Quando pensava nisso, Paulo estava furioso, ao imaginar que Ana estava sendo alvo de olhares e comentários maldosos, com as palavras mais cruéis sendo usadas contra ela. Como ele sofria com essa situação!Ela era apenas uma pobre garota, como seria capaz de aguentar uma tortura dessas? Ele precisava ir ajudá-la!As pessoas lá fora o ignoravam, então Paulo pegou uma cadeira próxima e tentou arrombar a porta, mas ela permaneceu intacta, sem nenhum sinal de que ia se abrir.Rafaela terminou suas tarefas e, ao chegar em casa, ouviu o som de Paulo destruindo coisas em seu quarto, como se estivesse enlouquecido. Ela ficou chocada, mas ao mesmo tempo aliviada.Ao ver Paulo agindo de forma tão enlouquecida, ela percebeu o quanto aquela pessoa desprezível era importante para ele, e ficou feliz por ter tomado essa decisão tão sábia.- Paulo, não se preocupe à toa, eu não vou deixar você sair. - Mãe, eu não posso ficar vendo a Ana assumir toda a culpa sozinha, mesmo que haja erro, eu também sou
Aquelas palavras apenas deram voltas na cabeça dele, incapazes de serem profundamente refletidas.Maldição...Leo jogou a caneta com força na mesa, afrouxou a gravata e saiu, pronto para tomar um pouco de ar fresco.Ao sair, alguns estagiários, que acabaram de chegar para trabalhar, sussurravam fofocas.- Vocês viram aquele vídeo, a mulher lá dentro parece familiar, né?- É aquela que costumava trabalhar aqui na nossa empresa, a Ana... Ana alguma coisa?- Ana Lopes, mas eu achava que ela era séria na época, nunca imaginei que faria uma coisa dessas, realmente não se pode julgar as pessoas da aparência!- Mas olha só como ela está agora, é uma situação terrível. Provavelmente não terá mais cara para viver na Cidade S. E se fosse comigo, acho que preferiria estar morto.Inicialmente, Leo não estava prestando atenção ao que esses estagiários estavam dizendo, mas quando ouviu o nome Ana e as descrições do que aconteceu, ele parou de repente.- Vocês estavam falando de quem?- Senhor, nós a
Leo se sentou no carro e pisou fundo no acelerador. Como uma flecha disparada, o veículo se afastou da empresa em alta velocidade.Mesmo com a velocidade no limite, o homem cerrava os dentes, fixando o olhar na estrada.Aquela mulher, era melhor não ter nenhum problema antes que ele chegasse....Cercada por um grupo de pessoas, Ana, sem outra opção, acabou se escondendo embaixo de uma cadeira no parque. Ela segurava firmemente as mãos e os pés nas pernas da cadeira, impedindo que aqueles indivíduos tivessem a chance de levá-la embora.Os espectadores, ao verem que ela se escondeu nesse lugar, gradualmente perderam o interesse e se dispersaram.No entanto, mesmo assim, Ana não se atrevia a se mover. Seu olhar vazio estava fixo à frente. Neste momento, esse lugar era o mais seguro para ela.Alguns pedestres, ao verem uma mulher encolhida em um lugar como esse, não puderam deixar de olhar torto.No entanto, Ana não tinha mais nenhuma reação. Parecia que sua alma tinha sido esvaziada, ape
O olhar do homem se encheu de choque, e foi aí, que Leo percebeu que algo estava errado com a atual Ana.Embora ela parecesse estar com os olhos abertos olhando para ele, aqueles olhos estavam vazios como nunca, refletindo apenas a sua imagem, mas não vendo a pessoa que ele era... Ana não tinha ideia do que estava acontecendo, o gosto de sangue em sua boca a fazia sentir um impulso de se juntar a ele na morte.Se eles não queriam que ela tivesse uma vida boa, então ela não os deixaria se sentirem confortáveis, ela estava disposta a morrer junto.Enquanto pensava isso, a força em sua boca se tornava cada vez mais intensa, Leo podia até sentir nitidamente os dentes afiados da mulher, rasgando sua pele, uma dor aguda o atingindo.Mas, agora, ele não tinha tempo para pensar nisso, vendo o estado extremo de Ana, Leo não teve escolha, senão estender a outra mão e cobrir seus olhos. - Ana, acorde, não há mais ninguém ousando fazer algo com você, solte sua mão, eu vou te levar para o hospita
