Enquanto passava o remédio, a situação se tornou inesperadamente íntima. Ana mordia seu lábio inferior.- Você pode ser mais rápido? - Pediu ela.Leo de repente sorriu.- Ah, então você gosta rápido? Mas rápido nem sempre é bom, certo?Ana ficou sem palavras, decidindo não dar mais atenção ao homem à sua frente.- Se você não quer passar o remédio, eu posso fazer isso sozinha.Vendo que Ana realmente estava prestes a ir embora, Leo conteve seu desejo de provocá-la.- Não, não se mexa. - Disse ele, baixando a cabeça para aplicar o remédio seriamente em Ana.Alguns minutos depois, ele finalmente terminou de aplicar o remédio, mas Leo não conseguia evitar que seu olhar descesse. Ao ver o nome dele tatuado nas profundezas da coxa de Ana, sobre a pele pálida, aquelas letras escuras tinham um sabor erótico indescritível, fazendo Leo sentir um calor seco na boca. No entanto, ele exerceu um forte autocontrole, desviando seu olhar e guardando a pomada na caixa de remédios.Ao ouvir o barulho, A
Para o detetive, este pedido era algo complicado. Já tinha sido arriscado seguir o carro de Leo, mas felizmente ele e seus seguranças não o tinham descoberto. No entanto, a mansão estava cercada por muitas pessoas vigiando, e até uma mosca teria dificuldades para entrar. Investigar o que acontecia lá dentro parecia quase impossível.Se Leo descobrisse que alguém ousava bisbilhotar sua vida privada, nem mesmo cem vidas seriam suficientes para salvar o intruso de sua ira.- Isso... Isso vai ser difícil...- É só questão de dinheiro, eu posso te pagar o dobro.No entanto, Noemia não estava interessada em desculpas. A existência daquela mulher a deixava extremamente inquieta. Era esperado que Leo ficasse na casa da família Santos na noite anterior, cuidando daqueles dois filhos temperamentais, mas ele partiu mesmo assim.Isso só podia significar uma de duas coisas: ou ele se importava muito com a mulher na mansão, ou ela tinha algum truque para conseguir chamar a atenção de Leo. De qualque
Juliana e João haviam estado em um silêncio tenso por um longo tempo. Dizer que era uma guerra fria talvez não fosse exato, já que eles raramente conversavam mesmo em tempos normais. Afinal, não havia muitos sentimentos entre eles antes, então, mesmo quando falavam, era apenas o necessário.No entanto, Juliana não conseguia evitar dizer algumas palavras de cuidado para João. Normalmente, João não se importava muito, mas quando ela se calou completamente, ele começou a sentir uma inquietante tranquilidade na casa.João respirou fundo e foi bater na porta de Juliana. Uma voz suave e feminina respondeu de dentro:- O que foi?- Ana está aqui também, você não quer sair para vê-la?Por alguma razão, João se sentiu nervoso depois de dizer essas simples palavras. Percebendo isso, ele franziu a testa. Estaria ele enfrentando algum problema? Por que se sentiria nervoso por causa dessa mulher?Mas antes que ele pudesse pensar mais a respeito, Juliana saiu correndo do quarto, abriu a porta abrupt
Passados cerca de quinze minutos, o carro parou. Juliana seguiu João até encontrarem o camarote onde Leo estava. Assim que entraram, viram Ana sentada ao lado de Leo, com uma expressão indecifrável. Juliana sentiu um aperto no coração.- Ana...Chamando o nome de Ana e segurando sua mão, Juliana tentou explicar algo, mas as palavras não saíram. Ana entendeu o que ela queria dizer e olhou para Leo.- Podemos ficar a sós por um momento, eu e a Juliana?Leo hesitou, mas acabou concordando e se afastou com João. Só então Ana pegou um lenço de papel para enxugar as lágrimas de Juliana.- Juliana, eu sei o que você quer dizer, mas não se culpe, isso não foi sua culpa.- Ana, mas eu...Juliana viu que, mesmo sendo Ana quem estava sofrendo mais, ela ainda estava tentando confortá-la, o que fez Juliana se sentir ainda pior. Ela se sentia inútil, incapaz de ajudar Ana e ainda precisando que Ana estabilizasse seu estado emocional.- Eu sei o que você está pensando, mas, quando Leo intervém, ningu
Depois de ouvir Juliana, Ana também começou a acreditar que talvez encontrasse uma forma de provar sua inocência. Por isso, ela concordou rapidamente com a proposta.- Entendi, vou entrar em contato com um detetive para ficar de olho no Paolo. Se tiver alguma notícia, darei um jeito de te informar.- Obrigada, Juliana.Ana segurou a mão de Juliana. Agora, sem sua liberdade, ela só podia confiar essas tarefas a outros. Se Juliana não estivesse lá, ela realmente não saberia mais em quem confiar.- Por que está sendo formal comigo? Fico aliviada em poder te ajudar.Juliana balançou a cabeça e deu um tapinha no ombro de Ana. Um pouco depois, João voltou e viu as duas mulheres de mãos dadas, em uma cena de proximidade. Ver Ana sorrindo também o fez relaxar bastante. Ao perceber isso, a expressão de João escureceu.Ele pensou consigo mesmo, questionando se estava prestando atenção demais em Juliana ultimamente. Ele estava sendo influenciado demais pelos gestos dela, o que era muito incomum.
