim que a ligação foi atendida, a surpresa era evidente na voz do CEO do outro lado da linha:- Sr. Leo, não acabamos de renovar nosso contrato? Há algum detalhe no contrato que está lhe causando dúvidas?O semblante de Leo se enrugou em perplexidade e imediatamente percebeu que algo estava errado. A única explicação era que alguém havia armado uma situação para afastá-lo.Com paciência esgotada, Leo deu uma breve explicação ao homem e desligou o telefone.Depois de encerrar a chamada, Leo agiu de maneira incisiva, tentando entrar em contato com os seguranças que havia designado para proteger Ana em seu apartamento. Porém, para seu desespero, ninguém atendeu o telefone, apesar de suas chamadas insistentes.Uma nuvem de preocupação cobriu o rosto de Leo e, com uma determinação irredutível, decidiu reservar um voo de volta para casa imediatame
Leo rejeitou a mão de Dantes e saiu sem lançar um olhar para trás. Dantes tentou detê-lo, mas a mão que estendeu, apenas conseguiu roçar a borda do casaco de Leo, incapaz de segurá-lo....Logo que saiu do hospital, Leo não perdeu tempo e ligou de imediato para Ivan. - Descubra onde aquela mulher se encontra agora.Ao receber a chamada, Ivan compreendeu instantaneamente. “Aquela mulher” devia ser a Ana, a responsável pela turbulência emocional do chefe.- Sr. Leo, mas... - Ivan tentou persuadir Leo a esquecer tudo.Afinal, Ana era a amada de Paulo. Quanto mais se envolvessem no futuro, mais complicada a situação se tornaria. Talvez fosse melhor para os três se afastarem o mais cedo possível.- Não fale do que não deve, não quero ouvir nenhum mas. - A voz de Leo soou friamente, impedindo Ivan de retrucar.Ouvindo a resolução na voz de Leo, Ivan não ousou contestar mais e disse: - Vou verificar imediatamente.Leo encerrou a ligação telefônica, abriu delicadamente a porta do carro e se
O criado, um homem solteiro, já na casa dos trinta e com um ofício não muito respeitável, não resistiu ao ver a jovem mulher completamente encharcada. Não havia ninguém por perto e, mesmo que houvesse, ninguém se importaria com Ana, ela estava totalmente à mercê dele.Esses pensamentos passavam pela mente do homem, enquanto se aproximava de Ana, com um olhar lascivo, pronto para arrancar suas roupas.- Afaste-se de mim, sai daqui! - Ao ver o olhar devasso em seus olhos, Ana entendeu suas intenções. Começou então a contorcer-se, na tentativa de libertar-se.Mas como ela, uma mulher tão delicada, conseguiria se soltar das cordas facilmente? Tudo que lhe restava era assistir as mãos grotescas do homem avançarem lentamente em direção ao seu peito.Com os olhos fechados em desespero, Ana não poderia imaginar um dia tão humilhante.Quando pensava que tudo estava perdido, o toque previsto não veio. Em vez disso, o que ouviu foi um grito de dor do homem.Com os olhos entreabertos, ela viu a fi
Embora Leo não demonstrasse nada no rosto, quanto mais calmo ele parecia, mais assustada Ana ficava. O cara na frente dela estava parecendo uma tempestade prestes a desabar.- Sr. Leo, você me salvou e eu sou muito grata, mas, Dantes deve ter te falado, a gente já se divorciou, e de agora em diante somos só estranhos, eu não posso...- Se não quiser morrer, cale a boca.A fala de Ana foi interrompida pela explosão de raiva do homem. Ana se calou instantaneamente, o medo ficando ainda mais forte no coração dela. Ela sentia que tinha saído de um covil de tigres e entrado numa toca de lobos. Com o temperamento do Leo, sabendo que ela e Dantes tinham o enganado, ela nem ousava imaginar o que ele faria.Leo ignorou o dilema da Ana, abriu a porta do carro e falou: - Entra.Ana ficou surpresa. Ela estava toda suja e fedendo, enquanto o carro do Leo era um carrão de luxo de edição limitada, algo que ela não teria grana para pagar se arruinasse.- Eu...Vacilante, Ana não se mexeu. A expressão