Leo estava se esforçando para acalmar Ana, quando a empregada chegou com roupas limpas e bateu na porta.- Senhor, precisa de ajuda? - Perguntou a empregada.Leo franziu a testa e disse:- Chame o médico e traga um sedativo, rápido!!!A empregada, sem perder tempo, chamou imediatamente o médico.Com uma injeção de sedativo, a consciência de Ana começou a ficar turva e ela adormeceu, inclinando a cabeça.- Senhor, vá cuidar dos ferimentos em sua mão, eu vou ajudar a Srta. Ana a tomar banho e trocar de roupa.Somente agora, Leo abaixou a cabeça e viu que o ferimento em seu braço estava sangrando sem parar. Talvez ele estivesse tão concentrado na situação de Ana, que nem sentiu a dor da ferida se abrindo.- Você, cuide dela junto com a empregada, tratem bem dos ferimentos dela. - O homem deu algumas instruções ao médico e saiu.Leo encontrou álcool iodado e bandagens para desinfetar o ferimento e tratá-lo superficialmente. Olhando para a mordida profunda em seu braço, Leo exclamou mentalm
No entanto, Ana ainda estava naquela mesma condição, o que deixou Leo um pouco aflito. Lembrando-se do assunto mencionado pelo médico ontem, ele rapidamente o chamou para entrar.O médico veio e a examinou por um longo tempo, antes de finalmente dizer, com dificuldade:- A saúde da Srta. Ana está bem, Sr. Leo, ainda é do jeito que mencionei ontem. Ela está emocionalmente abalada e precisa abrir seu coração para se recuperar. Precisamos trazer um psicólogo para tratá-la.Leo fechou o punho imediatamente, lembrando-se do vídeo que viu no celular ontem.Foram aquelas pessoas que a forçaram ao limite emocional?- Entendi, vá imediatamente achar o melhor psicólogo para ajudá-la com a terapia.Leo segurou o impulso de matar alguém enquanto esperava pelo psicólogo.Depois da chegada do psicólogo, ele tentou falar com Ana, mas ela não respondeu, parecendo completamente fechada e sem vontade de se comunicar com ninguém.Depois de um tempo, o psicólogo suspirou, chamou Leo para fora e disse:- A
O homem, normalmente decidido, agora se encontrava em uma situação difícil, dividido entre avançar ou recuar.- Vou pensar mais um pouco sobre esse assunto. - disse Leo, balançando a mão, e o psicólogo, esperto o suficiente, saiu.Após um tempo, a empregada da casa bateu na porta:- Sr. Leo, já está ficando tarde. Que tal deixar a Srta. Ana comer algo?Leo olhou para a comida trazida pela empregada, era uma deliciosa canja leve. Ele assentiu.A empregada se aproximou e colocou a canja na frente de Ana. O aroma suave se espalhava pelo quarto, dando água na boca. Mas Ana, sentada na cama, não teve nenhuma reação, permanecendo na mesma posição e ignorando a todos, absorta em seus pensamentos.A empregada teve que pegar um pouco de canja com a colher e levar até a boca de Ana, mas ela não cooperava, mantendo a boca fechada e apenas olhando para a empregada.A empregada estava um pouco preocupada, mas a Ana não colaborava, não adiantava ficar preocupada.Ao ver isso, Leo franziu a testa e d
Deixando a tigela de lado, Leo pegou um guardanapo e cuidadosamente limpou os cantos da boca de Ana, depois abaixou a cabeça e limpou a sujeira em suas roupas.Ana, depois de comer, sentou-se ali em silêncio, perdida em pensamentos.Mas ela já conseguia comer normalmente, e Leo sentiu que era um bom começo.Justo quando Leo estava pensando no que fazer em seguida, o telefone tocou, era o Sr. Dantes ligando.Ana, sentada na cama, assustou-se ao ouvir o toque e encolheu-se no canto.Com medo de assustá-la novamente, Leo desligou o som e atendeu o telefone.- Leo, onde você está agora? E Ana, ela está aí com você? - O Sr. Dantes falou com um tom sombrio. Logo cedo, Rafaela e Bruno foram até a antiga mansão da família Santos e contaram aos choros para o Sr. Dantes o que havia acontecido no dia anterior.Foi então que Sr. Dantes descobriu que o compromisso matrimonial casual que ele havia feito causou tantos problemas. Ele queria chamar Leo imediatamente para discutir como lidar com a situa