Após enviar algumas fotos, o detetive finalmente suspirou aliviado. Nos últimos dias, ele estava sendo constantemente pressionado por Noemia para descobrir a identidade da mulher que Leo estava escondendo. Mas quem era Leo, afinal? A pessoa que ele queria esconder, como poderia ser facilmente descoberta? Por isso, ele teve que se levantar cedo e ficar até tarde na mansão, esperando a oportunidade de ver a mulher saindo. Depois de vários dias, ele mal comia ou dormia, tendo emagrecido bastante. Já estava quase desistindo quando, inesperadamente, Leo levou a mulher para fora hoje. Não perdendo essa rara oportunidade, ele tirou fotos e as enviou imediatamente para Noemia, pronto para receber seu pagamento e encerrar essa tarefa exaustiva. Quanto ao que Noemia faria com essa mulher, isso não era algo que um estranho como ele deveria se preocupar....Nos últimos dias, Noemia estava no hospital fazendo treinamento de reabilitação. O incidente em que ela se levantou involuntariamente serviu
- Ah!Noemia, consumida pelo ciúme, quase enlouquecia. A mera ideia de que Leo havia passado esses dias com Ana a fazia querer matá-la para se sentir satisfeita. As fotos diante dos seus olhos eram particularmente irritantes. Noemia deletou todas as fotos, mas isso ainda não era suficiente. Ela jogou o celular com força no chão, desejando pisoteá-lo até se sentir plenamente satisfeita.No entanto, antes que pudesse fazer isso, Ivan veio visitar Noemia. Ouvindo o som de algo sendo quebrado, ele rapidamente entrou e se deparou com a cena de Noemia perdendo o controle. Seu belo rosto estava distorcido pela inveja.Ivan ficou atordoado por um momento, nunca tendo visto Noemia com essa expressão. Por um instante, ele até se sentiu estranhamente distante dela.Mas, por causa do amor de tantos anos, ele reprimiu o frio desconforto em seu coração, correu até ela e a segurou para impedi-la de continuar agindo erraticamente.- Noemia, o que aconteceu? Não seja impulsiva!Noemia se surpreendeu ao
Mas, como fazer isso?Noemia estreitou os olhos. Se fizesse algo muito óbvio e fosse descoberta, estaria acabada.Rapidamente, ela pensou em alguém, Rafaela...Essa mulher era muito astuta, mas seu ódio por Ana era real. Se soubesse que Ana ainda mantinha contato com Leo, provavelmente não ficaria de braços cruzados.Depois de ter sido usada tantas vezes por ela, era hora de Rafaela dar uma força.Após chegar a essa conclusão, Noemia respirou fundo várias vezes. Não entrou em contato com Rafaela imediatamente, mas esperou Ivan sair e, quando estava sozinha, enviou uma mensagem a Rafaela."Descobri que Leo trouxe Ana de volta ao país e, além disso, estão morando juntos."Para persuadir Rafaela, Noemia, reprimindo seu evidente desgosto, resgatou e enviou uma foto que antes havia apagado com relutância. Rafaela, tendo finalmente encerrado seus compromissos no exterior, não podia mais postergar a atenção a Bruno, que jazia imóvel em seu leito, por isso regressara apressadamente ao país.