Ana não pôde evitar um grito de dor, mas imediatamente tentou se conter, reprimindo seu suspiro baixinho.Leo, observando seu rosto de sofrimento contido, sentiu uma excitação indescritível.- Como assim, não estava gritando tão bem agora há pouco? Grite de novo.Ana balançou a cabeça vigorosamente, percebendo que Leo era verdadeiramente um sádico, capaz de inventar tantas maneiras de torturar.Vendo Ana resistente, Leo se inclinou, limpando com a língua as gotas de sangue que se formaram na ferida dela.O cheiro de sangue se espalhou, tingindo de vermelho os frios olhos escuros de Leo.Ana, ao ver o brilho sangrento em seus olhos, sentiu um medo que vinha de dentro, lutando para estender a mão e empurrar com força a cabeça de Leo.Ela tinha a ilusão de que Leo poderia matá-la, beber seu sangue, comer sua carne em pedaço por pedaço.Esse homem era um demônio!Leo, pego de surpresa, tropeçou e caiu no chão, mas, por estar em um avião particular com um carpete grosso, não se machucou.An
Não se sabia quanto tempo havia passado, até que tudo se acalmou. Embora Ana tivesse resistido com todas as suas forças, ela não conseguiu superar a obstinação de Leo. No final, foi forçada a ter relações sexuais com ele.Leo se levantou, vestindo-se com uma calma resignada. Ana, deitada sob ele, mergulhada num estado de semiconsciência, estava agora envolvida em uma aura de vulnerabilidade, seu corpo coberto de marcas brutais deixadas por ele; marcas de aperto vermelhas, como flores de dor, e mordidas profundas, testemunhas silenciosas da intensidade do momento.Mais do que um ato de intimidade entre amantes, o que ocorreu parecia uma batalha feroz, quase primal. Entre eles, já não havia vestígios de afeição, lutavam como animais selvagens, guiados por uma paixão obscura, determinados a não parar até que um deles sucumbisse ao desespero do outro.No entanto, Ana, em clara desvantagem física, acabou desmaiando devido aos ferimentos, sua resistência desaparecendo como um sopro frágil no
Juliana mordeu o lábio inferior com força, como ela poderia não entender que Ana sendo levada por Leo certamente não era um ato voluntário. Com a personalidade de Ana, como ela poderia abandonar sua mãe e partir sozinha... No entanto, mesmo assim, Juliana não podia simplesmente assistir Claudia ser levada embora. Ela sabia que isso só faria Ana mais vulnerável à manipulação, algo que ela, como amiga, não queria ver acontecer.- Não, eu não posso ver a tia sendo levada embora. Se vocês querem tirá-la daqui, terão que passar por cima de mim.Juliana encarava firmemente as pessoas à sua frente, abrindo os braços e se colocando na frente de Claudia. Vendo-a assim, os homens mostravam-se relutantes. Afinal, esta mulher parecia ser uma conhecida de João, e seria problemático agir violentamente contra ela. Eles olharam, indecisos, para João.João, que sempre viu Juliana como submissa a ele, sentiu-se desconfortável com sua súbita resistência.- Pare com isso, Juliana, saia da frente.- Eu não
Ana se sentou de repente, mas a dor na região íntima a fez cair novamente.Vendo Ana se debater, a criada ficou sem saber o que fazer.- Sr. Ana, eu já disse, você está fraca, não pode se esforçar demais. Eu fiz um pouco de canja para você, beba um pouco.Ana não tinha ânimo para comer. Aprisionada de forma tão humilhante, e ainda por cima, sem notícias da mãe, ela virou o rosto.- Tire isso daqui, eu não vou comer.Diante da teimosia de Ana, a criada se sentia impotente. Nesse momento, a porta se abriu, e Leo apareceu.Leo, vendo a criada com a canja e seu ar de desamparo, logo entendeu o que aconteceu.- Solange, saia, eu cuido disso.Ao ouvir isso, Solange assentiu, pois ela também não conseguia lidar com Ana.- O remédio da Sr. Ana está na mesa. Depois de comer, tome conforme as instruções. Vou indo.Solange, sem querer se envolver nos assuntos da família, saiu rapidamente.Ao ver Leo, o corpo de Ana se enrijeceu involuntariamente.Agora, este homem lhe trazia mais medo do que qual
