O olhar de Ana transbordava uma decepção indescritível.Era evidente que Leo conhecia profundamente o vínculo dela com a mãe e compreendia como Sérgio havia utilizado a doença da mãe para ameaçá-la, forçando-a a ceder. Sabia quão profundamente ela detestava aquilo.No entanto, ele optou por usar as mesmas táticas para torturá-la. Ele realmente fazia jus ao legado da família Santos, todos iguais, desumanos, manipulando os outros sem escrúpulos.- Eu não estou te ameaçando, estou protegendo ela, para que não seja prejudicada por uma filha cegada pelo amor de um homem. - Leo sorriu friamente, desprezando completamente o questionamento de Ana.Ana sentiu um terror imenso, desejando fugir, mas as portas do carro, trancadas firmemente, a impediam.Ela tinha que encontrar uma maneira, talvez mandar uma mensagem primeiro, revelando os planos de Leo para Juliana, para que ela pudesse levar a mãe embora.Ana não permitiria que sua mãe caísse nas mãos de outrem novamente.Lentamente, ela colocou
- Mesmo que você me mate, não espere que eu implore a você.Ana apertou os dentes, olhando para o homem à sua frente. O que ele realmente pensava dela? Fazê-la abandonar completamente sua dignidade e implorar? Só se ela estivesse morta.Leo sorriu friamente.- Se eu simplesmente falar com a família Miguel sobre sua boa amiga, se intrometendo nos assuntos da família Santos, instigando você a atacar a família Santos, o que você acha? Eles continuariam a aceitar essa nora sem nenhuma linhagem familiar, ou para manter a boa relação de anos com a família Miguel, a expulsariam de casa?Quanto a Juliana, Leo realmente não tinha intenção de prejudicá-la. Mas, vendo a teimosia de Ana, ele sentia um impulso de quebrar seu orgulho.Essa mulher, ela não valoriza tanto Juliana?Então, ele queria ver até onde ela iria por sua amiga.- Você! - Ana arregalou os olhos, chocada por Leo falar tão mal pelas costas, apenas para fazê-la sofrer. - Falar assim pelas costas, que tipo de homem você é?- Eu fiz
Ana arregalou os olhos, incrédula com o que acabava de ouvir. Esse homem, como podia fazer um pedido tão insano...Mas, vendo a seriedade de Leo, Ana sabia que ele não estava brincando. No entanto, tatuar o nome de um homem em um lugar tão íntimo, o significado disso era óbvio para todos. Era simplesmente uma demonstração de que ela pertencia inteiramente a Leo, era um objeto privado deste homem. - Você não está disposta? - Leo pareceu perceber a relutância de Ana, falando lentamente, mas havia um tom opressivo em sua voz, incompreensivelmente sufocante. Ana entendeu que, se dissesse que não queria, a consequência seria Juliana ser expulsa pela família Miguel, ou pior, algo mais extremo poderia acontecer, como atacar sua mãe. Agora, Ana já não podia mais confiar na humanidade de Leo, esse homem era um louco, capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos!- Está bem, eu aceito.Ana, apertando os dentes, concordou com um aceno de cabeça. Ao ver que Ana aceitou, a mulher bala
Leo soltou uma risada arrogante, e Ana não conseguia distinguir se era desprezo ou sarcasmo, mas, de qualquer forma, não era uma sensação agradável. Mesmo vestida com roupas que cobriam seu corpo, ela se sentia quase como se estivesse nua.- Na frente do Paolo, você também agia assim? Não é de se admirar que ele tenha ficado daquele jeito lamentável, ainda pensando em me desafiar.O rosto de Ana corou. Ela queria dizer que nunca houve nada entre ela e Paolo, que ele parasse de difamar as pessoas, mas sabia que seria inútil. Com a teimosia daquele homem, ele provavelmente nunca acreditaria nisso. Além disso, havia outras pessoas presentes, e Ana realmente não queria discutir e virar motivo de chacota, então, escolheu permanecer em silêncio.Mas o silêncio de Ana não alegrou Leo. Ao contrário, ele sentiu que ela tinha sido atingida em um ponto doloroso, ficando sem saber o que dizer.Ele sorriu friamente.- Quero que meu nome seja tatuado aqui, bem claro e visível, para evitar que mais m