- O jogo já começou, e quando vai terminar, claro que não é você quem decide. Quando eu me cansar, naturalmente te deixarei ir para não atrapalhar minha vista.Leo olhava para Ana com uma expressão de intransigência, rangendo os dentes e dizendo as palavras mais cruéis.Ana baixou os olhos, não querendo mais ver o rosto do homem, embora ainda fosse tão perfeito. Mas agora, apenas lhe trazia nojo e repulsa.O modo como Ana o evitava, inexplicavelmente irritava Leo. Mas, vendo-a tão abatida, e até sentindo a temperatura elevada de sua pele, ele não fez mais nada, apenas soltou a mão dela.Pegou a canja que estava ao lado, ainda quente, e com um olhar indicou para Ana comer logo.Ana agiu como se não tivesse visto, sem nenhum apetite no momento. Em parte por estar de mau humor, e em parte por realmente se sentir mal, sem conseguir comer.Vendo isso, Leo franziu a testa.- Se você entende sua situação, deveria comer direito.- Eu não quero comer.Ana virou a cabeça, recusando-se a cooperar
Ana, mordendo o lábio, agarrou a tigela em silêncio, pegou a colher e começou a comer lentamente, uma colherada de cada vez. A canja estava bem macia e saborosa, mas Ana realmente não estava com vontade de comer. No entanto, sentindo Leo parado ao lado, observando cada movimento dela, Ana se forçou a terminar tudo no prato. No final, ela já queria vomitar, mas, mesmo assim, suportou o desconforto e bebeu tudo.Leo, vendo Ana obediente em terminar a comida, passou-lhe alguns remédios.- Tome os remédios. - Disse ele.Ana não sabia que remédio era, mas também não estava com ânimo para distinguir, então simplesmente tomou.Após se certificar de que Ana engoliu os remédios, Leo finalmente assentiu, satisfeito, e acariciou a cabeça de Ana.- Muito bem, é assim que se faz. Lembre-se de ser sempre obediente assim.O tom de Leo era surpreendentemente suave, mas Ana não achou nada reconfortante. Pelo contrário, ela se sentiu ainda mais arrepiada. O jeito que ele falava não parecia ser com algué
Vendo que Leo ainda era capaz de ouvir suas palavras, Mariana assentiu satisfeita e não disse mais nada, desligando o telefone. De fato, desde que Ana, aquela mulherzinha, não estava mais lá para perturbar a mente de Leo, ele raramente a decepcionava. Felizmente, essa mulher já havia desaparecido completamente da vida de Leo....No quarto, Ana começou a sentir os efeitos colaterais do medicamento pouco tempo depois de tomá-lo. Ela se sentia tonta e suas pálpebras estavam cada vez mais pesadas. Ana não queria adormecer tão rapidamente, pois havia acordado havia pouco tempo e ainda tinha algumas perguntas, mas não conseguia resistir ao efeito dos remédios e lentamente se encostou na cama e fechou os olhos para dormir.Quando Leo abriu a porta, viu Ana adormecida encostada na cabeceira da cama. No sono, Ana perdia a tensão habitual, e seu rosto parecia angelical, embora as pequenas cicatrizes e olhos inchados diminuíssem um pouco sua beleza, adicionando um ar de vulnerabilidade. Vendo An
Depois de terminar de comer, Ana mostrou sua tigela vazia para Leo, com um olhar, indicando que ela era obediente e esperava que ele não a tratasse mal. Leo, claro, percebeu isso, mas ver Ana fingindo ser muda, preferindo expressar seus pensamentos com ações em vez de falar, o irritou inexplicavelmente.Após um tempo, Ana teve um pensamento.- Posso ver minha mãe? Estou presa aqui há tanto tempo que não sei como ela está. Quero saber sobre seu estado atual.Leo hesitou por um momento.- Se você vai poder vê-la ou não, depende do seu comportamento. Se for apenas como agora, só posso dizer que ela está bem e seus indicadores de saúde estão normais. Você não precisa se preocupar demais.Ana apertou os punhos, frustrada. O que esse homem queria dizer? Ela já estava tentando não resistir e se mostrando o mais dócil possível. Ainda assim, ele não estava satisfeito?- O que eu preciso fazer para você ficar satisfeito? - Ana ergueu a cabeça, encarando os olhos de Leo.Ela não tinha paciência n