Ana não pôde evitar um grito de dor, mas imediatamente tentou se conter, reprimindo seu suspiro baixinho.Leo, observando seu rosto de sofrimento contido, sentiu uma excitação indescritível.- Como assim, não estava gritando tão bem agora há pouco? Grite de novo.Ana balançou a cabeça vigorosamente, percebendo que Leo era verdadeiramente um sádico, capaz de inventar tantas maneiras de torturar.Vendo Ana resistente, Leo se inclinou, limpando com a língua as gotas de sangue que se formaram na ferida dela.O cheiro de sangue se espalhou, tingindo de vermelho os frios olhos escuros de Leo.Ana, ao ver o brilho sangrento em seus olhos, sentiu um medo que vinha de dentro, lutando para estender a mão e empurrar com força a cabeça de Leo.Ela tinha a ilusão de que Leo poderia matá-la, beber seu sangue, comer sua carne em pedaço por pedaço.Esse homem era um demônio!Leo, pego de surpresa, tropeçou e caiu no chão, mas, por estar em um avião particular com um carpete grosso, não se machucou.An
Não se sabia quanto tempo havia passado, até que tudo se acalmou. Embora Ana tivesse resistido com todas as suas forças, ela não conseguiu superar a obstinação de Leo. No final, foi forçada a ter relações sexuais com ele.Leo se levantou, vestindo-se com uma calma resignada. Ana, deitada sob ele, mergulhada num estado de semiconsciência, estava agora envolvida em uma aura de vulnerabilidade, seu corpo coberto de marcas brutais deixadas por ele; marcas de aperto vermelhas, como flores de dor, e mordidas profundas, testemunhas silenciosas da intensidade do momento.Mais do que um ato de intimidade entre amantes, o que ocorreu parecia uma batalha feroz, quase primal. Entre eles, já não havia vestígios de afeição, lutavam como animais selvagens, guiados por uma paixão obscura, determinados a não parar até que um deles sucumbisse ao desespero do outro.No entanto, Ana, em clara desvantagem física, acabou desmaiando devido aos ferimentos, sua resistência desaparecendo como um sopro frágil no
Juliana mordeu o lábio inferior com força, como ela poderia não entender que Ana sendo levada por Leo certamente não era um ato voluntário. Com a personalidade de Ana, como ela poderia abandonar sua mãe e partir sozinha... No entanto, mesmo assim, Juliana não podia simplesmente assistir Claudia ser levada embora. Ela sabia que isso só faria Ana mais vulnerável à manipulação, algo que ela, como amiga, não queria ver acontecer.- Não, eu não posso ver a tia sendo levada embora. Se vocês querem tirá-la daqui, terão que passar por cima de mim.Juliana encarava firmemente as pessoas à sua frente, abrindo os braços e se colocando na frente de Claudia. Vendo-a assim, os homens mostravam-se relutantes. Afinal, esta mulher parecia ser uma conhecida de João, e seria problemático agir violentamente contra ela. Eles olharam, indecisos, para João.João, que sempre viu Juliana como submissa a ele, sentiu-se desconfortável com sua súbita resistência.- Pare com isso, Juliana, saia da frente.- Eu não
Ana se sentou de repente, mas a dor na região íntima a fez cair novamente.Vendo Ana se debater, a criada ficou sem saber o que fazer.- Sr. Ana, eu já disse, você está fraca, não pode se esforçar demais. Eu fiz um pouco de canja para você, beba um pouco.Ana não tinha ânimo para comer. Aprisionada de forma tão humilhante, e ainda por cima, sem notícias da mãe, ela virou o rosto.- Tire isso daqui, eu não vou comer.Diante da teimosia de Ana, a criada se sentia impotente. Nesse momento, a porta se abriu, e Leo apareceu.Leo, vendo a criada com a canja e seu ar de desamparo, logo entendeu o que aconteceu.- Solange, saia, eu cuido disso.Ao ouvir isso, Solange assentiu, pois ela também não conseguia lidar com Ana.- O remédio da Sr. Ana está na mesa. Depois de comer, tome conforme as instruções. Vou indo.Solange, sem querer se envolver nos assuntos da família, saiu rapidamente.Ao ver Leo, o corpo de Ana se enrijeceu involuntariamente.Agora, este homem lhe trazia mais medo do que qual